11/11/2008

Empreitada de abate de candeeiros: os pontos nos is


Proposta 1094.08 - Empreitada de abate e substituição da rede de iluminação pública (CPL):

(...)

«1.Torne públicos os critérios que presidiram ao abate e substituição integral dos candeeiros, colunas e consolas nas Avenidas Novas, Alvalade, etc., e por que razão foi rejeitada a hipótese de simples reparação e/ou remodelação da luminária existente.

2.À semelhança do que existe para os designados Bairros Históricos, desencadeie o processo de aprovação de um Regulamento de Espaço Público para o resto da cidade, de modo a que outras zonas históricas e carismáticas da cidade, designadamente nas Freguesias da Lapa, São Mamede, Santo Condestável, Nossa Senhora de Fátima, São Jorge de Arroios, São João de Deus, Alvalade, São João de Brito e Campo Grande -Avenidas Novas, Bairro Barata Salgueiro, Bairro de Alvalade, Bairro Social do Arco do Cego, Bairro das Estacas, Bairro das Caixas, etc., -sejam objecto de protecção e conservação do mobiliário urbano, i.e., candeeiros, bancos de jardim, quiosques, coretos, bebedouros, gradeamentos, etc.


3.Em sede de revisão do PDM, proceda à constituição de um grupo de trabalho especificamente para o assunto, a formar por especialistas em História do Mobiliário Urbano, História da Arquitectura e do Urbanismo da capital, Iluminação Pública.

4.Identifique, de entre as dezenas de modelos de candeeiros e colunas de iluminação modernistas em marmorite (1940-1960) que subsistem:

a) Os de maior relevância patrimonial para a história da Lisboa planeada segundo as ideias do Movimento Moderno (Bairros do Areeiro, Alvalade e Restelo);

b) Quais as artérias da cidade onde é mais aconselhável preservar esses modelos, como são os arruamentos e os conjuntos urbanos classificados, ‘Em Vias de Classificação’ e/ou incluídos na Carta Municipal do Património (ex. Avenida Guerra Junqueiro, Avenida de Paris/Praça Pasteur, Bairro de Alvalade, Bairro do Restelo);

c) Qual o tipo de luminária que mais garantias apresente em termos de iluminação pública, eficiência energética, integração estética, capacidade de resistência, e condições de segurança para pessoas e bens.

5.Reponha em tempo útil, e dando seguimento ao compromisso feito com os moradores aquando da suspensão das empreitadas, os exemplares retirados durante os últimos anos, que se encontram em armazéns da CML (Alcântara e Olivais), devolvendo a dignidade e a autenticidade ao mobiliário urbano de época, que caracterizavam essas artérias nobres da cidade.

6.Inicie a referida reposição, de forma simbólica, junto ao Fórum Lisboa, onde a empreitada foi suspensa e onde chegam a coexistir, no mesmo local, dois tipos diferentes de candeeiro (ex. Jardim Fernando Pessa).


7.Aproveite a operação de substituição da iluminação que neste momento leva a cabo no Bairro da Calçada dos Mestres, e transfira os candeeiros retirados, e a retirar, desse local, designadamente as colunas de iluminação oitocentistas do Bairro da Calçada dos Mestres, para locais onde é manifesta a falta de qualidade estética da iluminação, como por exemplo Praça José Fontana, Praça Afonso de Albuquerque e Príncipe Real, locais de génese oitocentista que sofreram remodelações controversas nas décadas de 1980 e 1990
»

Nem mais.

1 comentário:

M Isabel G disse...

AH Valente! È mesmo assim!
É uma lástima andar por esse país fora e ver o mobiliário urbano (bancos, candeeiros, etc) que foram retirados das cidades objecto do Programa Polis....Deitaram fora o que tornava singular cada cidade ou cada praça e agora está tudo igual...
Em Castelo Branco temi que retirassem o bordado feito de calçada portuguesa e o substituissem pelo betãozinho querido .. :)