Chegado por email:
«-O Terminal vai estar saturado em 2012, pelo que se apressaram a rever condições do concessionário. Não era possível esperar sob pena de se perder competitividade quando acordássemos. O Mundo mudou ...
- Condições naturais de Lisboa para cidade portuária ( foi por causa da actividade portuária que a cidade apareceu aqui ) foram os nossos antepassados que escolheram a margem norte. É em Alcântara porque naturalmente é o sitio que tem fundos para receber tais navios. “…eu só falo com o mínimo de consolidações não de intenções…”
- Diz que ninguém nunca levantou problema desde Abril pelo que não percebe porque é que agora se acordou para o problema. A Ass. Com. Docas desde Janeiro que anda a pedir para ser recebida ( muitíssimos pedidos mesmo ) e acabou por o ser já em Junho e dizendo que a voltariam a contactar assim que houvesse mais desenvolvimentos pois o que sabiam era muito pouco...
-Disse que têm a obrigação de defender um bom concessionário que lhes apresenta propostas válidas e com futuro.
- Que realmente já deveria ter feito acções de esclarecimento mas que a agenda não lhes tinha permitido e mais que só iriam fazer esta mesma apresentação ao próprio pessoal da APl na próxima 3ª feira
-O Porto é na margem norte porque 60% das mercadorias são para Norte
- Não percebe contestação em relação à duração da Concessão quando por exemplo um hotel pode ter uma concessão por 75 anos.
- Foi o escritório do Dr. Vieira de Almeida que os assessorou nesta área com a ajuda de pareceres diversos do escritório do Dr. Sérvulo Correia
- Não se pode deixar saturar senão o mercado vai procurar outros destinos. Aconteceu isso com MSC em 2003/2005. E é sabido que em 2012 esgota-se capacidade em Alcântara. Alcântara é único terminal que aceita nova frota Pos- Panamaxpois tem fundos 13.5 e 15.5 metros de profundidade
-Lisboa tem de facto cerca de 13Km de linha marítima mas que só querem dedicar cerca de 1700 metros a actividade portuária pelo que tudo o resto é lazer
- Ele prevê que a capacidade mesmo depois de expandida sature em 2017/2018
- A plataforma logística de Madrid Convidou a APL para ser Sócia há já 1 ano e meio. Não se pode perder o barco...
- Estão a fazer as coisas de acordo com os consultores que lhes dizem que vai tudo crescer
-Têm estudo com o BPI feito da seguinte maneira:
2010 VAL 151 ME e se por acaso alguma coisa corresse mal teriam de indemnizar a Liscont nessa data por 6.15ME
2015 VAL 135.6 ME Sem indemnização alguma
2042 VAL 153.4 ME Reverte a favor da APL concessão ( obras realizadas, não equipamentos )
- APL não suporta risco do projecto nem da construção. Aprovou cenário C
- Investimento:
Liscont 226.39 ME 141.2 até 2013 e + 85.4
Refer/APL 142.1 até 2013 + 77.7= 219.83
- APL 89 + 18.5 dragagens e manutenção
-Refer 70 para passageiros
- Até vão ser beneméritos para com Lisboa pq Alcântara está um caos e o nó vai resolver o problema que sempre houve aqui
- Receitas:
Até 2042 202.9 para APL e tem como custos ( não receitas por isenção de taxas ) 124.2
Incremento de receita para a APL 5 Milhões ano e fim da concessão este activo reverte a favor dele
APL passa de uma situação de 3.7 ano de receita para 8.6
- De 2 a 3 comboios que temos actualmente a passar em Alcântara por dia vamos passar a ter 15 por baixo do solo, + barcaças ( levam cerca de 40 camiões de capacidade cada uma e vão subir o rio ) Plataformas logísticas – vantagens comparativas
- Neste momento o movimento é de 80% rodoviário e 20 ferroviário, pelo que se vai passar a ter uma situação de 40, 40, 20 ( ferro, rodo, barcaças )
- Acredita que as pessoas vão passar a usar mais o comboio ( aquelas que neste momento vêm da Linha de Cascais de carro ) com a ligação à Linha de Cintura
- A barreira agora existente com a Linha de Cascais , mesmo que fosse enterrada continuaria a haver uma barreira pois estamos perante 4 vias rodoviárias de um lado e mais outras 4 do outro pelo que não serviria de nada afundar esta linha
- A estação marítima de Alcântara e ainda a da Rocha de Conde Óbidos passaram a ter um museu de cariz marítimo portuário que é uma lacuna de há muito em Lisboa
- As Docas foram uma iniciativa da APL ( mentira foi do Ministério do Mar na Altura e do Dr. Azevedo Soares se não me engano ) As Docas vão continuar a funcionar como até aqui e até melhor pois deixam de ter comboio nas traseiras. Nas docas não se mexe, até vão fazer uma ciclovia (não explica como atravessa a doca por onde – diz que gostava de ter uma ponte na embocadura da doca mas que isso é um sonho – os barcos manifestaram-se logo contra )
- O problema do Caneiro de Alcântara resolve-se e até vai ser muito bom esta obra para se aproveitar e fazer alguma recuperação e conservação que não é feita há anos
-Deitar abaixo edifícios devolutos e a dita muralha não é assim tão grande, As estações marítimas não têm aptidão para os navios de cruzeiros, tem de fazer uma nova em santa Apolónia. Só não vão abaixo tb pq realmente são património. Os cruzeiros ficam aqui até 2010 até a outra ser construída
- a APL vai apenas investir na parte hidráulica e nas dragagens para continuar a garantir que os barcos da linha de Xangai passem por aqui
- O estudo ambiental marítimo está a ser feito e não tem mal nenhum ir-se começando a obra pois mesmo que ele venha depois com algumas duvidas são só correcções que se têm de fazer
- Segundo o cronograma a obra já se iniciou em 16-10-2008 e 21-10-2008 para demolições e mais umas coisas que não se percebem
- “…a partir daqui ou jogamos em equipe, ou ficamos a falar sozinhos….”»
E 'prontos'.
13 comentários:
A desonestidade intelectual desse Adm. da APL: Se é para escoar os contentores por via ferroviária maioritáriamente, porque diz que o destino desses contentores é Lisboa? É mentira, o comboio levará os contentores até à Bobadela (ou Castanheira do Ribatejo, quando estiver concluido) para depois seguirem em viagem de centenas de kms para fora de Lisboa (Zaragoça, Madrid, etc)e dois desastres acontecem: a inserção na Linha de Cintura (que está em saturação devido a cruzamentos constantes de várias vias)de comboios de passageiros vindos de Cascais e mais 15 circulações de mercadorias vai tornar esta linha um inferno de atrasos. O porto de Sines é sem dúvida a melhor opção pois tem capacidade para os maiores navios porta-contentores.
Porque não aproveitar o porto de Sines e depois fazer escoar os contentores de Sines para Lisboa, e outras plataformas logísticas, via comboio e as tais barcaças???
até concordo que lisboa tenha um PEQUENO porto para receber contentores, mas claro que não concordo que venha a ter o maior do pais ou um dos maiores.
pois Lisboa não é uma plataforma logística.
se quiseres pagar o custo de transporte das mecadorias de sines para lisboa e para o norte...
De entre várias joias esta é linda demais:
"O Porto é na margem norte porque 60% das mercadorias são para Norte
".
Já agora estou curioso de saber se as mercadorias em Tras os Montes sao mais caras!
essa dos custos é areia para os olhos, a maior parte das mercadorias nem fica aqui.
o custo do transporte ferroviário de um contentor 40 pes de Sines para Azambuja (a plataforma logística de Lisboa)
quando existir uma linha regular da cp para esse transporte não deverá andar longe dos 70€ 100€ atendendo aos valores médios que a cp pratica no momento para transportes de contentores.
algo que hoje é impossível com a mesma descarga via camião
fiquem sabendo que transportar mercadorias d porto de sines para lisboa custa 10% do equivalente a transportá-las de singapura para lisboa....
querem suportar este curto?
e acham por acaso que se muda acostagem de mercadorias por decreto?
até se pode acabar com o porto de lisboa e mudar para sines mas isso não leva os armadores atrás...leva-os para espanha...
de acordo com o anónimo anterior se acabar o porto de Lisboa e for colocado como opção o porto de Sines
os armadores mudam-se para Espanha.
interessante esse raciocínio. ora tem um contentor com descarga para zona de Lisboa e em vez de descarregarem em Sines ou Leixões passam a descarregar em Espanha ??
por ex. o aeroporto da Portela fecha abre o de Alcochete e os voos para Lisboa passam a aterrar em Barajas Madrid... sem comentários
e em relação aos custos de transporte de Sines para Lisboa serem 10% do custo da viagem Singapura Lisboa até que é bem verdade. mas desses 10% qual é o custo que é imputado a acostagem do navio e ao custo de embarque/desembarque.
será que o porto de Sines não terá custos mais favoráveis?
o custo entre descarregar um contentor em Lisboa e enviar esse contentor para o centro de Lisboa será bem mais alto do que fazer a mesma operação em Sines. Agora descarregar um contentor em Sines seguir via ferroviária para Azambuja e descarregar esse contentor em Lisboa e seguir de camião para a Azambuja a diferença de custos já não é assim tão grande
e a maioria dos contentores descarregados em Lisboa não segue para o centro de Lisboa
LOBO VILLA 5-11-08
Todo este imbróglio resulta,em primeiro lugar, do Porto de Lisboa ainda ser uma "região autónoma" (a APL) que continua a ser um "Estado" dentro do Estado, uma réstea do fascismo dentro da democracia.
Depois resulta de não
haver "Ordenamento do Território"(OT),o qual existe na lei mas que não existe na prática,tal qual como o Ministro do Ambiente e do OT e do DR(?)...
Desde os anos 60 que se fala nisto,primeiro na Trafaria,depois em Sines e etc e tal.
O anterior disse tudo :"a maioria dos contentores de Lisboa não é para Lisboa...".Mas é para aonde e quem decide o quê afinal ???
E a APL é Estado e a CML tambem é Estado e...estamos a discutir o quê ???????????????????????????????
"interessante esse raciocínio. ora tem um contentor com descarga para zona de Lisboa e em vez de descarregarem em Sines ou Leixões passam a descarregar em Espanha ??"
exactamente, meu caro.
Até porque em portugal se tenta captar as mercadorias que vão para espanha e para europa e não apenas as que vêm para solo nacional.
Os transportadores sao empresas privadas que buscam lucro e não empresas de "bandeira" dos países (salvo raras excepções).
Se os portos nacionais forem maus de certeza que custará aos contribuintes criar empresas que façam o transporte com altos custos de operação e depois reflectidos nos custos dos produtos.
Há mercadoria para portugal que é descarregada em Espanha, porque os portos nacionais são lentos, pequenos e funcionam mal.
E as mercadorias funcionam em linhas únicas, tipo carreira, onde se fazem escalas com mercadoria para várias proveniências.
Hoje já se assiste a muitos desvios de carreiras para outras paragens porque os portos não dão a resposta competitiva que deve ser dada (ao contrário do que acontece em espanha - málaga, valência, barcelona).
E um porto não passa por apenas receber a mercadoria nacional, mas também captar as mercadorias de outras proveniências).
A Administração do Porto de Lisboa organizou uma exposição dedicada ao projecto NovAlcântara, que está patente ao público até ao próximo dia 24 de Novembro, na Gare Marítima de Alcântara. A iniciativa visa dar a conhecer alguns aspectos menos visíveis e debatidos do projecto de expansão do terminal de contentores de Alcântara, bem como o seu alcance e impacto. De acordo com a Administração do Porto de Lisboa, a exposição “inscreve-se numa lógica de responsabilidade social e de respeito e preocupação de cooperação activa com os nossos parceiros, com a comunidade portuária e com a sociedade civil”. Até dia 9 de Novembro, a exposição abre às 10h00 e encerra às 18h00. De 10 a 24 de Novembro, a abertura é às 14h00 e encerramento às 18h00.
Só tive paciencia para ler os primeiros comentários.
Democracia não é pôr pessoas que não fazem a minima ideia do que falam a opinar sobre assuntos técnicos, que exigem estudo e conhecimentos aprofundados.
Tenho percebido até que muitas das pessoas que estão contra a "muralha de aço", nem sequer sabem de que zona é que se está a falar.
O que vale é que estas grandes polémicas são sempre efémeras e daqui a umas semanas o grande tema já vai ser outro qualquer.
Caro anónimo,
Queira por favor partilhar os seus conhecimentos técnicos relativos a esta questão.
vá ver a exposição da APL a alcântara.
e quando estiver disponível, vão ver os estudos económicos que foram feitos.
cambada...
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