In Público (6/7/2010)
Por Autor do texto
«Usar antigos eléctricos como espaços de trabalho para jovens criativos é uma ideia que vem de Londres e que pode vir a ser estendida a Lisboa daqui a um ou dois anos.
A iniciativa de trazer o Village Underground para Lisboa partiu de uma promotora de eventos musicais, Mariana Duarte Silva, que trabalhou numa antiga carruagem de metro da capital inglesa durante vários meses. "Conheci os fundadores do projecto e desafiei-os a visitar Lisboa", conta. Em Londres as velhas carruagens de metro foram instaladas em cima de um prédio de Shoreditch, na zona este da cidade. Uma "tropelia" que pode não vir a ter lugar em Lisboa, onde é mais provável que os veículos fiquem junto à antiga fábrica perto do rio que o Village Underground quer também ocupar. Onde? Ainda é segredo, porque "há mais pessoas interessadas no espaço, que está a ser negociado com os proprietários. "É numa zona central", limita-se a dizer Mariana Duarte Silva.
Enquanto os antigos eléctricos ou autocarros seriam ocupados com ateliers cedidos a baixo custo aos artistas, a antiga fábrica teria uma programação cultural variada - teatro, feiras, workshops, conferências... Como o Village Underground também se está a instalar em Berlim, a ideia é que a programação rode entre as três cidades. A promotora de eventos musicais quer que o espaço inclua ainda residências artísticas e uma pequena sala de cinema.
"Estamos a fazer os projectos e a falar com as pessoas de quem precisamos apoio para que isto aconteça", refere o fundador do projecto, Auro Foxcroft. Mariana Duarte Silva explica que ainda não contactaram a Carris e que os contactos realizados no passado com a Câmara de Lisboa no sentido de a autarquia disponibilizar um espaço não surtiram efeito. "Mas tenho a certeza de que numa fase posterior nos apoiarão", acrescenta.
Auro Foxcroft teve a ideia de usar antigas carruagens de metro e velhos contentores de mercadorias para trabalhar há cinco anos, quando procurava um espaço para desenhar mobiliário. PÚBLICO/Lusa»
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Isso é tudo muito bonito, mas só espero é que depois não venha a Carris a dizer que não reabre as linhas de eléctrico porque não tem composições disponíveis.
8 comentários:
É tudo muito bonito mas podiam começar por averiguar se há "antigos eléctricos" disponiveis.
Porque não há.
Não havendo "antigos eléctricos" disponiveis, já que não há, podem usar carruagens de metro que essas deve haver.
Mas já agora não tenho visto em cisrculação elétricos dos anos 50/60, aqueles mais redondinhos e compridos, só vejo os mais velhinhos, será que a carris os destruíu?
Mas a questão é que não há mesmo eléctricos! So se forem umas quantas carcaças antigas.
É que quando um dos articulados avaria, metem um par dos pequenos a substituí-los, roubados ou à carreira 18 ou à 25. No sítio onde roubam metem um dos eléctricos antigos.
Dizer que lhes faltam para reabrir outras linhas já eles disseram!
Que cedam algum dos 700's ou remodelados que descobrem rápidamente com quantos paus se faz uma canoa... e depois podem transformá-la em atelier.
Ridiculo!
Carruagens do metro há varias ou havia. ...na sucata de Coina cheias de graffitis e com os vidros partidos. Mas o metro já as vendeu, se alguem as quiser recuperar tem que pagar muito mais por elas ao sucateiro, conforme a Carris fez ao comprar peças nas sucatas para os electricos que vendeu por tuta e meia. Eehhe
Como é que podem ceder os 700,s se são esses que tapam os buracos eixados pelos 500,s?!!!
E hoje andavam no 15. Acho muito bem que assim seja. Se avariam os articulados do 15, então os "tapa-buracos" têm de andar no 15. O velho não tem de calhar sempre no 18 quando algum articulado avaria.
É a CML a meter o bedelho na frota da Carris, a exigir que o mais recente passe na Baixa e nas "zonas nobres"!!!! Mesmo quando não são os veiculos adequados a certas carreiras! Mas quem afirma que a culpa da poluição em excesso na Av. da Liberdade é dos Volvo B10M vê-se que percebem imenso do assunto!!! Secalhar antes a culpa era dos Mercedes Citaro que andavam na 44!!!
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