Resposta da EMEL:
Exmos. Senhores,
Encarrega-me o Sr. Presidente do Conselho de Administração, Dr. António Júlio de Almeida, de começar por lhes referir que a EMEL partilha a preocupação que nos expõem e tem trabalhado com determinação para a resolução de situações como as que nos apresentaram.
Relativamente à dificuldade de estacionamento, é um problema que existe em várias áreas de Lisboa, não sendo uma questão de resolução simples. As inúmeras solicitações que nos são endereçadas reflectem não só a aceitação, por parte da população em geral e de alguns grupos de cidadãos, como pelos seus representantes autárquicos, do sistema de ordenamento do estacionamento que nos compete implementar, mas servem, também, de forte incentivo ao prosseguimento da nossa actividade e do reconhecimento pela qualidade do nosso serviço.
Compreendemos a vossa preocupação em antecipar para quanto antes o momento da integração desta zona ocidental da cidade no sistema de estacionamento de duração limitada.
De facto, a vossa solicitação expressa claramente uma vontade que é, cada vez mais, partilhada pela grande maioria da população, nos mais diversos pontos da cidade de Lisboa.
Mas, neste actual quadro económico, face às imposições da “Troika” / Orçamento de Estado para 2012, conjugadas com a rejeição por parte da Assembleia Municipal do fim do valor da compensação anual a pagar pela EMEL à CML (fee) não nos é possível, pelo menos durante este ano, e uma vez que o Plano de Actividades e Orçamento já está em curso, expandir a actividade da EMEL para estas novas áreas.
Agradecendo desde já a proposta apresentada e a compreensão demonstrada, resta-nos reafirmar o nosso compromisso de trabalhar em prol da melhoria do estacionamento na cidade de Lisboa, sempre em total cooperação com os edis locais e com a população.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Paula Lages,
Serviços Centrais |
servicoscentrais@emel.pt
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Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa,
Exmo. Senhor Vereador da Mobilidade
Eng. Fernando Nunes da Silva
Cc. C.A.EMEL, AML, JFreguesia e Media
Passados que estão quase 20 anos sobre a fundação da EMEL, é um facto que a colocação de parquímetros em 1994 em muitas zonas da cidade, tal como a restrição à circulação e estacionamento automóvel em alguns dos bairros históricos (embora a sua operacionalidade deixe muito a desejar nos últimos anos), e algumas alterações estatutárias na EMEL; contribuíu para uma melhoria significativa da gestão do estacionamento, até então simplesmente inexistente. Contudo, constatamos que ainda há uma Lisboa onde, inexplicavelmente, não há EMEL.
Com efeito, Pedrouços, Restelo, Belém (com excepção do estacionamento na Praça do Império), Ajuda e Alcântara - bairros essencialmente residenciais, mas também com bastante comércio, hotéis e monumentos - estão fora da jurisdição da EMEL. Perguntamos quais as razões para que isso se verifique?
Exemplos de estacionamento abusivo não faltam nesses locais, todos os dias, provocando grave prejuízo, quando não um verdadeiro caos, na circulação automóvel e na circulação dos transportes públicos, designadamente nos eléctricos e nos autocarros; mas também nos próprios peões. Numa palavra, na população. Isso, aliado à existência de buracos, remendos e afins nos pavimentos e nas calçadas de muitos dos arruamentos, torna a situação insustentável e confrangedora, se comparada com a de outras zonas da cidade em que tal já não se verifica, ou, pelo menos, não com a mesma gravidade.
Caso exemplar é o que se verifica na Rua Luís de Camões (Alcântara), onde é comum assistir-se ao bloqueio da passagem dos autocarros por não haver espaço para circularem, tal a profusão de automóveis estacionados em 2ª fila, táxis ocupando indevidamente a rua, cargas e descargas durante todo o dia, veículos ocupando os passeios anarquicamente, etc. Por sinal, este é também um arruamento onde, claramente, se deveria proceder ao reperfilamento de passeios, abertura de estacionamento em espinha, etc.
Vimos, por isso, alertar V. Exas. para a urgência de uma intervenção em Pedrouços, Restelo, Belém, Ajuda e Alcântara, apelando a que sejam iniciados os devidos procedimentos conducentes ao alargamento da actividade da EMEL a estes bairros ... que são tão Lisboa como todos os outros onde se interveio no sentido de minorar os problemas de estacionamento para residentes, etc.
Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.
Luís Marques da Silva, Fernando Jorge, José Soares, António Araújo, Miguel Atanásio Carvalho, João Oliveira Leonardo, António Sérgio Rosa de Carvalho, Pedro Gomes e Pedro Machado
24/04/2012
EMEL em Alcântara, Ajuda, Belém, Restelo e Pedrouços, é preciso!
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4 comentários:
Como morador de um dos bairros mencionados no texto digo que não há necessidade de ter cá a EMEL.
Pois eu como morador em Belem acho que sim, perto da minha casa na rua da Junqueira nunca tenho lugar por causa da Univ. Lusiada.
Então e o disparate que essa idiota Emel fez junto ao rio entre o Cais do Sodré e Santos, onde resolveu implantar uma Zona Amarela (!!!) e agora, numa área onde o espaço não falta, e porque ninguém lá ia estacionar, resolveu que nuns parques se pagam 3 euros por estacionar durante todo o dia?
Como NINGUÉM ALI MORA e só os totós lá iam estacionar, tendo depois de ir a pé até aos seus destino, os parques continuam praticamente às moscas.
Gestão de anedota...
Útil seria fazer-se estacionamento em espinha em frente ao edifício mais recente do Hospital de S. Francisco Xavier, em vez de andarem a multar os carros que estacionam num dos sentidos dessa via, porque simplesmente não têm sítio para estacionar!
E esta situação prolonga-se há meses!
Resolvam-na!
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