27/03/2013

Câmara de Lisboa lança novo concurso para a Carpintaria de São Lázaro


In Público (27/3/2013)
Cultura
Inês Boaventura


«Primeiro concurso ficou deserto, mas a autarquia insiste na adaptação do edifício para poder acolher projecto cultural integrado


O concurso público promovido pela Câmara de Lisboa com vista à concessão da Carpintaria de São Lázaro não teve concorrentes, mas a vereadora da Cultura insiste na ideia e propõe o lançamento de um novo procedimento concursal. Desta vez o prazo de concessão proposto é de 30 anos, e não de seis, e a renda mínima a pagar à autarquia desceu de dois mil para mil euros.

O objectivo da câmara é que o edifício na Rua de São Lázaro, perto do Hospital de São José, que até aos anos 90 do século passado funcionou como carpintaria industrial, seja reconvertido para “a produção, exibição ou criação de actividades ligadas ao sector cultural e criativo”. O imóvel, diz a autarquia, sofreu “obras de reabilitação em 2011 ao nível da fachada”, prevendo-se que durante o ano de 2013 seja alvo de “uma intervenção com o objectivo de o reforçar estruturalmente e de o dotar de uma imagem global dos interiores que remeterá para o tipo de obra inacabada, ‘em toscos’”.

Depois disso caberá ao concessionário do espaço realizar as necessárias “obras de reabilitação e remodelação”, sublinhando-se no caderno de encargos que esses trabalhos “não poderão descaracterizar o actual edifício, interior ou exteriormente, e terão de respeitar” e manter as características arquitectónicas do edifício”.

Em Abril de 2012, altura em foi aprovado em reunião camarária o lançamento do primeiro concurso para o local, a vereadora da Cultura manifestou a expectativa de que este pudesse acolher os seus novos ocupantes dali a quatro meses. Na ocasião, Catarina Vaz Pinto dissese convencida de que a autarquia iria receber várias propostas para a exploração do espaço.

Ambas as previsões falharam e quase um ano depois Catarina Vaz Pinto leva à reunião camarária uma nova proposta visando o lançamento de um segundo concurso para a concessão da carpintaria. O objecto é, uma vez mais, “o desenvolvimento de um projecto cultural integrado, aberto à fruição pública, que poderá incluir a instalação de um restaurante ou cafetaria”...»

2 comentários:

Anónimo disse...

É confrangedor.
No tempo da monarquia, houve encomendas a estrangeiros, para estudar, desenhar e fazer.
Eugénio dos Santos, Carlos Mardel, etc. devem sentir-se envergonhados.
Convidem, senão portugueses algum estrangeiro, menos o Frank Gehry, ou se ele trabalhar quase de borla.
O dinheiro é nosso.
Mas temos muita gente criativa e com sensibilidade para o Património.
Gente portuguesa e que não é especuladora.

Filipa disse...

Ola a todos, nao consigo encontrar informacao sobre o novo concurso, conseguem enviar link? obrigada