Nisto dos cartazes faltava ver o que o candidato José Sá Fernandes tinha a dizer sobre a matéria. Fiquei hoje a sabê-lo: um "outdoor" gigantone, lado a lado com o de Carrilho, mas de tom verde ervilha, em que se afirma "Lisboa É Gente", sobre uma miríade de nomes. O pormenor fica para os mais atentos: o logo do BE (que é quem os paga, suponho), ao canto superior esquerdo do cartaz, escrito a branco. Ainda pensei que em matéria de cartazes houvesse diferença, mas não há.
PF
P.S. Ainda a propósito da candidatura de JSF foi com grande mágoa que o ouvi e vi responder com total alergia a uma pergunta da RR sobre como reagiria se o CDS viesse a apoiá-lo, tal qual o BE.
31/05/2005
30/05/2005
Por um melhor acesso ao Castelo!
Há 4 anos não se falava de outra coisa que não fosse o Elevador do Castelo. E hoje?
Hoje, as pessoas continuam a calcorrear muitos degraus para acederem ao castelo desde a Baixa, e ninguém parece interessar-se por mudar a situação, muito menos revitalizar aquela zona tão bonita de Lisboa, que engloba a Freguesia de São Cristóvão e São Lourenço, e que importa descobrir e valorizar.
Por isso, propomos um conjunto de medidas, e queremos que os candidatos a Lisboa se vinculem com todos nós, no dia a seguir à próxima noite eleitoral de Outubro,
* solucionando o problema do acesso ao castelo (mas também ao Teatro Taborda e ao Teatro Romano, por ex.), mas sem se destruir a silhueta de Lisboa e sem haver custos elevados para o erário público, isto é; abrindo concurso e executando empreitada com vista à instalação de sistema de lanços de escadas-rolantes, desde a Rua dos Fanqueiros, Rua da Madalena, escadinhas do Chão do Loureiro e Rosa;
* solucionando o caos do estacionamento, mas sem se substituir um mamarracho (o mercado do Chão do Loureiro) por outro mamarracho (auto-silo), isto é; demolindo o mercado, construindo estacionamento subterrâneo, e fazendo um jardim à superfície; bem como restringindo a circulação automóvel;
* revitalizando o mais importante edifício da zona, o Palácio da Rosa e Igreja de São Lourenço, mas sem ser transformando-o em "hotel de charme", antes fazendo com que ele albergue a Colecção Berardo, que será o foco de revitalização de toda a zona.
Hoje, as pessoas continuam a calcorrear muitos degraus para acederem ao castelo desde a Baixa, e ninguém parece interessar-se por mudar a situação, muito menos revitalizar aquela zona tão bonita de Lisboa, que engloba a Freguesia de São Cristóvão e São Lourenço, e que importa descobrir e valorizar.
Por isso, propomos um conjunto de medidas, e queremos que os candidatos a Lisboa se vinculem com todos nós, no dia a seguir à próxima noite eleitoral de Outubro,
* solucionando o problema do acesso ao castelo (mas também ao Teatro Taborda e ao Teatro Romano, por ex.), mas sem se destruir a silhueta de Lisboa e sem haver custos elevados para o erário público, isto é; abrindo concurso e executando empreitada com vista à instalação de sistema de lanços de escadas-rolantes, desde a Rua dos Fanqueiros, Rua da Madalena, escadinhas do Chão do Loureiro e Rosa;
* solucionando o caos do estacionamento, mas sem se substituir um mamarracho (o mercado do Chão do Loureiro) por outro mamarracho (auto-silo), isto é; demolindo o mercado, construindo estacionamento subterrâneo, e fazendo um jardim à superfície; bem como restringindo a circulação automóvel;
* revitalizando o mais importante edifício da zona, o Palácio da Rosa e Igreja de São Lourenço, mas sem ser transformando-o em "hotel de charme", antes fazendo com que ele albergue a Colecção Berardo, que será o foco de revitalização de toda a zona.
27/05/2005
O IST e os estudos de mobilidade para Lisboa
Ainda a propósito da ideia de, aproveitando as obras do Metro, esventrar a Praça Duque de Saldanha, para ali fazer nascer mais um viaduto que permita (virtualmente) aos automóveis circularem "sem parar" desde Monsanto à Segunda Circular, convém pensar um pouco na origem desta verdadeira miríade de projectos: Centro de Sistemas Urbanos e Regionais (CESUR), do Instituto Superior Técnico.
Ainda mais interessante se torna a reflexão quando se vê que os protagonistas são sempre os mesmos, ora à esquerda, ora mais à direita, consoante a cor da vereação do momento.
Eu, por mim, não hesitava nem um minuto nesta coisa dos estudos e projectos: concurso internacional, sempre.
PF
Ainda mais interessante se torna a reflexão quando se vê que os protagonistas são sempre os mesmos, ora à esquerda, ora mais à direita, consoante a cor da vereação do momento.
Eu, por mim, não hesitava nem um minuto nesta coisa dos estudos e projectos: concurso internacional, sempre.
PF
Vêm aí mais túneis?!
A propósito da aceitação do Prof. Carmona Rodrigues da proposta de novo túnel, desta feita no Saldanha, há coisas que ninguém me faz compreender:
1. Porquê continuar a querer fazer de Lisboa uma auto-estrada?
2. Porquê continuar a aumentar a oferta de estacionamento em vez de incentivar a procura a baixar?
Será que os túneis e os parques de estacionamento trazem alguma melhoria de qualidade de vida, que não seja para quem os constrói (e abstenho-me de pensar em quem os licencia)?
É que se assim não é, então não compreendo como é possivel não construir inter-faces à entrada de Lisboa; como é possível não restringir o trânsito automóvel na Baixa e numa série de zonas da cidade; como é possível não apostar em linhas de eléctrico ligeiro de superfície; etc, etc.. e se continua a apostar em esventrar o chão, incentivar os abusos de condução, a poluição e, pior, em ameaçar as colinas de Lisboa.
PF
1. Porquê continuar a querer fazer de Lisboa uma auto-estrada?
2. Porquê continuar a aumentar a oferta de estacionamento em vez de incentivar a procura a baixar?
Será que os túneis e os parques de estacionamento trazem alguma melhoria de qualidade de vida, que não seja para quem os constrói (e abstenho-me de pensar em quem os licencia)?
É que se assim não é, então não compreendo como é possivel não construir inter-faces à entrada de Lisboa; como é possível não restringir o trânsito automóvel na Baixa e numa série de zonas da cidade; como é possível não apostar em linhas de eléctrico ligeiro de superfície; etc, etc.. e se continua a apostar em esventrar o chão, incentivar os abusos de condução, a poluição e, pior, em ameaçar as colinas de Lisboa.
PF
5 Génios, uma mão cheia de nada?
Desde 1999 que nos tem sido dado a saber pela CML que a nossa capital estaria na iminência de ver nascer 5 novos projectos, de 5 génios da arquitectura mundial: Norman Foster, Renzo Piano, Frank Gehry, Jean Nouvel e Ricardo Bofill.
Passado todos estes anos, e sem que nada de concreto exista no horizonte a não ser muita propaganda e muita polémica, achamos que é tempo de os lisboetas ficarem a saber o que de facto aqueles 5 nomes já fizeram de concreto, quem lhes paga, e quando vão estar feitos os seus projectos, se é que algum deles vai sair do atelier. Tentámos ver o que há de facto, e fomos à Net.
Do que ficámos a saber seleccionámos 2 projectos, o de Foster e o de Piano, por os acharmos verdadeiras mais-valias para Lisboa, e colocámo-los no nosso "site", respectivamente aqui e aqui. Porquê?
1. Porque o que existe de Gehry é quase nada a não ser maquette, e mesmo assim, só de a ver, imagina-se o que sufocaria no Parque Mayer e na Avenida...
2. Porque o que existe de Nouvel é confuso e confunde-se com o chamado "Alcântara XXI".
3. Porque o que existe de Bofill é mau: uma torre de 105 mt. de altura, designada por "Edifício Compave", em frente à Maternidade Alfredo da Costa, com 6 pisos subterrâneos para estacionamento automóvel, e uma área de 132 mt2, e desvirtuará para sempre o pouco que ainda resta do antigo "boulevard" da Av.Fontes Pereira de Melo.
PF
Passado todos estes anos, e sem que nada de concreto exista no horizonte a não ser muita propaganda e muita polémica, achamos que é tempo de os lisboetas ficarem a saber o que de facto aqueles 5 nomes já fizeram de concreto, quem lhes paga, e quando vão estar feitos os seus projectos, se é que algum deles vai sair do atelier. Tentámos ver o que há de facto, e fomos à Net.
Do que ficámos a saber seleccionámos 2 projectos, o de Foster e o de Piano, por os acharmos verdadeiras mais-valias para Lisboa, e colocámo-los no nosso "site", respectivamente aqui e aqui. Porquê?
1. Porque o que existe de Gehry é quase nada a não ser maquette, e mesmo assim, só de a ver, imagina-se o que sufocaria no Parque Mayer e na Avenida...
2. Porque o que existe de Nouvel é confuso e confunde-se com o chamado "Alcântara XXI".
3. Porque o que existe de Bofill é mau: uma torre de 105 mt. de altura, designada por "Edifício Compave", em frente à Maternidade Alfredo da Costa, com 6 pisos subterrâneos para estacionamento automóvel, e uma área de 132 mt2, e desvirtuará para sempre o pouco que ainda resta do antigo "boulevard" da Av.Fontes Pereira de Melo.
PF
25/05/2005
Mais cartazes poluidores
Já aqui criticámos os cartazes da candidatura do Prof.Carrilho, não tanto pelas "gaffes" fotográficas mas pela oportunidade: estamos a 6 meses das eleições, e a poluição visual já começou. Cabe agora criticarmos os cartazes do Prof.Carmona que, não contentes em poluir ainda mais as nossas ruas e praças (veja-se Entre-Campos!), têm uma fotografia politicamente correcta em demasia: um professor no meio do povo, a que só falta um representante eslavo. Quando é que as empresas de "marketing" e publicidade se deixam de parvoíces e se limitam a poluir Lisboa única e exclusivamente durante a campanha eleitoral?
PF
PF
23/05/2005
Acta Assembleia Municipal 13-4-2005
Ainda sobre este tema da Casa de Garrett, deixamos aqui a acta da sessão ordinária da Assembleia Municipal de Lisboa, de 13 de Abril de 2005, porque, como verão os interessados, trata-se de uma pérola do parlamentarismo lisboeta, que Bordalo, Fialho, Eça e ... Garrett não desdenhariam comentar da maneira que todos sabemos. São 76 páginas mas que vale a pena ler, sem pressas.
Entre muitas coisas genéricas e eslarecedoras sobre a maneira como Lisboa é governada, ficámos a saber pelas Senhoras Vereadoras Napoleão e Pinto Barbosa, que "há "n" casas como aquela em Lisboa". Que a casa de Fernando Pessoa pode ser também de Garrett!!!. Que "se os cidadãos se cotizassem, então sim haveria condições para se estudarem outras alternativas". Só lamentar a demolição, parece curto à Drª Pinto Barbosa.
E que "a memória de Garrett está sim ligada ao Teatro Nacional". Apetece-me dizer que, se é com as peças que a Sala Garrett leva a cena, então, sim, é melhor ir comer um "quadradinho de moca" à Pastelaria Garrett.
Paulo Ferrero
Entre muitas coisas genéricas e eslarecedoras sobre a maneira como Lisboa é governada, ficámos a saber pelas Senhoras Vereadoras Napoleão e Pinto Barbosa, que "há "n" casas como aquela em Lisboa". Que a casa de Fernando Pessoa pode ser também de Garrett!!!. Que "se os cidadãos se cotizassem, então sim haveria condições para se estudarem outras alternativas". Só lamentar a demolição, parece curto à Drª Pinto Barbosa.
E que "a memória de Garrett está sim ligada ao Teatro Nacional". Apetece-me dizer que, se é com as peças que a Sala Garrett leva a cena, então, sim, é melhor ir comer um "quadradinho de moca" à Pastelaria Garrett.
Paulo Ferrero
Feira do Livro - Casa Garrett: resposta da APEL
Ao nosso apêlo à realização de um debate sobre a Casa de Garrett, no pavilhão de seminários da 75ª Feira do Livro, recebemos uma resposta da APEL, que aqui transcrevemos, bem como o nosso pronto comentário:
"From: "APEL"
To:
Subject: Feira do Livro de Lisboa
Date: Mon, 23 May 2005 08:50:52 +0100
Exmo. Senhor,
Recebemos o seu fax sobre a questão da Casa Gerrett e a possibilidade de fazermos algo por esta causa na Feira do Livro de Lisboa, que agradecemos.
Face ao momento em que a questão nos foi colocada, lamentamos dar conta da impossibilidade da realização das iniciativas propostas.
Relativamente à utilização dos stands das editoras que publicam Almeida Garrett, deverão as mesmas ser contactadas directamente.
Com os melhores cumprimentos
Isabel Carvalho
APEL - Associação Portuguesa de Editores e Livreiros
Av. Estados Unidos da América, 97 - 6º Esqº
1700-167 Lisboa
T.:(00 351) 21 843 51 80
F.:(00 351) 21 848 93 77
e.mail: apel@apel.pt
www.apel.pt"
Resposta enviada:
"Exma.Senhora
Muito me decepciona a resposta de V.Exa. dado que já perdi conta aos e-mails que vos enviei, desde há 2 semanas. Inclusivamente, telefonei para a APEL perguntando se os e-mails tinham chegado e se havia algo de errado no v/endereço.
De qq forma, julgo que celebrando-se, como se celebram, os 150 anos da morte de Garrett, a Feira do Livro devia ter tido a clarividência de, ela própria, organizar um debate sobre a questão da "Casa de Garrett", dada a sua extrema actualidade e importância, sem esperar por pedidos dos cidadãos.
Sem outro assunto, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.
PF"
"From: "APEL"
To:
Subject: Feira do Livro de Lisboa
Date: Mon, 23 May 2005 08:50:52 +0100
Exmo. Senhor,
Recebemos o seu fax sobre a questão da Casa Gerrett e a possibilidade de fazermos algo por esta causa na Feira do Livro de Lisboa, que agradecemos.
Face ao momento em que a questão nos foi colocada, lamentamos dar conta da impossibilidade da realização das iniciativas propostas.
Relativamente à utilização dos stands das editoras que publicam Almeida Garrett, deverão as mesmas ser contactadas directamente.
Com os melhores cumprimentos
Isabel Carvalho
APEL - Associação Portuguesa de Editores e Livreiros
Av. Estados Unidos da América, 97 - 6º Esqº
1700-167 Lisboa
T.:(00 351) 21 843 51 80
F.:(00 351) 21 848 93 77
e.mail: apel@apel.pt
www.apel.pt"
Resposta enviada:
"Exma.Senhora
Muito me decepciona a resposta de V.Exa. dado que já perdi conta aos e-mails que vos enviei, desde há 2 semanas. Inclusivamente, telefonei para a APEL perguntando se os e-mails tinham chegado e se havia algo de errado no v/endereço.
De qq forma, julgo que celebrando-se, como se celebram, os 150 anos da morte de Garrett, a Feira do Livro devia ter tido a clarividência de, ela própria, organizar um debate sobre a questão da "Casa de Garrett", dada a sua extrema actualidade e importância, sem esperar por pedidos dos cidadãos.
Sem outro assunto, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.
PF"
20/05/2005
Odéon: obrigado, Prof.Carrilho!
Considerando que o Odéon é o único exemplo lisboeta de salas de espectáculo dos anos 20; considerando que neste momento está em classificação pelo IPPAR; considerando o seu interior e exterior (tecto em pau do Brasil, frontão de palco Arte-Déco, pilastras, elementos decorativos, lustre de néons, galerias exteriores, etc.); considerando que o Odéon se está a arruinar a cada dia que passa, dados os vidros partidos da clarabóia e o facto de estar fechado há quase 10 anos; considerando que o Odéon se encontra à venda; é de aplaudir de pé a coragem do candidato Manuel Maria Carrilho em falar abertamente da necessidade em recuperar o Odéon para o convívio dos lisboetas e de todos quantos querem uma oferta cultural diversificada e verdadeiramente europeia e civilizada.
Eu, particularmente, que luto há quase 5 anos pela recuperação do Odéon, aplaudo de pé, e proponho o seguinte:
1. A CML deve exercer o seu direito de preferência e comprar o Odéon.
2. A CML deve recuperar o Odéon respeitando integralmente o seu interior e o seu exterior, isto é, deve repor os vidros coloridos das galerias exteriores, deve reabrir o segundo balcão, deve repor os telões exteriores, deve reactivar o tecto de abrir, etc.;
3. A CML deve transformar o Odéon na "Casa do Cinema Independente", e complementar essa aposta com teatro "chave-na-mão" (que não exija um palco e uma caixa de palco maiores do que os que o Odéon tem actualmente), e deve apostar em nichos modernos como o "merchandise" e o aproveitamento da cervejaria anexa e as caves como cyber-café, etc.
4. A futura gestão do Odéon deve ser privada, por alguém que já tenha dado provas suficientes na exibição de cinema independente, e na organização de festivais.
5. A futura gestão dever ser objecto de avaliação periódica, e deve ser objecto de contrato a parametrização de objectivos claros, quanto a tipo de programação e avaliação de públicos.
Obrigado, Prof.Carrilho.
PF
Eu, particularmente, que luto há quase 5 anos pela recuperação do Odéon, aplaudo de pé, e proponho o seguinte:
1. A CML deve exercer o seu direito de preferência e comprar o Odéon.
2. A CML deve recuperar o Odéon respeitando integralmente o seu interior e o seu exterior, isto é, deve repor os vidros coloridos das galerias exteriores, deve reabrir o segundo balcão, deve repor os telões exteriores, deve reactivar o tecto de abrir, etc.;
3. A CML deve transformar o Odéon na "Casa do Cinema Independente", e complementar essa aposta com teatro "chave-na-mão" (que não exija um palco e uma caixa de palco maiores do que os que o Odéon tem actualmente), e deve apostar em nichos modernos como o "merchandise" e o aproveitamento da cervejaria anexa e as caves como cyber-café, etc.
4. A futura gestão do Odéon deve ser privada, por alguém que já tenha dado provas suficientes na exibição de cinema independente, e na organização de festivais.
5. A futura gestão dever ser objecto de avaliação periódica, e deve ser objecto de contrato a parametrização de objectivos claros, quanto a tipo de programação e avaliação de públicos.
Obrigado, Prof.Carrilho.
PF
19/05/2005
Palácio da Ajuda: haja Plano de Pormenor!
Acerca do anúncio feito por Carmona Rodrigues ontem sobre o plano de pormenor para a área envolvente ao Palácio da Ajuda, esperamos, sinceramente, que o "plano" inclua o seguinte:
1. Recuperação da zona ardida do Palácio da Ajuda;
2. Finalização do lado Norte do palácio;
3. Recuperação do "Jardim das Damas";
4. Recuperação da torre sineira "Galo da Ajuda";
5. Libertação e reutilização do chamado "Paço Velho", hoje com ocupação militar;
6. Libertação e reutilização da chamada "Sala de Física", hoje com habitação;
7. Libertação e desvio do trânsito no Largo da Ajuda;
8. Recuperação e valorização de facto dos jardins à volta do palácio:
9. Programa contínuo de exposições e iniciativas culturais mobilizadoras;
10. Criação de circuitos pedonais e turísticos que possibilitem, além de um melhor usufruto da Tapada da Ajuda, que comporta estruturas ímpares como o Jardim Botânico, o Observatório Astronómico, o Pavilhão de Exposições, o Instituto de Agronomia e o próprio Parque de Monsanto; possibilitem também uma efecitva interligação Belém-Ajuda.
PF
1. Recuperação da zona ardida do Palácio da Ajuda;
2. Finalização do lado Norte do palácio;
3. Recuperação do "Jardim das Damas";
4. Recuperação da torre sineira "Galo da Ajuda";
5. Libertação e reutilização do chamado "Paço Velho", hoje com ocupação militar;
6. Libertação e reutilização da chamada "Sala de Física", hoje com habitação;
7. Libertação e desvio do trânsito no Largo da Ajuda;
8. Recuperação e valorização de facto dos jardins à volta do palácio:
9. Programa contínuo de exposições e iniciativas culturais mobilizadoras;
10. Criação de circuitos pedonais e turísticos que possibilitem, além de um melhor usufruto da Tapada da Ajuda, que comporta estruturas ímpares como o Jardim Botânico, o Observatório Astronómico, o Pavilhão de Exposições, o Instituto de Agronomia e o próprio Parque de Monsanto; possibilitem também uma efecitva interligação Belém-Ajuda.
PF
Museu dos Coches: muita parra e pouca uva
A propósito do centenário do Museu Nacional dos Coches - que se mantém recordista absoluto em número de visitantes/ano, aliás - foi muito noticiado um projecto de mudança do mesmo para as antigas Oficinas Gerais de Material de Engenharia, que distam 50 mt. do actual museu, e que terão, um dia, as condições ideais para o museu e respectiva escola de arte equestre. Inclusivamente, foi assinado um protocolo com a presença do então Primeiro-Ministro, Dr.Santana Lopes, e do então Presidente da CML, Prof.Carmona Rodrigues.
Esse protocolo foi assinado pelos responsáveis do Serviço Nacional Coudélico (Ministério da Agricultura, Pescas e Florestas), do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ministério da Cultura) e da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (Ministério das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional) - estabelece a intervenção de cada uma das entidades nas diversas fases de desenvolvimento do projecto: abertura de concursos, financiamento, fiscalização e execução da obra.
Mas, a meu ver, esqueceram-se de mencionar as evidências seguintes:
1. O mesmo protocolo, ou algo muito semelhante, tinha já sido assinado (e devidamente publicitado) ao tempo do então Ministro da Cultura, e actual candidato à CML, Prof.Carrilho. Pelo número exagerado de entidades envolvidas, como isto de protocolos costuma ser letra morta a seguir aos mesmos serem assinado; pelo andar da carruagem vislumbro mais uns 10 anos até que o Museu dos Coches se mude de armas e bagagens para um espaço mais preparado, libertando assim o espaço que agora ocupa para o projecto tão aguardado do Real Picadeiro.
2. As visitas ao Museu dos Coches resultam essencialmente de três vectores: situação privilegiada do actual museu, beleza interior do espaço, e sumptuosidade dos 3 coches de D.João V, verdadeiras jóias nacionais. Mas, passados que estão 7 anos sobre a Expo'98 e sobre o restauro do "Coche dos Oceanos", a promessa então feita, de recuperar os outros dois coches d' O Magnânimo, está por cumprir, encontrando-se os mesmos profundamente abandonados ao gosto das traças de serviço e da patine dos anos.
PF
Esse protocolo foi assinado pelos responsáveis do Serviço Nacional Coudélico (Ministério da Agricultura, Pescas e Florestas), do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ministério da Cultura) e da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (Ministério das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional) - estabelece a intervenção de cada uma das entidades nas diversas fases de desenvolvimento do projecto: abertura de concursos, financiamento, fiscalização e execução da obra.
Mas, a meu ver, esqueceram-se de mencionar as evidências seguintes:
1. O mesmo protocolo, ou algo muito semelhante, tinha já sido assinado (e devidamente publicitado) ao tempo do então Ministro da Cultura, e actual candidato à CML, Prof.Carrilho. Pelo número exagerado de entidades envolvidas, como isto de protocolos costuma ser letra morta a seguir aos mesmos serem assinado; pelo andar da carruagem vislumbro mais uns 10 anos até que o Museu dos Coches se mude de armas e bagagens para um espaço mais preparado, libertando assim o espaço que agora ocupa para o projecto tão aguardado do Real Picadeiro.
2. As visitas ao Museu dos Coches resultam essencialmente de três vectores: situação privilegiada do actual museu, beleza interior do espaço, e sumptuosidade dos 3 coches de D.João V, verdadeiras jóias nacionais. Mas, passados que estão 7 anos sobre a Expo'98 e sobre o restauro do "Coche dos Oceanos", a promessa então feita, de recuperar os outros dois coches d' O Magnânimo, está por cumprir, encontrando-se os mesmos profundamente abandonados ao gosto das traças de serviço e da patine dos anos.
PF
17/05/2005
CML vs. CMC, descubra as diferenças
Apêlo: casa de Garrett na Feira do Livro!
Aos amigos da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, da Sociedade Portuguesa de Autores, da Associação Portuguesa de Escritores, das Publicações Europa-América, das Edições Sá da Costa e do Centro Nacional de Cultura, apelamos a que, aproveitando o decorrer da Feira do Livro, nos apoiem nesta causa conceptualizando e executando as ideias seguintes:
1. Dêem destaque a esta causa nos «stands» das editoras de Garrett, afixando cartazes alertando para o perigo de demolição da casa e para a necessidade de a preservar como casa-museu-tertúlia.
2. Promovam o "Dia de Garrett", com livros de Garrett a preço ainda mais especial.
3. Organizem uma sessão sobre Garrett e a casa, no «stand» do topo da feira, com a presença de especialistas na vida, obra e espólio do escritor, bem como com representantes dos organismos de quem depende o futuro da casa, e com o próprio proprietário da casa.
Pensamos que seria uma óptima ajuda em prol desta causa.
Ficamos na expectativa e apresentamos os melhores cumprimentos
PF
1. Dêem destaque a esta causa nos «stands» das editoras de Garrett, afixando cartazes alertando para o perigo de demolição da casa e para a necessidade de a preservar como casa-museu-tertúlia.
2. Promovam o "Dia de Garrett", com livros de Garrett a preço ainda mais especial.
3. Organizem uma sessão sobre Garrett e a casa, no «stand» do topo da feira, com a presença de especialistas na vida, obra e espólio do escritor, bem como com representantes dos organismos de quem depende o futuro da casa, e com o próprio proprietário da casa.
Pensamos que seria uma óptima ajuda em prol desta causa.
Ficamos na expectativa e apresentamos os melhores cumprimentos
PF
16/05/2005
CNC, parabéns a você
Mais vale tarde que nunca. Por isso, embora atrasados, aqui ficam os meus parabéns ao Centro Nacional de Cultura, pelos seus 60 anos de idade. Que sejam apenas os primeiros de muitos 60 anos!
PF
PF
13/05/2005
Teatro Tália: respostas do PM e do MCTES
Há cerca de 20 dias pedimos a quem tutela o Teatro Tália, que fizesse exactamente aquilo que se comprometeu fazer há mais de 20 anos, i.e., recuperá-lo. Publicamos aqui as respostas que nos foram transmitidas pelo Gabinete do Exmo. Senhor Primeiro Ministro, e do Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (*), a quem agradecemos, desde já, a simpatia e a receptividade demonstrada, e de quem esperamos que recuperem o Teatro Tália, que é uma vergonha para todos nós ter-se mantido como está ao longo de décadas!!
PF
(*) No caso de não ser possível aceder a estes dois «links», por favor tente, indirectamente, aqui
PF
(*) No caso de não ser possível aceder a estes dois «links», por favor tente, indirectamente, aqui
Casa de Garrett: outro falso argumento
Há quem pense que uma das razões porque quem de direito tem reticências a preservar a casa onde Garrett viveu e morreu, e ali fazer nascer uma casa-museu (como o escritor deixou bem explícito em vários documentos) é o mau "case study" da casa-museu Fernando Pessoa.
Sejamos claros:
1. Se a casa dedicada a Pessoa não tem qualquer valor arquitectónico, nem sequer é das mais representativas na história atribulada de Pessoa, a culpa não é de Garrett.
2. Se a casa de Pessoa dista poucas centenas de metros da casa que pretendemos salvar, a culpa não é de Garrett.
3. Se a casa dedicada a Pessoa tem 3-4 visitantes por dia (quando tem), a culpa não é de Garrett.
4. Se a casa de Pessoa representou e representa um investimento elevadíssimo, em termos materiais e humanos, face aos resultados práticos que daí advêm de se dar a conhecer ao mundo Pessoa, a culpa não é de Garrett.
6. Se a casa de Pessoa apresenta dificiências graves em termos de municiamento de livros em línguas estrangeiras, em falta de propaganda nos meios e circuitos adequados, em manter a chama acesa, a culpa não é de Garrett.
7. Para mais, o universo de Pessoa não é o mesmo de Garret, nunca foi nem será.
Por isso, uma casa nada tem que ver com a outra.
PF
Sejamos claros:
1. Se a casa dedicada a Pessoa não tem qualquer valor arquitectónico, nem sequer é das mais representativas na história atribulada de Pessoa, a culpa não é de Garrett.
2. Se a casa de Pessoa dista poucas centenas de metros da casa que pretendemos salvar, a culpa não é de Garrett.
3. Se a casa dedicada a Pessoa tem 3-4 visitantes por dia (quando tem), a culpa não é de Garrett.
4. Se a casa de Pessoa representou e representa um investimento elevadíssimo, em termos materiais e humanos, face aos resultados práticos que daí advêm de se dar a conhecer ao mundo Pessoa, a culpa não é de Garrett.
6. Se a casa de Pessoa apresenta dificiências graves em termos de municiamento de livros em línguas estrangeiras, em falta de propaganda nos meios e circuitos adequados, em manter a chama acesa, a culpa não é de Garrett.
7. Para mais, o universo de Pessoa não é o mesmo de Garret, nunca foi nem será.
Por isso, uma casa nada tem que ver com a outra.
PF
Por um Príncipe Real ainda mais bonito
Enquanto cidadãos interessados numa Lisboa com melhor qualidade de vida estamos preocupados com o estado actual da Praça do Príncipe Real, ou seja, com o estado de abandono da maior parte dos palacetes que a compõem; com a ameaça de esventramento do imenso e valioso logradouro do Palacete Ribeiro da Cunha no caso do "plano de pormenor" da CML para aquele palacete ir adiante (conforme está exposto na Exposição "Sentir Lisboa", no edifício da CML no Campo Grande); e com o trânsito caótico que ali existe, especialmente aos dias úteis, na Rua da Escola Politécnica e perpendiculares.
Por isso, apresentamos propostas para aquele que é um dos locais mais bonitos, mas também mais subaproveitados de Lisboa, propostas agora disponíveis no no nosso "site", em Por um Príncipe Real ainda mais bonito.
Já sabe, queremos a sua opinião e os seus contributos!
PF
Por isso, apresentamos propostas para aquele que é um dos locais mais bonitos, mas também mais subaproveitados de Lisboa, propostas agora disponíveis no no nosso "site", em Por um Príncipe Real ainda mais bonito.
Já sabe, queremos a sua opinião e os seus contributos!
PF
12/05/2005
Símbolos ao abandono (2)
O Arco da Rua Augusta é o símbolo do Paço, sede de poder; antes mesmo de ser corolário de uma praça de simbologia maçónica. Mas também é uma peça de beleza única na cidade de Lisboa, que está degradada, abandonada, preta de suja, com a pedra lascada, poluída, e com as suas câmaras interiores votadas a armazém de materiais de construção.
O Arco como está é uma vergonha para Lisboa e para todos nós. A sua recuperação é continuamente adiada, apesar de continuamente anunciada; e a falta de entendimento entre as várias entidades que tutelam o Arco da Rua Augusta, é a principal razão para esse facto.
Mas a sua recuperação é urgente, porque reivindicação de quem acha que o poder deve ser dignificado e o Estado deve dar o exemplo!
PF
O Arco como está é uma vergonha para Lisboa e para todos nós. A sua recuperação é continuamente adiada, apesar de continuamente anunciada; e a falta de entendimento entre as várias entidades que tutelam o Arco da Rua Augusta, é a principal razão para esse facto.
Mas a sua recuperação é urgente, porque reivindicação de quem acha que o poder deve ser dignificado e o Estado deve dar o exemplo!
PF
Símbolos ao abandono (1)
O Aqueduto das Águas Livres é um símbolo de Lisboa e de Portugal, e é neste momento proto-candidato a Património da UNESCO. O Aqueduto vale como um todo, e não pode ser seccionado em bocados. O Aqueduto já foi vandalizado no passado, mas não o pode ser de novo, como se projecta na finalização da CRIL, porque se dantes era tudo a preto e branco, agora o mundo é a cores.
Por isso, o troço da CRIL tem que ser alterado, devendo ser utilizada a opção de viaduto, cujos custos, aliás, não se provou serem maiores do que demolindo os cerca 185 metros do Aqueduto Principal e os 55 metros do Aqueduto das Francesas.
Mas, infelizmente, nenhum dos candidatos à CML, nenhum ministro ou secretário de estado se manifestou até hoje pela preservação dessa extensão ameaçada. Porquê?
PF
Por isso, o troço da CRIL tem que ser alterado, devendo ser utilizada a opção de viaduto, cujos custos, aliás, não se provou serem maiores do que demolindo os cerca 185 metros do Aqueduto Principal e os 55 metros do Aqueduto das Francesas.
Mas, infelizmente, nenhum dos candidatos à CML, nenhum ministro ou secretário de estado se manifestou até hoje pela preservação dessa extensão ameaçada. Porquê?
PF
09/05/2005
Alerta Azul ...
Parece haver da parte do Metropolitano de Lisboa a intenção de abrir um poço de ventilação na frente do Bairro Azul. Esta localização é contrária à vontade, tantas vezes formalmente expressa, dos moradores.
Este local é um local habitual de convívio, e árvores de grande porte não podem ser sacrificadas.
Estes plátanos encontram-se em bom estado fitossanitário e funcionam para o Bairro Azul como ''barreira de protecção'' da intensa poluição atmosférica e sonora que actualmente existe no cruzamento da Rua Marquês de Fronteira com a Av. António Augusto de Aguiar.
É OBRIGAÇÃO dos técnicos do Metropolitano de Lisboa, em conjunto com os técnicos da CML, estudarem uma localização mais adequada para o referido poço de ventilação, de forma a preservar as poucas árvores existentes em Lisboa, fundamentais para minimizar os impactos da poluição nas pessoas que aqui habitam ou trabalham.
Apelamos a todos que subscrevam via internet esta declaração, a fim da mesma ser posteriormente entregue às entidades responsáveis pelo planeamento desta obra: http://www.bairroazul.net/bassinado/bassinado.asp
PP
Este local é um local habitual de convívio, e árvores de grande porte não podem ser sacrificadas.
Estes plátanos encontram-se em bom estado fitossanitário e funcionam para o Bairro Azul como ''barreira de protecção'' da intensa poluição atmosférica e sonora que actualmente existe no cruzamento da Rua Marquês de Fronteira com a Av. António Augusto de Aguiar.
É OBRIGAÇÃO dos técnicos do Metropolitano de Lisboa, em conjunto com os técnicos da CML, estudarem uma localização mais adequada para o referido poço de ventilação, de forma a preservar as poucas árvores existentes em Lisboa, fundamentais para minimizar os impactos da poluição nas pessoas que aqui habitam ou trabalham.
Apelamos a todos que subscrevam via internet esta declaração, a fim da mesma ser posteriormente entregue às entidades responsáveis pelo planeamento desta obra: http://www.bairroazul.net/bassinado/bassinado.asp
PP
06/05/2005
Parque Mayer: Gehry ou Jardim?
Jardim, sem hesitar!
O Prof.Carrilho lançou anteontem a ideia, que não é nova (até nós já aqui pusemos essa hipótese), e o Prof.Carmona diz hoje que isso seria uma enorme "trapalhada pois a CML deixaria de encaixar 97 milhões de euros se desistisse de Gehry".
Bom, eu digo que maior trapalhada do que aquela que o executivo de Santana Lopes fez em relação ao Parque Mayer é impossível, posto que a trapalhada que este executivo fez só teve 2 resultados práticos até hoje:
* O Casino Estoril viu aprovada pelo Governo uma lei à exacta medida dos seus propósitos, obtendo uma licença para construir um casino, que afinal não é nem no Parque Mayer, nem no Cais do Sodré, nem junto a Santa Apolónia, mas em plena zona residencial da antiga Expo;
* A Bragaparques, proprietária do Parque Mayer (juntamente com o Grupo Amorim), conseguiu ver o preço dos terrenos do P.Mayer sobrevalorizados de tal maneira que lhe garantirem direito de construção e exploração aos terrenos da Feira Popular, em Entre-Campos.
Enquanto isso acontecia, Frank Gehry veio duas vezes a Lisboa, disse umas larachas, comeu umas sardinhas assadas, foi escoltado por batedores da Polícia Municipal, encaixou (para utilizar a expressão do Prf.Carmona) uns milhares de contos, e anunciou que o seu projecto, a ir para a frente, só mesmo daqui a 10 anos.
Portanto, a CML ainda não "encaixou" nada com Gehry, muito menos Lisboa.
Se a isto juntarmos o facto do teatro de revista ser um género que muito dificilmente consegue encher as cadeiras de 1 teatro (muito menos de 3 ou 4), se pensarmos que os teatros que lá estão (à excepção do Capitólio, Imóvel de Interesse Público e reconhecido internacionalmente) são barracões que por acaso têm espectáculos, e se reconhecermos que os lisboetas não usufruem da Avenida nem do Jardim Botânico como podiam e deviam, então concluiremos que a solução menos onerosa, mais potenciadora de bem estar e que mais mais-valias traz em termos de qualidade de vida para os lisboetas é, sem sombra de dúvida, a criação de um JARDIM no Parque Mayer.
Aliás, um jardim que se deve designar por "Jardim do Parque Mayer", e que deve estar em perfeita sintonia com o Jardim Botânico e com os jardins das traseiras dos palacetes do Príncipe Real, a começar pelo do Palacete Ribeiro da Cunha.
E que deve ter num Capitólio restaurado e dignificado, uma sala de cinema e de teatro de revista, em articulação com as outras salas emblemáticas de Lisboa, a começar com o Cinema São Jorge, esquecido e sub-aproveitado há demasiado tempo.
PF
O Prof.Carrilho lançou anteontem a ideia, que não é nova (até nós já aqui pusemos essa hipótese), e o Prof.Carmona diz hoje que isso seria uma enorme "trapalhada pois a CML deixaria de encaixar 97 milhões de euros se desistisse de Gehry".
Bom, eu digo que maior trapalhada do que aquela que o executivo de Santana Lopes fez em relação ao Parque Mayer é impossível, posto que a trapalhada que este executivo fez só teve 2 resultados práticos até hoje:
* O Casino Estoril viu aprovada pelo Governo uma lei à exacta medida dos seus propósitos, obtendo uma licença para construir um casino, que afinal não é nem no Parque Mayer, nem no Cais do Sodré, nem junto a Santa Apolónia, mas em plena zona residencial da antiga Expo;
* A Bragaparques, proprietária do Parque Mayer (juntamente com o Grupo Amorim), conseguiu ver o preço dos terrenos do P.Mayer sobrevalorizados de tal maneira que lhe garantirem direito de construção e exploração aos terrenos da Feira Popular, em Entre-Campos.
Enquanto isso acontecia, Frank Gehry veio duas vezes a Lisboa, disse umas larachas, comeu umas sardinhas assadas, foi escoltado por batedores da Polícia Municipal, encaixou (para utilizar a expressão do Prf.Carmona) uns milhares de contos, e anunciou que o seu projecto, a ir para a frente, só mesmo daqui a 10 anos.
Portanto, a CML ainda não "encaixou" nada com Gehry, muito menos Lisboa.
Se a isto juntarmos o facto do teatro de revista ser um género que muito dificilmente consegue encher as cadeiras de 1 teatro (muito menos de 3 ou 4), se pensarmos que os teatros que lá estão (à excepção do Capitólio, Imóvel de Interesse Público e reconhecido internacionalmente) são barracões que por acaso têm espectáculos, e se reconhecermos que os lisboetas não usufruem da Avenida nem do Jardim Botânico como podiam e deviam, então concluiremos que a solução menos onerosa, mais potenciadora de bem estar e que mais mais-valias traz em termos de qualidade de vida para os lisboetas é, sem sombra de dúvida, a criação de um JARDIM no Parque Mayer.
Aliás, um jardim que se deve designar por "Jardim do Parque Mayer", e que deve estar em perfeita sintonia com o Jardim Botânico e com os jardins das traseiras dos palacetes do Príncipe Real, a começar pelo do Palacete Ribeiro da Cunha.
E que deve ter num Capitólio restaurado e dignificado, uma sala de cinema e de teatro de revista, em articulação com as outras salas emblemáticas de Lisboa, a começar com o Cinema São Jorge, esquecido e sub-aproveitado há demasiado tempo.
PF
Mais uma voz pela Casa de Garrett
Desta vez, a voz a juntar-se ao coro de protestos é a da Associação Portuguesa de Escritores. Sejam bem-vindos a esta luta!
PF
PF
04/05/2005
Arquivo da CML é "arquivo morto"?
Ontem tive um experiência extraordinária: fui consultar um processo camarário ao seu arquivo, sito na Rua B, Bairro da Liberdade, por detrás da Estação de Caminhos-de-Ferro de Campolide, ou seja, por detrás do sol posto.
Digo experiência única porque só mesmo em Portugal se pode ter um arquivo nas condições em que a CML o tem:
No R/C de um edifício de habitação social, de aparência decrépita, isolado do mundo, sem qualquer serviço de transporte público sem ser a carreira Nº 2 da Carris (cujo traçado é bastante peculiar...), e com umas instalações perfeitamente terceiro-mundistas, desde o mobiliário às paredes. Para cúmulo, o horário de atendimento e consulta é das coisas mais caricatas que há, sendo que da parte da tarde funciona das 13H30 às 16H.
Portanto, parece que a CML, ao colocar o Arquivo no Bairro da Liberdade só quis duas coisas: dificultar a consulta de todo e qualquer processo por parte do público, e amorfanhar a vida dos funcionários que lá trabalham.
PF
Digo experiência única porque só mesmo em Portugal se pode ter um arquivo nas condições em que a CML o tem:
No R/C de um edifício de habitação social, de aparência decrépita, isolado do mundo, sem qualquer serviço de transporte público sem ser a carreira Nº 2 da Carris (cujo traçado é bastante peculiar...), e com umas instalações perfeitamente terceiro-mundistas, desde o mobiliário às paredes. Para cúmulo, o horário de atendimento e consulta é das coisas mais caricatas que há, sendo que da parte da tarde funciona das 13H30 às 16H.
Portanto, parece que a CML, ao colocar o Arquivo no Bairro da Liberdade só quis duas coisas: dificultar a consulta de todo e qualquer processo por parte do público, e amorfanhar a vida dos funcionários que lá trabalham.
PF
Trânsito condicionado em mais zonas de Lisboa, S.F.F.
Esta é uma boa notícia, que tardava anunciar, pois só com fiscalização, multas e mais multas se faz cumprir a lei. Infelizmente, por aqui é assim. O condicionamento do trânsito e estacionamento no Bairro Alto, Bica, Santa Catarina e Alfama foi uma das poucas boas medidas da CML, que aplaudi durante estes 4 anos. Trata-se de um passo que devia ter sido dado há muito mais tempo, mas que deve ser corigido e adaptado conforme os resultados vão aparecendo, como agora foi feito.
Mas o estacionamento e o trânsito também devem ser condicionados em outras zonas de Lisboa, como a Penha de França, a Avenida da Igreja (e perpendiculares), o Castelo, o Bairro Azul e Campo de Ourique, por exemplo.
PF
Mas o estacionamento e o trânsito também devem ser condicionados em outras zonas de Lisboa, como a Penha de França, a Avenida da Igreja (e perpendiculares), o Castelo, o Bairro Azul e Campo de Ourique, por exemplo.
PF
03/05/2005
Respostas à confissão da Vereadora Napoleão
A Srª Vereadora da Reabilitação Urbana, Eduarda Napoleão, decidiu escrever um acto de contrição na edição do "Público" de Sábado, transcrito agora no "site" da CML, aqui, mas que, apesar do arrependimento subjacente, contém justificativas do mais lamentável possível. Por isso, acho que devo esclarecer a Srª Vereadora nalguns pontos que acho fundamentais, que passo a enumerar:
Diz a Srª Vereadora que "...as competências que me estão atribuídas exigem que, em cada decisão, das várias vertentes que o interesse público contempla, eleja o interesse urbanístico. Por muito que gostasse que este interesse primordial que devo privilegiar coincidisse com todos os outros interesses igualmente importantes, como o interesse económico, social, ambiental, histórico e até aqueles que me são tão caros, em virtude da minha própria formação académica, como são os interesses culturais e artísticos, tal nem sempre é possível.".
Lembro à Srª Vereadora que, desde que a sua vereação tomou posse, a CML autorizou a demolição do Cinema Alvalade, do Convento de Arroios, do Convento dos Inglesinhos, de uma moradia Arte-Nova na Av.Duque d'Ávila/Av.Marquês de Tomar e, agora, da casa de Garrett. Todas estas demolições e/ou transformações destruidoras do património de Lisboa, serviram/servem/servirão para construções novas, feitas por privados.
Não vejo como o interesse público tenha sido salvaguardado, muitos menos a reabilitação urbana, mas sim a demolição urbana e o interesse privado.
Mais à frente, afirma que "As decisões urbanísticas são estritamente vinculadas, porque interferem de forma directa com direitos subjectivos, de que resulta não ser juridicamente admissível indeferir um projecto de licenciamento se os fundamentos para tal não estiverem claramente identificados na lei."
Bom, então fico sem saber qual o critério que essa digníssima vereação seguiu no caso do Cinema Paris, já que ele nem sequer está referenciado na DGEMN, ao contrário de todos os casos acima citados.
"A Casa onde Morreu Almeida Garrett, foi objecto, no âmbito da apreciação do pedido de licenciamento que deu entrada na CML em 2001, de uma vistoria efectuada pelo Núcleo de Estudos Patrimoniais (NEP) a meu pedido, que veio a constatar, que o imóvel se encontra bastante degradado, com ocupações precárias no logradouro e vegetação selvagem. Constataram também as técnicas que se deslocaram ao local que o edifício tem um insignificante valor arquitectónico, tanto individualmente como em termos de conjunto, está devoluto, encontrando-se apenas ocupado ilicitamente por toxicodependentes no último piso. Estes foram os pressupostos de facto em que assentou a minha decisão."
Este é o parágrafo mais demagógico de todos, já que não é verdade que a casa esteja a cair, nem é verdade que o seu interesse seja insignificante. Caso assim fosse, não haveria um privado, que por acaso é ministro, a interessar-se pela casa de Garrett, nem haveria milhares de interessados em preservar a casa desde há 150 anos a esta parte.
Mais à frente diz que "não consta do Inventário Municipal do Património, nem por si mesma, nem enquanto integrante de um conjunto edificado com interesse histórico, arquitectónico e ou ambiental, nem se encontra sequer em zona de protecção."
Isto é um argumento totalmente capcioso, pois a CML devia ter classificado este imóvel há décadas e décadas, por respeito pela memória e vontade colectivas, por respeito por Garrett e em prol das gerações futuras que pensarão ser Garrett nome de rua, ou de pastelaria do Estoril (por sinal, óptima).
Segundo a Srª Vereaddora "o projecto é considerado pelos técnicos uma vantagem urbanística evidente em termos arquitectónicos e paisagísticos, de onde se destaca a ligação equilibrada com a envolvente."
Pois eu não percebo como um projecto que prevê a demolição total da casa de Garrett, com vista à construção de um prédio de 3 andares, com estacionamento subterrâneo (previsivelmente no logradouro "selvagem") tem mais vantagens urbanísticas do que uma casa romântica do séc.XIX, de 2 pisos, harmoniosa e encantadora, bem construída e plena de história.
Seguem-se os argumentos mais rocambolescos de todos. Diz a Srª Vereadora que "o escritor, embora se tenha chegado a mudar para esta Casa viveu lá apenas alguns meses. Não terá escrito nesta Casa qualquer obra, ao contrário do que ocorreu nas muitas outras casas onde viveu, inclusive no Porto, onde já existe uma Casa Almeida Garrett."
Bom, a casa-museu de John Keats, em Roma, foi habitada pelo poeta romântico apenas durante 3 meses. Por sua vez, a casa-museu de Edith Piaf, em Paris, nunca foi habitada pela célebre cantor. Por outro lado, se o Porto já tem a sua casa de Garrett e Lisboa não precisa de ter uma igual, então não percebo como aqui ao lado, em Espanha, Cervantes, Lope de Vega ou Calderón de la Barca (só para mencionar personalidades da mesma área de Garrett) têm casas-museu em praticamente cada província espanhola.
Finalmente, diz a Srª Vereadora Napoleão que "Como exemplar característico do prédio romântico lisboeta, este edifício é um entre muitos outros, infelizmente não tantos como alguns de nós gostaríamos".
Bom, eu prevejo que se a Vereação da Reabilitação Urbana continuar por muito mais tempo a reabilitar desta forma, então, a muito breve trecho NÃO HAVERÁ mais nenhum edifício romântico em Lisboa.
Paulo Ferrero
Diz a Srª Vereadora que "...as competências que me estão atribuídas exigem que, em cada decisão, das várias vertentes que o interesse público contempla, eleja o interesse urbanístico. Por muito que gostasse que este interesse primordial que devo privilegiar coincidisse com todos os outros interesses igualmente importantes, como o interesse económico, social, ambiental, histórico e até aqueles que me são tão caros, em virtude da minha própria formação académica, como são os interesses culturais e artísticos, tal nem sempre é possível.".
Lembro à Srª Vereadora que, desde que a sua vereação tomou posse, a CML autorizou a demolição do Cinema Alvalade, do Convento de Arroios, do Convento dos Inglesinhos, de uma moradia Arte-Nova na Av.Duque d'Ávila/Av.Marquês de Tomar e, agora, da casa de Garrett. Todas estas demolições e/ou transformações destruidoras do património de Lisboa, serviram/servem/servirão para construções novas, feitas por privados.
Não vejo como o interesse público tenha sido salvaguardado, muitos menos a reabilitação urbana, mas sim a demolição urbana e o interesse privado.
Mais à frente, afirma que "As decisões urbanísticas são estritamente vinculadas, porque interferem de forma directa com direitos subjectivos, de que resulta não ser juridicamente admissível indeferir um projecto de licenciamento se os fundamentos para tal não estiverem claramente identificados na lei."
Bom, então fico sem saber qual o critério que essa digníssima vereação seguiu no caso do Cinema Paris, já que ele nem sequer está referenciado na DGEMN, ao contrário de todos os casos acima citados.
"A Casa onde Morreu Almeida Garrett, foi objecto, no âmbito da apreciação do pedido de licenciamento que deu entrada na CML em 2001, de uma vistoria efectuada pelo Núcleo de Estudos Patrimoniais (NEP) a meu pedido, que veio a constatar, que o imóvel se encontra bastante degradado, com ocupações precárias no logradouro e vegetação selvagem. Constataram também as técnicas que se deslocaram ao local que o edifício tem um insignificante valor arquitectónico, tanto individualmente como em termos de conjunto, está devoluto, encontrando-se apenas ocupado ilicitamente por toxicodependentes no último piso. Estes foram os pressupostos de facto em que assentou a minha decisão."
Este é o parágrafo mais demagógico de todos, já que não é verdade que a casa esteja a cair, nem é verdade que o seu interesse seja insignificante. Caso assim fosse, não haveria um privado, que por acaso é ministro, a interessar-se pela casa de Garrett, nem haveria milhares de interessados em preservar a casa desde há 150 anos a esta parte.
Mais à frente diz que "não consta do Inventário Municipal do Património, nem por si mesma, nem enquanto integrante de um conjunto edificado com interesse histórico, arquitectónico e ou ambiental, nem se encontra sequer em zona de protecção."
Isto é um argumento totalmente capcioso, pois a CML devia ter classificado este imóvel há décadas e décadas, por respeito pela memória e vontade colectivas, por respeito por Garrett e em prol das gerações futuras que pensarão ser Garrett nome de rua, ou de pastelaria do Estoril (por sinal, óptima).
Segundo a Srª Vereaddora "o projecto é considerado pelos técnicos uma vantagem urbanística evidente em termos arquitectónicos e paisagísticos, de onde se destaca a ligação equilibrada com a envolvente."
Pois eu não percebo como um projecto que prevê a demolição total da casa de Garrett, com vista à construção de um prédio de 3 andares, com estacionamento subterrâneo (previsivelmente no logradouro "selvagem") tem mais vantagens urbanísticas do que uma casa romântica do séc.XIX, de 2 pisos, harmoniosa e encantadora, bem construída e plena de história.
Seguem-se os argumentos mais rocambolescos de todos. Diz a Srª Vereadora que "o escritor, embora se tenha chegado a mudar para esta Casa viveu lá apenas alguns meses. Não terá escrito nesta Casa qualquer obra, ao contrário do que ocorreu nas muitas outras casas onde viveu, inclusive no Porto, onde já existe uma Casa Almeida Garrett."
Bom, a casa-museu de John Keats, em Roma, foi habitada pelo poeta romântico apenas durante 3 meses. Por sua vez, a casa-museu de Edith Piaf, em Paris, nunca foi habitada pela célebre cantor. Por outro lado, se o Porto já tem a sua casa de Garrett e Lisboa não precisa de ter uma igual, então não percebo como aqui ao lado, em Espanha, Cervantes, Lope de Vega ou Calderón de la Barca (só para mencionar personalidades da mesma área de Garrett) têm casas-museu em praticamente cada província espanhola.
Finalmente, diz a Srª Vereadora Napoleão que "Como exemplar característico do prédio romântico lisboeta, este edifício é um entre muitos outros, infelizmente não tantos como alguns de nós gostaríamos".
Bom, eu prevejo que se a Vereação da Reabilitação Urbana continuar por muito mais tempo a reabilitar desta forma, então, a muito breve trecho NÃO HAVERÁ mais nenhum edifício romântico em Lisboa.
Paulo Ferrero
02/05/2005
Casa Garrett/Nota Imprensa (2.5.05)
Enquanto promotores da petição sobre a casa de Garrett, e dando seguimento às acções de sensibilização que temos vindo a desencadear com o objectivo de salvarmos aquele edifício e ali vermos instalada uma casa-museu dedica ao autor de «Frei Luís de Sousa», somos a informar o seguinte:
1. Consideramos injustificável o comportamento da CML, uma vez que esta devia ter classificado o edifício há décadas e devia ter exercido o seu direito de preferência quando o mesmo foi colocado à venda. E queremos que nos esclareçam se o que tem sido feito e dito em nome da CML é da responsaibilidade apenas das Vereações da Cultura e da Reabilitação Urbana, ou se é partihado pelo Dr.Santana Lopes, enquanto Presidente, e pelo Prof. Carmona Rodrigues, enquanto potencial futuro Presidente. Aliás, esperamos que todos os candidatos digam o que acham deste caso, e como pretendem solucioná-lo.
2. Consideramos desresponsabilizador o comportamento do IPPAR, já que existe muito património classificado de interesse público que terá, porventura, menor valor patrimonial e menor carga simbólica do que a casa onde Garrett viveu e morreu. Compreendemos que o IPPAR tenha limitações de orçamento e de meios coercivos para fazer cumprir a lei, mas não podemos aceitar que se instale o espírito «laissez-faire, laissez-passer».
3. Não compreendemos o despacho da Senhora Ministra da Cultura ao sugerir aos cidadãos que adoptem medidas. Que se saiba, o que é suposto acontecer é serem aqueles que os cidadãos elegem a governá-los, isto é, a encontrarem soluções para os problemas, e não o contrário. Muito menos serem os cidadãos a estabelecer contacto com o proprietário. Não estamos em regime anárquico, nem de auto-gestão, e Portugal não é a República de Weimar.
4. Por acharmos que Garrett merece que Lisboa lhe dê muito mais do que uma simples placa de rua, ou o nome de uma sala de teatro, recorremos ao Senhor Presidente da República, enquanto magistrado de influência, enquanto homem da Cultura e enquanto ex-autarca lisboeta, para que se faça ouvir; na certeza de que uma palavra sua neste caso, fará toda a diferença.
6. Uma vez que também muitos estrangeiros se têm manifestado a favor da preservação da casa de Garrett, apelámos aos institutos Britânico, Italiano de Cultura, Goethe, Cervantes e Franco-Português, bem como às fundações Calouste Gulbenkian, Oriente, Luso-Brasileira e Luso-Americana para que se solidarizem connosco, seja como mecenas seja como divulgadores desta causa.
5. Finalmente, sugerimos aos 2.300 cidadãos que assinaram a petição (e a todos aqueles que se têm feito ouvir em prol desta causa) a criação da "Associação de Amigos da Casa Almeida Garrett", para o que queremos contribuir com quotas, ideias e trabalho. Achamos que o Centro Nacional de Cultura poderá ser o organizador no terreno dessa mesma associação, pelo que já lhe sugerimos esta ideia.
Obrigado aos Media!, pelo constante apoio e divulgação desta causa junto da opinião pública. Bem-hajam!
Bernardo Ferrreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
1. Consideramos injustificável o comportamento da CML, uma vez que esta devia ter classificado o edifício há décadas e devia ter exercido o seu direito de preferência quando o mesmo foi colocado à venda. E queremos que nos esclareçam se o que tem sido feito e dito em nome da CML é da responsaibilidade apenas das Vereações da Cultura e da Reabilitação Urbana, ou se é partihado pelo Dr.Santana Lopes, enquanto Presidente, e pelo Prof. Carmona Rodrigues, enquanto potencial futuro Presidente. Aliás, esperamos que todos os candidatos digam o que acham deste caso, e como pretendem solucioná-lo.
2. Consideramos desresponsabilizador o comportamento do IPPAR, já que existe muito património classificado de interesse público que terá, porventura, menor valor patrimonial e menor carga simbólica do que a casa onde Garrett viveu e morreu. Compreendemos que o IPPAR tenha limitações de orçamento e de meios coercivos para fazer cumprir a lei, mas não podemos aceitar que se instale o espírito «laissez-faire, laissez-passer».
3. Não compreendemos o despacho da Senhora Ministra da Cultura ao sugerir aos cidadãos que adoptem medidas. Que se saiba, o que é suposto acontecer é serem aqueles que os cidadãos elegem a governá-los, isto é, a encontrarem soluções para os problemas, e não o contrário. Muito menos serem os cidadãos a estabelecer contacto com o proprietário. Não estamos em regime anárquico, nem de auto-gestão, e Portugal não é a República de Weimar.
4. Por acharmos que Garrett merece que Lisboa lhe dê muito mais do que uma simples placa de rua, ou o nome de uma sala de teatro, recorremos ao Senhor Presidente da República, enquanto magistrado de influência, enquanto homem da Cultura e enquanto ex-autarca lisboeta, para que se faça ouvir; na certeza de que uma palavra sua neste caso, fará toda a diferença.
6. Uma vez que também muitos estrangeiros se têm manifestado a favor da preservação da casa de Garrett, apelámos aos institutos Britânico, Italiano de Cultura, Goethe, Cervantes e Franco-Português, bem como às fundações Calouste Gulbenkian, Oriente, Luso-Brasileira e Luso-Americana para que se solidarizem connosco, seja como mecenas seja como divulgadores desta causa.
5. Finalmente, sugerimos aos 2.300 cidadãos que assinaram a petição (e a todos aqueles que se têm feito ouvir em prol desta causa) a criação da "Associação de Amigos da Casa Almeida Garrett", para o que queremos contribuir com quotas, ideias e trabalho. Achamos que o Centro Nacional de Cultura poderá ser o organizador no terreno dessa mesma associação, pelo que já lhe sugerimos esta ideia.
Obrigado aos Media!, pelo constante apoio e divulgação desta causa junto da opinião pública. Bem-hajam!
Bernardo Ferrreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Construção Civil 3- Lisboa 0
Este foi o resultado do fim-de-semana, futebolisticamente falando.
Golos:
Ippar na própria baliza, no que diz respeito à casa de Garrett, ao passar a bola para a CML.
Tribunal Administrativo, ao recusar a providência cautelar, no caso do Convento dos Inglesinhos.
Ministério do Ambiente, no caso do túnel da Pç.Marquês de Pombal, ao emitir um estudo de impacte ambiental concordando com a inclinação do mesmo, etc., etc..
PF
Golos:
Ippar na própria baliza, no que diz respeito à casa de Garrett, ao passar a bola para a CML.
Tribunal Administrativo, ao recusar a providência cautelar, no caso do Convento dos Inglesinhos.
Ministério do Ambiente, no caso do túnel da Pç.Marquês de Pombal, ao emitir um estudo de impacte ambiental concordando com a inclinação do mesmo, etc., etc..
PF
28/04/2005
Casa de Garrett: nota à imprensa e a quem de direito
Como autores da petição pela casa de Almeida Garrett, que juntou mais de 2.300 assinaturas e que foi entregue à CML, ao IPPAR e ao Instituto Camões, cumpre-nos comentar os últimos acontecimentos vindos a público e relativos a este assunto. Assim:
1. É triste constatar que 150 anos após a morte de Garrett e 150 anos depois das primeiras diligências de cidadãos a favor da preservação da casa onde ele viveu e morreu, e da sua transformação em casa-museu (ver DN de 20.04.05), as entidades que elegemos para nos governar e aquelas de quem depende a vida cultural do país continuem exactamente na mesma, passando o assunto de uns para os outros, refugiando-se em argumentos desresponsabilizadores e miserabilistas, rejeitando a tão proclamada aposta na recuperação de património
2. É lamentável que se continue a dizer que a casa de Almeida Garrett esteja em ruínas, o que é profundamente mentira, pois basta ir até lá para se verificar que os tectos do 1º andar existem e mantêm os estuques, a escadaria também, o que faz supôr que até mesmo o telhado esteja em estado razoável.
3. É revoltante que seja considerada letra morta pelo IPPAR e pela CML, a prorrogativa legal que obriga todo e qualquer proprietário a comunicar àqueles a intenção de vender um qualquer imóvel, concedendo-lhes o direito de preferência.
4. É lamentável que o proprietário afirme que desconhecia a polémica sobre a casa quando a comprou, uma vez que o que veio a público foi que a comprou muito depois da nossa petição ter sido lançada; lançada, aliás, no seguimento do desconforto que a notícia da sua demolição vinha causando, desde há meses.
5. Face ao jogo do "não me comprometa" e do impasse a nível político e institucional a que este assunto chegou, vimos propôr o seguinte:
a) Ao proprietário, que reafirme a sua honradez e aguarde 6 meses pelo resultado das próximas eleições e por um entendimento com o novo Presidente da CML.
b) Ao novo Presidente da CML, Prof. Manuel Maria Carrilho ou Prof.Carmona Rodrigues, que, após a sua eleição, apresente ao proprietário uma proposta de permuta para construção noutra zona da cidade, de preferência nas vizinhanças da Rua Saraiva de Carvalho, por forma a que aquele leve por diante o seu legítimo projecto de habitação.
O novo Presidente da CML deve recuperar o edifício seguindo as descrições dos próprios escritos do autor, e deve encetar negociações com os herdeiros do dramaturgo, bem como com os especialistas em Garrett, com vista a reunir-se o espólio necessário para a instalação de uma casa-museu-café-tertúlia.
Deve estabelecer um acordo com as edições Sá da Costa, apoiando, se necessário, reedições das obras de Garrett, com vista ao municiamento da casa-museu com obras em português, castelhano, inglês, francês e alemão.
Igualmente, deve desenvolver esforços para que o Instituto Camões assuma as suas responsabilidades enquanto pilar da cultura e línguas portuguesas, solicitando-lhe a melhor divulgação da casa-museu e ajuda indispensável ao próprio municiamento desta.
Propomos ainda ao próximo Presidente da CML que atribua a gestão da futura casa-museu ao Centro Nacional de Cultura, entidade de enorme prestígio e reconhecida competência para zelar pela nossa cultura e para gerir um espaço como o que se pretende para ali.
c) Aos media, a quem agradecemos toda a colaboração prestada, e a prestar, propomos que não se esqueçam de agendar a "casa de Garrett" como tema de debate para a próxima campanha autárquica entre os candidatos partidários a Lisboa.
6. Por último, e no caso de nem o Prof. Carrilho nem o Prof.Carmona Rodrigues quererem resolver este assunto, e/ou o proprietário se mostrar relutante em esperar 6 meses, teremos que pensar em alternativas enquanto cidadãos determinados, tal qual nos aconselha a Srª Ministra da Cultura, que poderão passar por:
a) Abertura de conta bancária, em nome do Centro Nacional de Cultura, que a gerirá a fim de se reunir uma verba capaz de produzir um entendimento com o proprietário.
b) Apêlo aos Institutos Britânico, Cervantes, Goethe, Franco-Português e Italiano de Cultura, e à Casa do Brasil de Lisboa, no sentido de eles próprios participarem na recolha de fundos e na divulgação deste caso, uma vez que os nossos organismos se recusam a actuar.
Quem sabe se haverá a possibilidade de estrangeiros comprarem a casa de Garrett, restaurando-a e devolverendo-a aos portugueses, tal qual o que Pacheco Pereira relata (no seu "Abrupto") ter acontecido com o atelier de Cézanne, em Aix-en-Provence?
********************************************************************************
1. É triste constatar que 150 anos após a morte de Garrett e 150 anos depois das primeiras diligências de cidadãos a favor da preservação da casa onde ele viveu e morreu, e da sua transformação em casa-museu (ver DN de 20.04.05), as entidades que elegemos para nos governar e aquelas de quem depende a vida cultural do país continuem exactamente na mesma, passando o assunto de uns para os outros, refugiando-se em argumentos desresponsabilizadores e miserabilistas, rejeitando a tão proclamada aposta na recuperação de património
2. É lamentável que se continue a dizer que a casa de Almeida Garrett esteja em ruínas, o que é profundamente mentira, pois basta ir até lá para se verificar que os tectos do 1º andar existem e mantêm os estuques, a escadaria também, o que faz supôr que até mesmo o telhado esteja em estado razoável.
3. É revoltante que seja considerada letra morta pelo IPPAR e pela CML, a prorrogativa legal que obriga todo e qualquer proprietário a comunicar àqueles a intenção de vender um qualquer imóvel, concedendo-lhes o direito de preferência.
4. É lamentável que o proprietário afirme que desconhecia a polémica sobre a casa quando a comprou, uma vez que o que veio a público foi que a comprou muito depois da nossa petição ter sido lançada; lançada, aliás, no seguimento do desconforto que a notícia da sua demolição vinha causando, desde há meses.
5. Face ao jogo do "não me comprometa" e do impasse a nível político e institucional a que este assunto chegou, vimos propôr o seguinte:
a) Ao proprietário, que reafirme a sua honradez e aguarde 6 meses pelo resultado das próximas eleições e por um entendimento com o novo Presidente da CML.
b) Ao novo Presidente da CML, Prof. Manuel Maria Carrilho ou Prof.Carmona Rodrigues, que, após a sua eleição, apresente ao proprietário uma proposta de permuta para construção noutra zona da cidade, de preferência nas vizinhanças da Rua Saraiva de Carvalho, por forma a que aquele leve por diante o seu legítimo projecto de habitação.
O novo Presidente da CML deve recuperar o edifício seguindo as descrições dos próprios escritos do autor, e deve encetar negociações com os herdeiros do dramaturgo, bem como com os especialistas em Garrett, com vista a reunir-se o espólio necessário para a instalação de uma casa-museu-café-tertúlia.
Deve estabelecer um acordo com as edições Sá da Costa, apoiando, se necessário, reedições das obras de Garrett, com vista ao municiamento da casa-museu com obras em português, castelhano, inglês, francês e alemão.
Igualmente, deve desenvolver esforços para que o Instituto Camões assuma as suas responsabilidades enquanto pilar da cultura e línguas portuguesas, solicitando-lhe a melhor divulgação da casa-museu e ajuda indispensável ao próprio municiamento desta.
Propomos ainda ao próximo Presidente da CML que atribua a gestão da futura casa-museu ao Centro Nacional de Cultura, entidade de enorme prestígio e reconhecida competência para zelar pela nossa cultura e para gerir um espaço como o que se pretende para ali.
c) Aos media, a quem agradecemos toda a colaboração prestada, e a prestar, propomos que não se esqueçam de agendar a "casa de Garrett" como tema de debate para a próxima campanha autárquica entre os candidatos partidários a Lisboa.
6. Por último, e no caso de nem o Prof. Carrilho nem o Prof.Carmona Rodrigues quererem resolver este assunto, e/ou o proprietário se mostrar relutante em esperar 6 meses, teremos que pensar em alternativas enquanto cidadãos determinados, tal qual nos aconselha a Srª Ministra da Cultura, que poderão passar por:
a) Abertura de conta bancária, em nome do Centro Nacional de Cultura, que a gerirá a fim de se reunir uma verba capaz de produzir um entendimento com o proprietário.
b) Apêlo aos Institutos Britânico, Cervantes, Goethe, Franco-Português e Italiano de Cultura, e à Casa do Brasil de Lisboa, no sentido de eles próprios participarem na recolha de fundos e na divulgação deste caso, uma vez que os nossos organismos se recusam a actuar.
Quem sabe se haverá a possibilidade de estrangeiros comprarem a casa de Garrett, restaurando-a e devolverendo-a aos portugueses, tal qual o que Pacheco Pereira relata (no seu "Abrupto") ter acontecido com o atelier de Cézanne, em Aix-en-Provence?
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27/04/2005
Casa Garrett, ou "não me comprometas"?
Li hoje no jornal do Metro parte da nota do IPPAR em que se "recomenda à CML a classificação da casa de Garrett como imóvel de interesse municipal", que "a casa não deve ir abaixo", que "é representativa do espírito oitocentista" e que "é um espaço de memória", enfim, ipsis verbis aquilo que nós dizemos e escrevemos desde que iniciámos esta luta, em Outubro do ano passado.
Ao que se diz nos jornais, o IPPAR terá dito que informaria em primeiro lugar as partes envolvidas da decisão tomada, pelo que, como autores da petição aguardamos serenamente ... só que como ainda não recebemos nada de oficial, nem os jornais mais importantes fizeram qualquer nota oficial, ficamos com a ideia de que talvez pensem informar o próprio Garrett, imitando assim o actual presidente da CML que agradeceu o ano passado a Machado de Assis. Como dizia Pinheiro de Azevedo, "o povo é sereno". Aguardemos, portanto.
De qualquer modo, é evidente que, a confirmar-se o artigo do jornal do Metro, o IPPAR é fã incondicional de Jô Soares e daquela personagem que pedia a todos que não o comprometessem, pois não se compromete em nada. Parece andar a reboque das notícias, e, por outro lado, dá a impressão de estar a passar a batata quente (de novo) para a CML, que já lha houvera passado há cerca de 1 mês.
Ao fim de 150 anos de intentos em classificar a casa de Garrett. Ao fim de 12 anos de estar devoluta. Depois de se autorizarem demolições, o IPPAR cingir-se a "recomendar", é, custa-me muito dizê-lo, uma autêntica palhaçada.
E custa-me muito concluir isso porque tenho muito respeito pelo IPPAR, que acho ser uma instituição com técnicos e responsáveis de imenso gabarito e amor pelo património de Portugal. Que não tem nem os mecanismos legais nem os meios financeiros para fazer cumprir a lei, nem para recuperar o património que urge recuperar. Da CML espera-se tudo, mas eu nunca esperaria que o IPPAR se ficasse por uma "recomendação".
Credo, tratarem Garrett como se fora um empecilho... não entendo a lógica de quem nos governa (a todos os níveis...).
Ainda anteontem vi um documentário sobre a Letónia onde tudo estava estimado, os seus monumentos, as suas personagens históricas, todos a dizerem que tinham orgulho nisto e naquilo, esplanadas por todo o lado, percursos disto e daqueloutro; e aqui é isto?! E ainda dizem que o turismo é uma prioridade?
Deixou-se destruir o Algarve. A costa ocidental vai pelo mesmo caminho. Os bosques e as serra estão queimados. O património cai, salvo se for salvo por "hotéis de charme". Por favor, parem para pensar!
PF
Ao que se diz nos jornais, o IPPAR terá dito que informaria em primeiro lugar as partes envolvidas da decisão tomada, pelo que, como autores da petição aguardamos serenamente ... só que como ainda não recebemos nada de oficial, nem os jornais mais importantes fizeram qualquer nota oficial, ficamos com a ideia de que talvez pensem informar o próprio Garrett, imitando assim o actual presidente da CML que agradeceu o ano passado a Machado de Assis. Como dizia Pinheiro de Azevedo, "o povo é sereno". Aguardemos, portanto.
De qualquer modo, é evidente que, a confirmar-se o artigo do jornal do Metro, o IPPAR é fã incondicional de Jô Soares e daquela personagem que pedia a todos que não o comprometessem, pois não se compromete em nada. Parece andar a reboque das notícias, e, por outro lado, dá a impressão de estar a passar a batata quente (de novo) para a CML, que já lha houvera passado há cerca de 1 mês.
Ao fim de 150 anos de intentos em classificar a casa de Garrett. Ao fim de 12 anos de estar devoluta. Depois de se autorizarem demolições, o IPPAR cingir-se a "recomendar", é, custa-me muito dizê-lo, uma autêntica palhaçada.
E custa-me muito concluir isso porque tenho muito respeito pelo IPPAR, que acho ser uma instituição com técnicos e responsáveis de imenso gabarito e amor pelo património de Portugal. Que não tem nem os mecanismos legais nem os meios financeiros para fazer cumprir a lei, nem para recuperar o património que urge recuperar. Da CML espera-se tudo, mas eu nunca esperaria que o IPPAR se ficasse por uma "recomendação".
Credo, tratarem Garrett como se fora um empecilho... não entendo a lógica de quem nos governa (a todos os níveis...).
Ainda anteontem vi um documentário sobre a Letónia onde tudo estava estimado, os seus monumentos, as suas personagens históricas, todos a dizerem que tinham orgulho nisto e naquilo, esplanadas por todo o lado, percursos disto e daqueloutro; e aqui é isto?! E ainda dizem que o turismo é uma prioridade?
Deixou-se destruir o Algarve. A costa ocidental vai pelo mesmo caminho. Os bosques e as serra estão queimados. O património cai, salvo se for salvo por "hotéis de charme". Por favor, parem para pensar!
PF
26/04/2005
O meu pé esquerdo …
Começa mal a candidatura de Manuel Maria Carrilho à presidência da CML.
Os cartazes espalhados pela cidade podem ser entendidos pelo menos de duas formas distintas:
- O jornalista Luis Osório tem razão quando diz que MMC é "doentiamente vaidoso" (*) e isso explica que tenha necessidade de ver a sua imagem espalhada por toda a cidade (qual Figo ou Ronaldo anunciando refrigerantes ou instituições bancárias);
- MMC não foi tido nem achado nesta operação que é levada a cabo pelas forças de bloqueio do PS à candidatura de MMC com o objectivo de desacreditar a sua candidatura dando sinal que, caso mude o partido de governo de Lisboa, não mudará nem o estilo nem a política.
Seja a primeira, a segunda, ou outra razão, o que fica bem notório é que, contra si mesmo ou contra o seu partido, MMC tem ainda um longo percurso das pedras até ser eleito presidente da CML. Para além de iniciar a candidatura com o pé esquerdo, o PS resolve dar um tiro no próprio pé, afixando cartazes do partido no mesmo momento em que ainda se discutia a possibilidade de coligação com o PCP…
PP
P.S. É um bom exercício parar num semáforo e ver a reacção de desalento das pessoas quando olham para os "outdoors" em questão. Há quem esperasse mais e melhor da sua candidatura, MMC!
(*) Editorial do jornal "A Capital", de 17 de Março de 2005.
Os cartazes espalhados pela cidade podem ser entendidos pelo menos de duas formas distintas:
- O jornalista Luis Osório tem razão quando diz que MMC é "doentiamente vaidoso" (*) e isso explica que tenha necessidade de ver a sua imagem espalhada por toda a cidade (qual Figo ou Ronaldo anunciando refrigerantes ou instituições bancárias);
- MMC não foi tido nem achado nesta operação que é levada a cabo pelas forças de bloqueio do PS à candidatura de MMC com o objectivo de desacreditar a sua candidatura dando sinal que, caso mude o partido de governo de Lisboa, não mudará nem o estilo nem a política.
Seja a primeira, a segunda, ou outra razão, o que fica bem notório é que, contra si mesmo ou contra o seu partido, MMC tem ainda um longo percurso das pedras até ser eleito presidente da CML. Para além de iniciar a candidatura com o pé esquerdo, o PS resolve dar um tiro no próprio pé, afixando cartazes do partido no mesmo momento em que ainda se discutia a possibilidade de coligação com o PCP…
PP
P.S. É um bom exercício parar num semáforo e ver a reacção de desalento das pessoas quando olham para os "outdoors" em questão. Há quem esperasse mais e melhor da sua candidatura, MMC!
(*) Editorial do jornal "A Capital", de 17 de Março de 2005.
Lisboa e o Street Racing de Palitó…
Na noite de Sexta-feira passada, a Avenida da Liberdade foi fechada ao trânsito para algumas dezenas de automóveis antigos desfilarem a velocidades estonteantes e em grandes acrobacias sem que houvesse a preocupação de segurança dos participantes ou dos espectadores.
Tenho a noção (é uma evidência estatística) que, mais ano menos ano, esta brincadeira de street racing de gente fina irá acabar de forma trágica.
Segundo a força de segurança pública presente no local, que confirmou a escandalosa falta de segurança de todos os intervenientes, é o Governo-Civil de Lisboa a entidade que autoriza tal demonstração de estupidez e habilidade.
Há duas soluções para isto:
- ou se trata de um desfile de automóveis antigos e de uma prova em que os organizadores e os participantes são pessoas civilizadas, e faz todo o sentido que utilizem a Avenida da Liberdade para mostrar os bólides;
- ou os proprietários das máquinas querem descarregar a testerona no asfalto e então devem fazê-lo em percursos onde esteja garantida a segurança dos participantes e dos espectadores (e.g. Autódromo do Estoril).
Não deve ser o Governo-Civil a autorizar e a CML a patrocinar uma situação que atenta contra a segurança e dignidade dos munícipes de Lisboa.
PP
Tenho a noção (é uma evidência estatística) que, mais ano menos ano, esta brincadeira de street racing de gente fina irá acabar de forma trágica.
Segundo a força de segurança pública presente no local, que confirmou a escandalosa falta de segurança de todos os intervenientes, é o Governo-Civil de Lisboa a entidade que autoriza tal demonstração de estupidez e habilidade.
Há duas soluções para isto:
- ou se trata de um desfile de automóveis antigos e de uma prova em que os organizadores e os participantes são pessoas civilizadas, e faz todo o sentido que utilizem a Avenida da Liberdade para mostrar os bólides;
- ou os proprietários das máquinas querem descarregar a testerona no asfalto e então devem fazê-lo em percursos onde esteja garantida a segurança dos participantes e dos espectadores (e.g. Autódromo do Estoril).
Não deve ser o Governo-Civil a autorizar e a CML a patrocinar uma situação que atenta contra a segurança e dignidade dos munícipes de Lisboa.
PP
22/04/2005
Mais "Palácios Alagoas", NÃO!
O Palácio Alagoas, sito na Rua da Escola Politécnica, nº 161-195, defronte ao Palácio Palmela (sede da Procuradoria Geral da República), data(va) da segunda metade do séc.XVIII, e esteve a cair aos bocados durante quase 15 anos. Já ao tempo de "Lisboa' 94", e do polémico projecto "Sétima Colina", a Vereação da altura não conseguiu obrigar o proprietário a fazer as obras exigíveis por lei. A única coisa que conseguiu foi pintar de rosa-escuro a fachadas da pequena capela, enquanto o telhado, as traseiras e os interiores do prédio se arruinavam paulatinamente. O único piso utilizado na altura era o rés-do-chão, que albergava uma conhecida leiloeira. Tudo o mais era abandono. Já com esta Vereação, e dando seguimento à máxima "1 carro-1 voto", converteu-se parte do jardim e logradouro em parque de estacionamento. Escorou-se a fachada, mas nunca se chegou a saber se as obras que por lá andavam fizeram acelerar o inevitável, lento e continuado ... desmoronamento de tudo o resto até à demolição repentina, dado o perigo de derrocada para a via pública.
Hoje, decorrem obras para a construção de um empreendimento da Sociedade Imobiliária Palácio Alagoas, do atelier do Arq. Luciano Cordeiro, sugestivamente apelidado de "Palácio Alagoas" (projecto nº 1602/OB/02), e destinado a habitação, escritórios e lojas. A fotografia simulada no telão do andaime é altamente sugestiva, com fonte e bastantes árvores no antigo pátio, e apresentando os prédios todos recuperados, seguindo a traça original. Oxalá a realidade não seja bem diferente...
É ISTO QUE NÃO PODEMOS PERMITIR QUE ACONTEÇA AOS PALACETES DO PRÍNCIPE REAL!!
Para efeitos de memória, aqui fica a descrição da DGEMN acerca do ex-Palácio Alagoas (*):
"De planta em L, composto pela justaposição de corpos rectangulares de modo irregular, parcialmente em redor de pátio de planta rectangular, de marcada implantação horizontal, apresenta volumetria paralelepipédica, sendo a cobertura efectuada por telhados a 3 águas, perfurados por janelas trapeiras. De 5 pisos (um deles correspondente a cave - apenas existente no corpo extremo SE. - e outro, ao nível da cobertura), o imóvel tem piso térreo separado por friso de cantaria e embasamento no mesmo material e, restante superfície murária em reboco pintado, animada pela abertura de vãos de verga recta com emolduramento simples de cantaria, a ritmo regular. Alçado principal a NE. com frente extensa e inflectida, composto por 4 corpos separados por pilastras de cantaria, 3 deles com organização similar: apresentam piso térreo rasgado, por portais (...) e janelas de peito, sendo os conjuntos encimados, ao nível do andar nobre, por janelas de sacada com bandeira rectangular individualmente servidas por varandins de base coincidente com friso de cantaria e guarda em ferro forjado. 2º piso assinalado pela abertura de janelas de peito quadradas, inferiormente animadas por gotas. O corpo extremo NO., correspondente ao alçado principal de capela particular, contígua ao edifício, apresenta-se axialmente rasgado, por eixo definido pela sucessão de portal de verga recta destacada superiormente articulada com avental em cantaria de janelão iluminante, de verga curva destacada, que o encima, por sua vez articulado com óculo. O edifício é superiormente rematado por cornija sobrepujada por beiral. INTERIOR: compartimentado em função dos corpos identificados (*1), destacam-se como principais acessos, os dos 2 corpos a SE., um deles articulado com túnel de passagem, directamente conducente a pátio, contíguo a parte do alçado posterior. No corpo extremo SE., o único com cave (com cobertura em abobadilha de tijolo), escadaria de lanços rectos opostos em cantaria com patamares intermédios - com muros de topo vazados por janelas precedidas de conversadeiras. Pisos dominados por corredores longitudinais (*2) pelos quais se acede à compartimentação interna, disposta ao longos dos alçados principal e posterior, com emolduramentos dos vãos em madeira e, de um modo geral, directamente comunicante entre si. No n.º 183, um arco dá acesso aos jardins e quinta anexa, onde existiu até cerca de 1850, a afamada «Floresta Egípcia»"
(*) A propósito de DGEMN, é engraçado ver o quão surreal é o seu "site", ao depararmo-nos com vários casos de edifícios virtuais, que já foram demolidos, como é o caso do Cinema Alvalade, R.I.P.
PF
Hoje, decorrem obras para a construção de um empreendimento da Sociedade Imobiliária Palácio Alagoas, do atelier do Arq. Luciano Cordeiro, sugestivamente apelidado de "Palácio Alagoas" (projecto nº 1602/OB/02), e destinado a habitação, escritórios e lojas. A fotografia simulada no telão do andaime é altamente sugestiva, com fonte e bastantes árvores no antigo pátio, e apresentando os prédios todos recuperados, seguindo a traça original. Oxalá a realidade não seja bem diferente...
É ISTO QUE NÃO PODEMOS PERMITIR QUE ACONTEÇA AOS PALACETES DO PRÍNCIPE REAL!!
Para efeitos de memória, aqui fica a descrição da DGEMN acerca do ex-Palácio Alagoas (*):
"De planta em L, composto pela justaposição de corpos rectangulares de modo irregular, parcialmente em redor de pátio de planta rectangular, de marcada implantação horizontal, apresenta volumetria paralelepipédica, sendo a cobertura efectuada por telhados a 3 águas, perfurados por janelas trapeiras. De 5 pisos (um deles correspondente a cave - apenas existente no corpo extremo SE. - e outro, ao nível da cobertura), o imóvel tem piso térreo separado por friso de cantaria e embasamento no mesmo material e, restante superfície murária em reboco pintado, animada pela abertura de vãos de verga recta com emolduramento simples de cantaria, a ritmo regular. Alçado principal a NE. com frente extensa e inflectida, composto por 4 corpos separados por pilastras de cantaria, 3 deles com organização similar: apresentam piso térreo rasgado, por portais (...) e janelas de peito, sendo os conjuntos encimados, ao nível do andar nobre, por janelas de sacada com bandeira rectangular individualmente servidas por varandins de base coincidente com friso de cantaria e guarda em ferro forjado. 2º piso assinalado pela abertura de janelas de peito quadradas, inferiormente animadas por gotas. O corpo extremo NO., correspondente ao alçado principal de capela particular, contígua ao edifício, apresenta-se axialmente rasgado, por eixo definido pela sucessão de portal de verga recta destacada superiormente articulada com avental em cantaria de janelão iluminante, de verga curva destacada, que o encima, por sua vez articulado com óculo. O edifício é superiormente rematado por cornija sobrepujada por beiral. INTERIOR: compartimentado em função dos corpos identificados (*1), destacam-se como principais acessos, os dos 2 corpos a SE., um deles articulado com túnel de passagem, directamente conducente a pátio, contíguo a parte do alçado posterior. No corpo extremo SE., o único com cave (com cobertura em abobadilha de tijolo), escadaria de lanços rectos opostos em cantaria com patamares intermédios - com muros de topo vazados por janelas precedidas de conversadeiras. Pisos dominados por corredores longitudinais (*2) pelos quais se acede à compartimentação interna, disposta ao longos dos alçados principal e posterior, com emolduramentos dos vãos em madeira e, de um modo geral, directamente comunicante entre si. No n.º 183, um arco dá acesso aos jardins e quinta anexa, onde existiu até cerca de 1850, a afamada «Floresta Egípcia»"
(*) A propósito de DGEMN, é engraçado ver o quão surreal é o seu "site", ao depararmo-nos com vários casos de edifícios virtuais, que já foram demolidos, como é o caso do Cinema Alvalade, R.I.P.
PF
20/04/2005
Casa Garrett: Se eu fosse o próximo Presidente da CML
Apresentaria de imediato uma proposta de permuta ao proprietário da casa onde Garrett morreu, de preferência envolvendo um prédio municipal nas vizinhanças da Rua Saraiva de Carvalho, para a execução do seu projecto de habitação.
Comprometer-me-ia a recuperar o edifício, seguindo as descrições nos próprios escritos do autor, e negociaria com os herdeiros do dramaturgo, bem como com os especialistas em Garrett espalhados por esse país, com vista a reunir o espólio necessário para a instalação de uma casa-museu-café-tertúlia naquele espaço ... indo ao ponto de apresentar uma ementa de serviço de cafetaria, a partir de estudos sobre as iguarias referenciadas pelo autor (ver edições Colares).
Estabeleceria um acordo com as edições Sá da Costa (editora de algumas das melhores edições de Garrett), apoiando, se necessário, reedições, com vista ao municiamento da casa-museu com obras de Garrett em português, castelhano, inglês, francês e alemão. Envolveria o Instituto Camões na divulgação da casa-museu, e também no municiamento da própria casa-museu.
Atribuiria a gestão do espaço ao Centro Nacional de Cultura.
Paulo Ferrero
Comprometer-me-ia a recuperar o edifício, seguindo as descrições nos próprios escritos do autor, e negociaria com os herdeiros do dramaturgo, bem como com os especialistas em Garrett espalhados por esse país, com vista a reunir o espólio necessário para a instalação de uma casa-museu-café-tertúlia naquele espaço ... indo ao ponto de apresentar uma ementa de serviço de cafetaria, a partir de estudos sobre as iguarias referenciadas pelo autor (ver edições Colares).
Estabeleceria um acordo com as edições Sá da Costa (editora de algumas das melhores edições de Garrett), apoiando, se necessário, reedições, com vista ao municiamento da casa-museu com obras de Garrett em português, castelhano, inglês, francês e alemão. Envolveria o Instituto Camões na divulgação da casa-museu, e também no municiamento da própria casa-museu.
Atribuiria a gestão do espaço ao Centro Nacional de Cultura.
Paulo Ferrero
Casa Garrett: propostas de classificação desde há décadas
Um belíssimo artigo, o da jornalista Maria João Pinto, na edição do "Diário de Notícias" de hoje, aqui. Trata das variadíssimas tentativas, propostas e adiamentos em classificar e abrir uma casa-museu de Garrett, desde que ele morreu. O que prova que não somos só nós a pensar o mesmo. Ainda bem.
Infelizmente para Lisboa, o assunto tem andado de vereação em vereação ... até hoje, que poderá ser amanhã, dia 21 de Abril, se o Conselho Consultivo do IPPAR disser sim à classificação e preservação da casa do autor de "Viagens da Minha Terra".
PF
Infelizmente para Lisboa, o assunto tem andado de vereação em vereação ... até hoje, que poderá ser amanhã, dia 21 de Abril, se o Conselho Consultivo do IPPAR disser sim à classificação e preservação da casa do autor de "Viagens da Minha Terra".
PF
19/04/2005
A Calçada Portuguesa deve ser acarinhada!
A CALÇADA PORTUGUESA - única no mundo – TEM QUE SER CONDIGNAMENTE TRATADA E PRESERVADA COMO VERDADEIRO PATRIMÓNIO NACIONAL
Alguma acção séria tem que ser tomada para que a calçada portuguesa não seja diariamente destruída por viaturas ligeiras, jipes e até veículos pesados.
(Existirá um estudo sobre espécies de árvores cujas raízes danifiquem menos a calçada?
E ainda sobre um possível tratamento anti-derrapante, a aplicar em zonas de grande desgaste e forte inclinação ?
Não seria vantajoso formar mais calceteiros, dando empregos sociais até a beneficiários do rendimento mínimo que assim contribuiriam não só para a sociedade mas também (como acontece em Espanha) para poderem descontar para as suas reformas evitando assim sobrecarregar as próximas gerações ?
Não seria desejável que as tarefas de preservação da calçada fossem entregues às Juntas de Freguesia, que assim acompanhariam as situações com maior proximidade ?
Alguém fiscaliza (a sério) as obras feitas pelas EDP, PT, etc. e, sobretudo, que não seja “deixada” a assinaturazinha no fim da obra – 6 ou 7 pedrinhas atiradas para um canto já de si imundo?
Pergunta: Se quem decide nesta matéria fosse cego, tomaria as mesmas decisões ? (igualmente aplicável a sinalização vertical e outros obstáculos existentes nos passeios).
Odete Pinto
Alguma acção séria tem que ser tomada para que a calçada portuguesa não seja diariamente destruída por viaturas ligeiras, jipes e até veículos pesados.
(Existirá um estudo sobre espécies de árvores cujas raízes danifiquem menos a calçada?
E ainda sobre um possível tratamento anti-derrapante, a aplicar em zonas de grande desgaste e forte inclinação ?
Não seria vantajoso formar mais calceteiros, dando empregos sociais até a beneficiários do rendimento mínimo que assim contribuiriam não só para a sociedade mas também (como acontece em Espanha) para poderem descontar para as suas reformas evitando assim sobrecarregar as próximas gerações ?
Não seria desejável que as tarefas de preservação da calçada fossem entregues às Juntas de Freguesia, que assim acompanhariam as situações com maior proximidade ?
Alguém fiscaliza (a sério) as obras feitas pelas EDP, PT, etc. e, sobretudo, que não seja “deixada” a assinaturazinha no fim da obra – 6 ou 7 pedrinhas atiradas para um canto já de si imundo?
Pergunta: Se quem decide nesta matéria fosse cego, tomaria as mesmas decisões ? (igualmente aplicável a sinalização vertical e outros obstáculos existentes nos passeios).
Odete Pinto
Agora Dacá(r) um e a seguir dá outro …
Já neste blogue foi mencionada a grande apetência para a Festarola, Festa Rija ou Festa Brava deste e doutros executivos que passam pela CML.
Depois do Euro2004 ter custado 350 milhões de euros de prejuízo aos contribuintes portugueses e tendo sido a CML uma das Câmaras que mais gastou, com a construção de dois novos estádios para os dois maiores clubes e na distribuição de um conjunto de benesses para os outros mais pequenos, está no momento de mais uma grande “realização”.
O Paris-Dakar, que será, em 2006, Lisboa-Dacár.
Este fim de semana, ficámos a saber pelo responsável da organização que esta prova custará 5 milhões de euros e que terá apoios públicos para se realizar.
A Igreja de Stº António em Campolide está a ruir, a União Zoófila a falir, o património como a casa de Garrett a cair, mas mais uma vez, nesta CML, parece haver dinheiro para tudo e mais um par de botas, menos para aquilo que interessa aos lisboetas.
Pedro Policarpo
Depois do Euro2004 ter custado 350 milhões de euros de prejuízo aos contribuintes portugueses e tendo sido a CML uma das Câmaras que mais gastou, com a construção de dois novos estádios para os dois maiores clubes e na distribuição de um conjunto de benesses para os outros mais pequenos, está no momento de mais uma grande “realização”.
O Paris-Dakar, que será, em 2006, Lisboa-Dacár.
Este fim de semana, ficámos a saber pelo responsável da organização que esta prova custará 5 milhões de euros e que terá apoios públicos para se realizar.
A Igreja de Stº António em Campolide está a ruir, a União Zoófila a falir, o património como a casa de Garrett a cair, mas mais uma vez, nesta CML, parece haver dinheiro para tudo e mais um par de botas, menos para aquilo que interessa aos lisboetas.
Pedro Policarpo
18/04/2005
Conhece o Teatro Tália?

Aposto que o Teatro Tália é desconhecido para 90% dos alfacinhas. No entanto, o Teatro Tália daria um excelente destino de fim-de-semana para 90% dos lisboetas, mormente dos que gostam de teatro, do revivalismo novecentista, mas também de ar puro e de longos passeios, já que ele faz parte do Palácio e Jardins do Conde de Farrobo, onde se insere, aliás o próprio Jardim Zoológico.
Sabia que foi ali que se estreou a peça de Garrett, "Frei Luís de Sousa"?
E que ali subiram a cena 18 óperas entre 1834 e 1853? Óperas dos mais afamados compositores, tais como os maestros Jordani, António de Coppola e Ângelo Frondoni, que vieram para Lisboa quando Farrobo era empresário do Teatro S. Carlos. Do último, que foi professor no Conservatório, chegou até nós o hino da «Maria da Fonte», que várias contrariedades lhe causou.
O hoje arruinado Teatro de Tália data de 1820 e a sua sala dispunha de cerca de 560 lugares, possuía luxuosos camarins e um opulento salão de baile, de paredes revestidas com valiosos espelhos de Veneza, onde se reflectiam as luzes de numerosos e ricos lustres, que produziam efeitos deslumbrantes.
A sua fachada apresenta um elegante e espaçoso peristilo sustentado por quatro colunas de mármore branco, de ordem toscana. Prolongam-se os plintos por quatro pedestais, que avançam do peristilo e sobre os quais descansam outras tantas esfinges neo-egípcias, figuras fabulosas com rostos e bustos de mulheres e corpos de leões, deitados e apoiados sobre as patas. À frente, e em plano inferior, um estreito canteiro corre a toda a largura do perístilo, para o qual, à direita, quatro degraus dão acesso, enquanto a esquerda se nivela com o pátio. Remata o frontão triangular de tímpano liso, a estátua de Érato, musa que preside à poesia lírica, esbelta e bem modelada, lira segura na mão esquerda e apoiada na coxa do mesmo lado. Sobre os acrotérios situam-se duas urnas delicadamente esculpidas. Sob o tímpano ostentou em tempos a frase latina: «Hic mores hominum castigantur» («Aqui serão castigados os costumes dos homens»); expressão alusiva ao teatro satírico, de que já não apresenta qualquer vestígio.
A 9 de Setembro de 1862, um incêndio casual, motivado por descuido de uns operários, consumiu totalmente este pequeno templo de arte. A sua reconstrução já não se fez, pois a fortuna do conde de Farrobo começava a dissipar-se.
Sabia que o Teatro Tália é classificado Imóvel de Interesse Público desde 1974?
A sua história recente resume-se em poucas palavras: o Teatro Tália foi objecto de cedência, há uma vintena de anos e a título precário, do referido conjunto arquitectónico à Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, entidade que já utilizava o edifício do Palácio para instalação dos seus serviços.
No respectivo auto de cessão foi determinado que a recuperação do Teatro Tália, que já então se encontrava em adiantado estado de degradação, seria da responsabilidade da entidade afectatária.
Hoje, o Palácio serve de sede ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Mas o Teatro Tália continua como até aqui, ao abandono.
Pois bem, neste novo séc.XXI, julgamos que é tempo de se recuperar o Teatro Tália.
É tempo do Estado dar o exemplo e cuidar do seu património.
E pode começar por cumprir aquilo que se comprometeu faze, aquando da concessão à Presidência do Conselho de Ministros, que foi: utilizado pelos serviços dependentes da como auditório polivalente, designadamente para actividades como teatro, exposições, conferências e formação profissional. Sempre que possível seria permitida a utilização daquele espaço por outras entidades.
Ao mesmo tempo, o Teatro Tália poderia potenciar sinergias com o Zoo, aos fins-de-semana, podendo albergar teatro infantil e teatro de marionetas (à semelhança do que existe em Salzburgo, por exemplo), mas também poderia acolher sessões didácticas, pedagógicas, destinadas a todos, de miúdos a graúdos. Isto se Lisboa fosse uma capital desenvolvida, cosmopolita, claro, tudo menos provinciana.
Nesse sentido, apelámos ao Governo, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Primeiro Ministro, e na do Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para que finalmente se avance com a reabilitação do Teatro Tália, fazendo cumprimir uma promessa de há 20 anos.
Entretanto, veja as fotos do Teatro Tália, em talia.html, fotos recolhidas nos "sites" da DGEMN e do MCTES.
PF
14/04/2005
Baixa Pombalina, Sociedade de Reabilitação Urbana#2
Ainda menos se compreende este tipo de burocracias quando se deve tirar o chapéu a esta Vereação por ter tirado do baú do esquecimento (voluntário? incompetente?) os 9,5 milhões de Cts. remanescentes do fundo de recuperação do Chiado, que dariam origem ao "Fundo Remanescente de Reconstrução do Chiado", que haveria de permitir, permite e permitirá a reabilitação de muitos edifícios e locais do Chiado. Reabilitações que se aplaudem, embora por vezes sejam mais de fachada do que outra coisa.
PF
PF
Baixa Pombalina, Sociedade de Reabilitação Urbana #1
Se há coisa que tem vindo a melhorar na gestão da CML tem sido o circuito burocrático, sobretudo o de interacção com o público. Mas ele há coisas incompreensíveis, como esta.
Não faz sentido em ano de eleições, passados quase 4 anos da tomada de posse, criar-se, desenvolver-se mais um gabinete de gabinetes, no caso uma "Sociedade de Reabilitação Urbana para a Baixa Pombalina" (cujos limites, ainda por cima, são, no mínimo, discutíveis). E ainda mais surpreendido se fica quando se toma conhecimento do seu "Programa de Acções para 2005", ou seja:
"A realização dos Documentos Estratégicos preencherá o ano de 2005 na sua quase totalidade, e será levada a cabo em estreita colaboração com as restantes estruturas municipais ou paramunicipais que têm desenvolvido actividade na zona da Baixa e do Chiado, nomeadamente a Unidade de Projecto da Baixa Chiado, e, sempre que possível, com o apoio do Fundo Remanescente para a Reconstrução do Chiado. Ainda no ano de 2005 serão concluídos os projectos técnicos e iniciadas as empreitadas relativas aos edifícios propriedade da SRU, integrados no seu património pela realização do Capital Social do accionista EPUL. Os Documentos Estratégicos:
* São a ferramenta essencial do trabalho da Baixa Pombalina SRU.
* Serão desenvolvidos ao longo do ano de 2005 e reunirão um diagnóstico exaustivo do edificado e do espaço público, na sua caracterização actual, bem como uma avaliação dos tecidos económico e social vigente.
* Propõem modelos e processos de intervenção de reabilitação dos espaços urbanos e de revitalização das actividades"
Trata-se de uma resma de blá-blá-blá, assente em estudos sobre estudos e mais estudos, em "powerpoint" e "excel" de pechisbeque, que darão uma resma ainda maior de papel, seminários e acções de divulgação, exposições e outras manifestações de júbilo sobre o blá-blá-blá coligido, concluído e ... a meter na gaveta.
Em pleno ano 2005 ainda andam a fazer levantamentos sobre o edificado da Baixa? E há dinheiro para isso?
PF
Não faz sentido em ano de eleições, passados quase 4 anos da tomada de posse, criar-se, desenvolver-se mais um gabinete de gabinetes, no caso uma "Sociedade de Reabilitação Urbana para a Baixa Pombalina" (cujos limites, ainda por cima, são, no mínimo, discutíveis). E ainda mais surpreendido se fica quando se toma conhecimento do seu "Programa de Acções para 2005", ou seja:
"A realização dos Documentos Estratégicos preencherá o ano de 2005 na sua quase totalidade, e será levada a cabo em estreita colaboração com as restantes estruturas municipais ou paramunicipais que têm desenvolvido actividade na zona da Baixa e do Chiado, nomeadamente a Unidade de Projecto da Baixa Chiado, e, sempre que possível, com o apoio do Fundo Remanescente para a Reconstrução do Chiado. Ainda no ano de 2005 serão concluídos os projectos técnicos e iniciadas as empreitadas relativas aos edifícios propriedade da SRU, integrados no seu património pela realização do Capital Social do accionista EPUL. Os Documentos Estratégicos:
* São a ferramenta essencial do trabalho da Baixa Pombalina SRU.
* Serão desenvolvidos ao longo do ano de 2005 e reunirão um diagnóstico exaustivo do edificado e do espaço público, na sua caracterização actual, bem como uma avaliação dos tecidos económico e social vigente.
* Propõem modelos e processos de intervenção de reabilitação dos espaços urbanos e de revitalização das actividades"
Trata-se de uma resma de blá-blá-blá, assente em estudos sobre estudos e mais estudos, em "powerpoint" e "excel" de pechisbeque, que darão uma resma ainda maior de papel, seminários e acções de divulgação, exposições e outras manifestações de júbilo sobre o blá-blá-blá coligido, concluído e ... a meter na gaveta.
Em pleno ano 2005 ainda andam a fazer levantamentos sobre o edificado da Baixa? E há dinheiro para isso?
PF
Casa Garrett, manter-se a fachada? LOL
A CML insiste que não vale a pena. Comentário: com autarcas assim é que realmente não vale a pena.
A CML declara que não há espólio de Garret. Constatação: é triste que nem tente recolhê-lo, nem tente contactar os herdeiros. Pergunta indiscreta: quando Santana Lopes desaparecer de vez, vai haver espólio para uma casa-museu dedicada ao ex-edil?
O proprietário diz que vai aguardar pelo parecer do IPPAR, mesmo que a lei o "proteja", caso avance com a demolição mesmo antes do parecer. É grave esta afirmação, mas é de ministro, culto ainda por cima.
E diz ainda que condescenderia, no caso do IPPAR classificar a fachada, manter a fachada, como contrapartida a negociar. Pelo que se agradece o interesse do proprietário em manter a fachada. Bem-haja!
Comentário:
Pessoalmente, sou completamente contra a preservação de qualquer fachada. Acho uma tremenda falta de coragem manter-se a fachada seja do que for, e demolir o que está por detrás dela.
Manter-se a fachada é uma atitude tipicamente portuguesa, mesquinha e miserável. É o meio-termo, é o "deixa lá, não faz mal, ainda tens a fachada", é a mais fácil, não dá trabalho nem colide com interesses. É a apologia do "nim".
Com essa atitude todos saem bem, menos o património.
Haja coragem por uma vez, meus senhores: ou bem que se preserva a casa de Almeida Garrett, ou não. E assumam todos as consequências de uma das duas atitudes.
S.F.F., mais manutenções de fachada como as do Edifício Heron-Castilho ou do Cinema Éden, NÃO.
PF
A CML declara que não há espólio de Garret. Constatação: é triste que nem tente recolhê-lo, nem tente contactar os herdeiros. Pergunta indiscreta: quando Santana Lopes desaparecer de vez, vai haver espólio para uma casa-museu dedicada ao ex-edil?
O proprietário diz que vai aguardar pelo parecer do IPPAR, mesmo que a lei o "proteja", caso avance com a demolição mesmo antes do parecer. É grave esta afirmação, mas é de ministro, culto ainda por cima.
E diz ainda que condescenderia, no caso do IPPAR classificar a fachada, manter a fachada, como contrapartida a negociar. Pelo que se agradece o interesse do proprietário em manter a fachada. Bem-haja!
Comentário:
Pessoalmente, sou completamente contra a preservação de qualquer fachada. Acho uma tremenda falta de coragem manter-se a fachada seja do que for, e demolir o que está por detrás dela.
Manter-se a fachada é uma atitude tipicamente portuguesa, mesquinha e miserável. É o meio-termo, é o "deixa lá, não faz mal, ainda tens a fachada", é a mais fácil, não dá trabalho nem colide com interesses. É a apologia do "nim".
Com essa atitude todos saem bem, menos o património.
Haja coragem por uma vez, meus senhores: ou bem que se preserva a casa de Almeida Garrett, ou não. E assumam todos as consequências de uma das duas atitudes.
S.F.F., mais manutenções de fachada como as do Edifício Heron-Castilho ou do Cinema Éden, NÃO.
PF
13/04/2005
Como Cesário Verde tinha razão...
Um assunto que me ocupa há uns tempos e que será necessário que os cidadãos tomem conhecimento:
Cesário Verde exaltava poeticamente os sentimentos que Liboa lhe causava.
"Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer."
Esse desejo de sofrer pode ser agora realizado sem dificuldade.
Junto à Torre de Belém, quando nos silos da Trafaria se descarregam cereais sente-se uma pressão, opressão, anormal no ar. Um incómodo de que só daríamos fácilmente conta pelo alívio causado pela sua sua paragem. Isto porque não o reconhecemos, não é interpretado como um ruído, é qualquer coisa a que não estamos habituados.
Estas descargas ocorrem entre as 9 e as 23h nos dias úteis quando algum navio se encontra a descarregar no terminal portuário da Trafaria.
Sintam a pressão do ar e um rumor sem origem definida, verfiquem se lá está algum navio. Este fenómeno é causado pelo processo de aspiração da carga utilizado. Imaginem como será na Vila da Trafaria.
A exposição prolongada a este fenómeno tem comprovadaente efeitos cumulativos e irreversívieis na saúde humana.
Fernando Oliveira
Cesário Verde exaltava poeticamente os sentimentos que Liboa lhe causava.
"Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer."
Esse desejo de sofrer pode ser agora realizado sem dificuldade.
Junto à Torre de Belém, quando nos silos da Trafaria se descarregam cereais sente-se uma pressão, opressão, anormal no ar. Um incómodo de que só daríamos fácilmente conta pelo alívio causado pela sua sua paragem. Isto porque não o reconhecemos, não é interpretado como um ruído, é qualquer coisa a que não estamos habituados.
Estas descargas ocorrem entre as 9 e as 23h nos dias úteis quando algum navio se encontra a descarregar no terminal portuário da Trafaria.
Sintam a pressão do ar e um rumor sem origem definida, verfiquem se lá está algum navio. Este fenómeno é causado pelo processo de aspiração da carga utilizado. Imaginem como será na Vila da Trafaria.
A exposição prolongada a este fenómeno tem comprovadaente efeitos cumulativos e irreversívieis na saúde humana.
Fernando Oliveira
Casa Garrett: CML devia ter vergonha
As declarações dos responsáveis da CML, da Reabilitação Urbana (ou será Demolição?) e da Cultura (ou será Incultura?), em sessão de AM, citadas nas edições de hoje dos jornais "A Capital" e "Público", são lamentáveis a todos os níveis, ficam com quem as produz, e reflectem bem o "espírito de missão" com que os nossos eleitos encaram os cargos e os mandatos para os quais os elegemos.
A estratégia é sempre a mesma: passar a batata quente para o parceiro do lado, de preferência para o antecessor.
A desculpa é sempre a mesma: já não há nada a fazer, e é preciso muito dinheiro.
Apesar das declarações de Santana Lopes, ontem à tarde, na Antena 1, em sentido contrário ou, pelo menos, em jeito de "sim mas também".
Mas há aqui uma profunda mentira, que urge corrigir:
A CASA DE ALMEIDA GARRETT NÃO ESTÁ TOTALMENTE ARRUINADA, COMO SE COMPROVA FACILMENTE NO LOCAL.
POR ISSO, CONVÉM ESTAR ATENTO A HIPOTÉTICAS DEMOLIÇÕES ESPONTÂNEAS, NOCTÍVAGAS OU QUEJANDAS.
Talvez fosse boa ideia mudar radicalmente o estatuto de autarca, de cima a baixo. A bem da Nação.
PF
A estratégia é sempre a mesma: passar a batata quente para o parceiro do lado, de preferência para o antecessor.
A desculpa é sempre a mesma: já não há nada a fazer, e é preciso muito dinheiro.
Apesar das declarações de Santana Lopes, ontem à tarde, na Antena 1, em sentido contrário ou, pelo menos, em jeito de "sim mas também".
Mas há aqui uma profunda mentira, que urge corrigir:
A CASA DE ALMEIDA GARRETT NÃO ESTÁ TOTALMENTE ARRUINADA, COMO SE COMPROVA FACILMENTE NO LOCAL.
POR ISSO, CONVÉM ESTAR ATENTO A HIPOTÉTICAS DEMOLIÇÕES ESPONTÂNEAS, NOCTÍVAGAS OU QUEJANDAS.
Talvez fosse boa ideia mudar radicalmente o estatuto de autarca, de cima a baixo. A bem da Nação.
PF
12/04/2005
Obrigado à Assembleia da República
O nosso obrigado às vozes que no Parlamento têm vindo a defender o mesmo que nós, isto é; a preservação da casa de Garrett.
Desejamos que esse sentimento seja partilhado por todo o espectro político da A.R.
Lamentamos que só agora se tenham feito ouvir, depois dos cidadãos o terem feito, de forma espontânea e completamente apartidária; e depois de se saber que o actual proprietário é um ministro.
Paulo Ferrero
Desejamos que esse sentimento seja partilhado por todo o espectro político da A.R.
Lamentamos que só agora se tenham feito ouvir, depois dos cidadãos o terem feito, de forma espontânea e completamente apartidária; e depois de se saber que o actual proprietário é um ministro.
Paulo Ferrero
08/04/2005
Sociedade Portuguesa de Autores apela à ministra para não deixar avançar a demolição
Mais uma voz que se junta à nossa. Mais uma voz que se levanta pela preservação da casa de Garrett. Desta vez é a da Sociedade Portuguesa de Autores. A notícia, aqui.
PF
PF
06/04/2005
Que diria Garrett de tudo isto?
Interessante, o artigo de opinião de Eduardo Prado Coelho, intitulado "O Coleccionador" e publicado na edição do "Público. Dedicado ao Sr.Ministro da Economia, é mais uma acha para a fogueira em que se está a tornar a reabilitação/demolição da casa onde viveu e morreu Garrett. Oportunamente comovente ou subliminarmente reprovador? Eis a questão.
Artigo que hoje mesmo tem uma réplica, interessantíssima, de Mafalda Magalhães de Barros, Directora Municipal da Conservação e Reabilitação Urbana da CML, no mesmo jornal, e que passo a transcrever (*):
"Como responsável pela referida Direcção de Serviços tenho a esclarecer o seguinte:
Há cerca de 1 ano esta Direcção decidiu avançar com vistorias aos prédios mais degradados (...), entre eles o prédio onde viveu e morreu Garrett. visando ordenar obras compulsivas. Tal iniciativa decorreu não apenas da relevância que se reconhece à casa onde faleceu um dos maiores vultos da cultura portuguesa oitocentista, mas ainda da valorização do conjunto arquitectónico onde a mesma se insere. Acontece que o processo conducente à efectuação das referidas obras foi suspenso porque o proprietário do imóvel apresentara um projecto de demolição e nova construção, que constava com o aval do Ippar. Nesses termos a CML só podia suspender o projecto se tivesse condições financeiras para viabilizar a criação de uma instituição cultural aí sedeada, o que não se verificou. Desta forma, penso, fica demonstrado que esta direcção de serviços fez o que estava ao seu alcance para evitar a demolição da casa de Almeida Garrett. Se a mesma se chegar a verificar, outras responsabilidades deverão ser impudradas certamente a organismos da administração central. Mas também ao cultivado proprietário, coleccionador e ministro, cujos pergaminhos na matéria foram, por coincidência, tão comovidamente exultado por Eduardo Prado Coelho (...) A preservação do património cultural é tarefa de todos."
Que diria Almeida Garrett de tudo isto?
PF
(*) A partir de dia 1 de Abril é impossível fazer link para os artigos do "Público".
Artigo que hoje mesmo tem uma réplica, interessantíssima, de Mafalda Magalhães de Barros, Directora Municipal da Conservação e Reabilitação Urbana da CML, no mesmo jornal, e que passo a transcrever (*):
"Como responsável pela referida Direcção de Serviços tenho a esclarecer o seguinte:
Há cerca de 1 ano esta Direcção decidiu avançar com vistorias aos prédios mais degradados (...), entre eles o prédio onde viveu e morreu Garrett. visando ordenar obras compulsivas. Tal iniciativa decorreu não apenas da relevância que se reconhece à casa onde faleceu um dos maiores vultos da cultura portuguesa oitocentista, mas ainda da valorização do conjunto arquitectónico onde a mesma se insere. Acontece que o processo conducente à efectuação das referidas obras foi suspenso porque o proprietário do imóvel apresentara um projecto de demolição e nova construção, que constava com o aval do Ippar. Nesses termos a CML só podia suspender o projecto se tivesse condições financeiras para viabilizar a criação de uma instituição cultural aí sedeada, o que não se verificou. Desta forma, penso, fica demonstrado que esta direcção de serviços fez o que estava ao seu alcance para evitar a demolição da casa de Almeida Garrett. Se a mesma se chegar a verificar, outras responsabilidades deverão ser impudradas certamente a organismos da administração central. Mas também ao cultivado proprietário, coleccionador e ministro, cujos pergaminhos na matéria foram, por coincidência, tão comovidamente exultado por Eduardo Prado Coelho (...) A preservação do património cultural é tarefa de todos."
Que diria Almeida Garrett de tudo isto?
PF
(*) A partir de dia 1 de Abril é impossível fazer link para os artigos do "Público".
01/04/2005
E C.M.L. pede a Silva Melo que a processe
Como era de esperar, a Vereação da Cultura da C.M.L. ripostou ontem, publicamente, às declarações de Silva Melo, que aqui já comentámos. Este estado de coisas não deixa de ser curioso, face ao namoro que existiu nos últimos 4 anos entre um lado e o outro desta questão do Centro de Artes do antigo edifício de A Capital. Mas, se tivermos em linha de conta o que tem sido a política cultural da C.M.L. ao longo, não destes últimos 4 anos, mas ao longo de décadas, é altura de dizer que o pelouro da Cultura devia ser extinto.
A Cultura não se faz de exposições sobre cultura, nem de palavras de circunstância em sessões públicas, nem de proliferação de assessores, nem de má gestão dos espaços culturais, nem do "lavar de mãos" em casos como os do Convento dos Inglesinhos, os cinemas Paris ou Odéon, a casa de Garrett, etc., etc.. O dinheiro não serve de desculpa, havendo dinheiro para tudo menos para a Cultura.
Dois exemplos caricatos:
1. Em plenas celebrações sobre Bordalo Pinheiro, o que temos é uma casa-museu fechada, envergonhada sobre si própria, diminuta face à importância de Bordalo, e que está e continuará em obras de "Santa Engrácia"; em relação à qual a C.M.L. promete resolver tudo brevemente ... em ano de eleições.
2. Há cerca de 3 anos envolvi-me pessoalmente num projecto de viabilização do Cinena Odéon (o Projecto Novo Odéon), belíssima sala de cinema, que está à venda e a cair há demasiado tempo, e que urge recuperar para o convívio dos lisboetas, já que a maior parte deles ignora o quão bela ela é.
O projecto pressupunha uma parceria com a CML, que juntasse meios financeiros para a compra e recuperação do espaço. Pois bem, da Vereação da Cultura nunca tivemos qualquer resposta oficial, apesar de o mesmo ter sido entregue formalmente. O mais que conseguimos foi um contacto informal com 1 assessora da Srª Vereadora, que visitou o cinema connosco, e com 1 assessor do Sr.Presidente, que me garantiu ir propôr à Presidência a compra do cinema. Tempos mais tarde fiquei a saber que ambos se haviam desvinculado da CML. Para cúmulo, tive inclusive a informação que os serviços da CML chegaram a perder o meu projecto. Provavelmente, em ano de eleições, lá voltarão a falar no velhinho Odéon.
PF
A Cultura não se faz de exposições sobre cultura, nem de palavras de circunstância em sessões públicas, nem de proliferação de assessores, nem de má gestão dos espaços culturais, nem do "lavar de mãos" em casos como os do Convento dos Inglesinhos, os cinemas Paris ou Odéon, a casa de Garrett, etc., etc.. O dinheiro não serve de desculpa, havendo dinheiro para tudo menos para a Cultura.
Dois exemplos caricatos:
1. Em plenas celebrações sobre Bordalo Pinheiro, o que temos é uma casa-museu fechada, envergonhada sobre si própria, diminuta face à importância de Bordalo, e que está e continuará em obras de "Santa Engrácia"; em relação à qual a C.M.L. promete resolver tudo brevemente ... em ano de eleições.
2. Há cerca de 3 anos envolvi-me pessoalmente num projecto de viabilização do Cinena Odéon (o Projecto Novo Odéon), belíssima sala de cinema, que está à venda e a cair há demasiado tempo, e que urge recuperar para o convívio dos lisboetas, já que a maior parte deles ignora o quão bela ela é.
O projecto pressupunha uma parceria com a CML, que juntasse meios financeiros para a compra e recuperação do espaço. Pois bem, da Vereação da Cultura nunca tivemos qualquer resposta oficial, apesar de o mesmo ter sido entregue formalmente. O mais que conseguimos foi um contacto informal com 1 assessora da Srª Vereadora, que visitou o cinema connosco, e com 1 assessor do Sr.Presidente, que me garantiu ir propôr à Presidência a compra do cinema. Tempos mais tarde fiquei a saber que ambos se haviam desvinculado da CML. Para cúmulo, tive inclusive a informação que os serviços da CML chegaram a perder o meu projecto. Provavelmente, em ano de eleições, lá voltarão a falar no velhinho Odéon.
PF
Casa de Garrett/Nota de Imprensa
No seguimento das notícias vindas hoje a público dando conta de parecer negativo da CML/Vereadora da Cultura sobre a casa de Almeida Garrett, cumpre-nos, como autores da petição sobre a mesma, considerar o seguinte:
1. É extraordinário que a CML/Cultura ache que Garrett não merece ter uma casa-museu, e que Lisboa e os lisboetas não merecem ter uma casa-museu de Garrett.
2. É extraordinário que a CML reconheça implicitamente que não consegue reunir um espólio que permita abrir uma casa-museu.
3. É extraordinário que a CML, tendo um departamento de Reabilitação Urbana, mais uma vez opte pela "Demoliçao Urbana" de um edifício bonito, que há muito devia ter sido classificado, e que está inserido numa rua de que importa manter a traça.
4. É extraordinário que no parecer da CML/Cultura surja como argumento o facto de já existir, a apenas algumas centenas de metros da casa de Garrett, uma casa-museu, a de Fernando Pessoa.
5. E é extraordinário que no parecer da CML/Cultura surjam como argumento os supostos encargos financeiros de uma operação de compra, restauro e viabilização do espaço, para o que seria suficiente o ordenado anual de alguns assessores da CML, por exemplo.
Face a tudo isto, e ao facto de em Madrid, a apenas 600 km de Lisboa, Lope de Vega (que, para quem não souber, está para o teatro em Espanha, como Garrett está para o nosso), existir uma casa-museu de visita obrigatória, é caso para perguntar se os Conjurados de 1640 voltariam a reunir, se soubessem o que viria a ser Portugal, passados pouco mais de 360 anos.
PF
1. É extraordinário que a CML/Cultura ache que Garrett não merece ter uma casa-museu, e que Lisboa e os lisboetas não merecem ter uma casa-museu de Garrett.
2. É extraordinário que a CML reconheça implicitamente que não consegue reunir um espólio que permita abrir uma casa-museu.
3. É extraordinário que a CML, tendo um departamento de Reabilitação Urbana, mais uma vez opte pela "Demoliçao Urbana" de um edifício bonito, que há muito devia ter sido classificado, e que está inserido numa rua de que importa manter a traça.
4. É extraordinário que no parecer da CML/Cultura surja como argumento o facto de já existir, a apenas algumas centenas de metros da casa de Garrett, uma casa-museu, a de Fernando Pessoa.
5. E é extraordinário que no parecer da CML/Cultura surjam como argumento os supostos encargos financeiros de uma operação de compra, restauro e viabilização do espaço, para o que seria suficiente o ordenado anual de alguns assessores da CML, por exemplo.
Face a tudo isto, e ao facto de em Madrid, a apenas 600 km de Lisboa, Lope de Vega (que, para quem não souber, está para o teatro em Espanha, como Garrett está para o nosso), existir uma casa-museu de visita obrigatória, é caso para perguntar se os Conjurados de 1640 voltariam a reunir, se soubessem o que viria a ser Portugal, passados pouco mais de 360 anos.
PF
31/03/2005
A propósito do Bairro Azul poder integrar o "plano de pormenor da Pç.Espanha"
A propósito desta notícia, informo que a Comissão de Moradores do Bairro Azul enviou, em 14/1/2005 ao Sr.Presidente da CML o seguinte fax:
"Na sequência das recentes notícias que dão conta da intenção da CML de elaborar um Plano de Pormenor para a Praça de Espanha e Avenida José Malhoa, a Comissão de Moradores do Bairro Azul solicitou ao presidente da CML, Prof. Carmona Rodrigues, a integração do Bairro Azul nesse plano.
A conjugação de várias circunstâncias torna esta sugestão pertinente e a sua concretização possibilitará a reabilitação e revitalização deste Bairro Património da Cidade, cujo processo de classificação como Conjunto Urbano de Interesse Concelhio se encontra, há muito, em apreciação nos serviços municipais competentes (1):
1.A Nascente do Bairro, o Metropolitano de Lisboa encontra-se a rever o projecto da Estação de S. Sebastião II de modo a minimizar os impactos à superfície decorrentes da sua construção; a Poente do Bairro, a CML aprovou a adjudicação da Empreitada de Reabilitação do Viaduto da Rua Ramalho Ortigão. Projectado em 1971 pelo Eng.º Edgar Cardoso, a Comissão de Moradores tem insistido, junto da CML, para que o mesmo seja alvo de uma intervenção cuidada que permita a sua plena fruição pelos milhares de peões que diariamente o atravessam com destino à Fundação Gulbenkian, à Mesquita, ao El Corte Inglês, ao Parque Eduardo VII, etc.
2.O edificado do Bairro Azul – a aguardar classificação - encontra-se degradado e são graves as questões que dizem respeito à falta de segurança, conforme a Comissão de Moradores tem alertado os responsáveis da CML. O comércio tradicional está em declínio e a desertificação atinge valores preocupantes: mais de 10% dos andares estão abandonados. Dada a localização privilegiada e o interesse patrimonial do Bairro, a Comissão de Moradores estabeleceu já contactos com empresas que estarão, eventualmente, interessadas em patrocinar a sua reabilitação, de acordo com um regulamento que deverá ser urgentemente elaborado pela CML, como forma de travar a descaracterização do Bairro.
3.As conclusões do inquérito realizado pela Comissão de Moradores à população do Bairro, publicadas no site www.bairroazul.net, revelam que as questões que dizem respeito ao tráfego e ao estacionamento continuam a ser preocupantes. No âmbito do referido PP - e à semelhança do que foi já feito noutros bairros da cidade, nomeadamente, Bairro Alto, Alfama e Bica-Santa Catarina – deve ser estudada a possibilidade de criação de novas zonas com trânsito condicionado.
A coesão arquitectónica, urbanística e humana do Bairro exige a reintegração urgente da Rua Ramalho Ortigão.Tal será possível, por exemplo, com a criação de uma rotunda em frente ao edifício do BNC que permita desviar o tráfego de passagem do Bairro; a diminuição das faixas de rodagem (actualmente 4) criando mais estacionamento nessa rua; o alargamento dos passeios; a plantação de árvores, etc. Na Avenida António Augusto de Aguiar, não deverá ser esquecido o troço que se mantém intacto e que pertence ao Bairro Azul.
Outra das soluções há muito apresentadas à CML pela Comissão de Moradores diz respeito ao aproveitamento dos logradouros, onde existem cerca de 90 lugares de estacionamento, preparados, há já vários anos, para receberem parquímetros e que continuam, inexplicavelmente, abandonados.
A integração do Bairro Azul na área a abranger pelo Plano de Pormenor agora previsto, permitirá estudar o trânsito da zona de uma forma abrangente e estabelecer um conjunto de regras sobre o edificado e zonas públicas que irá ao encontro das expectativas dos moradores, dos comerciantes e de todos os que usufruem desta zona da cidade."
(1) Por despacho da Senhora Vereadora da Cultura de 23 de Fevereiro de 2005 foi determinada a abertura do processo de classificação do Bairro Azul como Conjunto de Interesse Municipal, encontrando-se o Bairro, a partir desse momento, em vias de classificação.
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Em relação a este assunto a Comissão de Moradores recebeu ofício do Departamento de Planeamento Urbano datado de 11 de Março, onde se informava que a sugestão tinha sido considerada pertinente e que iria ser proposta a ampliação dos limites definidos para o Plano de Pormenor da Praça de Espanha e Av. José Malhoa por forma a incluir o Bairro Azul.
Ana Alves de Sousa
"Na sequência das recentes notícias que dão conta da intenção da CML de elaborar um Plano de Pormenor para a Praça de Espanha e Avenida José Malhoa, a Comissão de Moradores do Bairro Azul solicitou ao presidente da CML, Prof. Carmona Rodrigues, a integração do Bairro Azul nesse plano.
A conjugação de várias circunstâncias torna esta sugestão pertinente e a sua concretização possibilitará a reabilitação e revitalização deste Bairro Património da Cidade, cujo processo de classificação como Conjunto Urbano de Interesse Concelhio se encontra, há muito, em apreciação nos serviços municipais competentes (1):
1.A Nascente do Bairro, o Metropolitano de Lisboa encontra-se a rever o projecto da Estação de S. Sebastião II de modo a minimizar os impactos à superfície decorrentes da sua construção; a Poente do Bairro, a CML aprovou a adjudicação da Empreitada de Reabilitação do Viaduto da Rua Ramalho Ortigão. Projectado em 1971 pelo Eng.º Edgar Cardoso, a Comissão de Moradores tem insistido, junto da CML, para que o mesmo seja alvo de uma intervenção cuidada que permita a sua plena fruição pelos milhares de peões que diariamente o atravessam com destino à Fundação Gulbenkian, à Mesquita, ao El Corte Inglês, ao Parque Eduardo VII, etc.
2.O edificado do Bairro Azul – a aguardar classificação - encontra-se degradado e são graves as questões que dizem respeito à falta de segurança, conforme a Comissão de Moradores tem alertado os responsáveis da CML. O comércio tradicional está em declínio e a desertificação atinge valores preocupantes: mais de 10% dos andares estão abandonados. Dada a localização privilegiada e o interesse patrimonial do Bairro, a Comissão de Moradores estabeleceu já contactos com empresas que estarão, eventualmente, interessadas em patrocinar a sua reabilitação, de acordo com um regulamento que deverá ser urgentemente elaborado pela CML, como forma de travar a descaracterização do Bairro.
3.As conclusões do inquérito realizado pela Comissão de Moradores à população do Bairro, publicadas no site www.bairroazul.net, revelam que as questões que dizem respeito ao tráfego e ao estacionamento continuam a ser preocupantes. No âmbito do referido PP - e à semelhança do que foi já feito noutros bairros da cidade, nomeadamente, Bairro Alto, Alfama e Bica-Santa Catarina – deve ser estudada a possibilidade de criação de novas zonas com trânsito condicionado.
A coesão arquitectónica, urbanística e humana do Bairro exige a reintegração urgente da Rua Ramalho Ortigão.Tal será possível, por exemplo, com a criação de uma rotunda em frente ao edifício do BNC que permita desviar o tráfego de passagem do Bairro; a diminuição das faixas de rodagem (actualmente 4) criando mais estacionamento nessa rua; o alargamento dos passeios; a plantação de árvores, etc. Na Avenida António Augusto de Aguiar, não deverá ser esquecido o troço que se mantém intacto e que pertence ao Bairro Azul.
Outra das soluções há muito apresentadas à CML pela Comissão de Moradores diz respeito ao aproveitamento dos logradouros, onde existem cerca de 90 lugares de estacionamento, preparados, há já vários anos, para receberem parquímetros e que continuam, inexplicavelmente, abandonados.
A integração do Bairro Azul na área a abranger pelo Plano de Pormenor agora previsto, permitirá estudar o trânsito da zona de uma forma abrangente e estabelecer um conjunto de regras sobre o edificado e zonas públicas que irá ao encontro das expectativas dos moradores, dos comerciantes e de todos os que usufruem desta zona da cidade."
(1) Por despacho da Senhora Vereadora da Cultura de 23 de Fevereiro de 2005 foi determinada a abertura do processo de classificação do Bairro Azul como Conjunto de Interesse Municipal, encontrando-se o Bairro, a partir desse momento, em vias de classificação.
Em relação a este assunto a Comissão de Moradores recebeu ofício do Departamento de Planeamento Urbano datado de 11 de Março, onde se informava que a sugestão tinha sido considerada pertinente e que iria ser proposta a ampliação dos limites definidos para o Plano de Pormenor da Praça de Espanha e Av. José Malhoa por forma a incluir o Bairro Azul.
Ana Alves de Sousa
Jorge Silva Melo afirma ter sido enganado pela Câmara de Lisboa
O encenador e director dos Artistas Unidos, Jorge Silva Melo, diz ter sido "enganado" pela Câmara Municipal de Lisboa no caso do edifício A Capital e admite vir a processar o presidente, Pedro Santana Lopes, e a vereadora da Cultura, Maria Manuel Pinto Barbosa, por "incumprimento" dos acordos de requalificação do espaço no Bairro Alto que até 2003 foi sede da sua companhia.
"Quem ocupa cargos públicos não pode fazer promessas que não pode cumprir porque não é assim que se tratam os cidadãos", disse ontem Silva Melo em conferência de imprensa no Teatro Taborda.
Um abraço a Jorge Silva Melo, que não é o único cidadão a quem apetece processar não só a CML como todos os políticos que nos têm (des)governado de há décadas a esta parte.
PF
"Quem ocupa cargos públicos não pode fazer promessas que não pode cumprir porque não é assim que se tratam os cidadãos", disse ontem Silva Melo em conferência de imprensa no Teatro Taborda.
Um abraço a Jorge Silva Melo, que não é o único cidadão a quem apetece processar não só a CML como todos os políticos que nos têm (des)governado de há décadas a esta parte.
PF
Ninguém desata o "Nó de Alcântara"?
Ontem, foi dado mais um pequeno nó ao novelo do chamado "nó de Alcântara". Ninguém sabe o que quer para ali. Há falta de coragem. Muita incompetência e mau gosto. E enquanto os gatos, de que Fialho de Almeida falava, se vão entretendo com o novelo, nós vamos tendo que aguentar com aquele viaduto imundo e temporário, que virou definitivo; com aquela passadeira vermelha inenarrável; com a imensidão de contentores que conspurcam a Gare Marítima de Alcântara; com a confusão de trânsito e estacionamento à volta das Docas de Alcântara; com o esventramento inconsequente dos edifícios industriais; com os planos milionários de arquitectos invocados como "guarda-chuva" institucional, conforme os argumentos pró-contra novelo; com promessas/ameaças de referendos sobre projectos que não passam disso; com o braço-de-ferro geracional entre CML e Porto de Lisboa; etc..
PF
PF
Casa de Garrett: as últimas
Hoje, dia 31 de Março, ou amanhã, dia 1 de Abril, pelas 18H30, o programa RTP-Regiões emitirá uma reportagem sobre este assunto.
Sábado, o semanário "Expresso" publicará um artigo sobre este tema.
Segundo fonte fidedigna, a Srª Vereadora da Cultura já emitiu parecer sobre a casa de Garrett, tendo o processo passado já para a Srª Vereadora Napoleão, do pelouro da Reabilitação Urbana.
PF
Sábado, o semanário "Expresso" publicará um artigo sobre este tema.
Segundo fonte fidedigna, a Srª Vereadora da Cultura já emitiu parecer sobre a casa de Garrett, tendo o processo passado já para a Srª Vereadora Napoleão, do pelouro da Reabilitação Urbana.
PF
29/03/2005
Dia 7 de Abril, mais um jantar-tertúlia «Falar Lisboa»
Recebemos das Oficinas do Património e da Reabilitação Urbana a seguinte convocatória:
"A Associação Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana organiza numa quinta-feira de cada mês um jantar/tertúlia que designamos por “Falar Lisboa” e que se realizam na casa da Juventude da Galiza, na Rua Júlio de Andrade(no Torel), nº 3, às 20,30.
Esta iniciativa tem por objectivo criar um espaço de debate, reflexão e informação sobre a nossa cidade, visando a criação de uma consciência colectiva de que a cidade é constituída por todos nós e, nela, devemos exercer a nossa cidadania.
Dos jantares, surgiram os abaixo assinados para a defesa do Parque de Monsanto, e do Aqueduto, de que iremos dar noticia.
O próximo jantar será na quinta-feira 7 de Abril. O tema será «Tratar do Aqueduto», pelo Senhor Américo Pena ultimo Chefe da Brigada de Conservação deste monumento.
Também iremos reflectir em conjunto em como melhorar a vida dos que habitam ou trabalham na nossa Cidade
Agenda:
5ª feira, 07 de Abril (inscrições até 06 de Abril)
5ª feira, 05 de Maio (inscrições até 04 de Maio) Aceitam-se sugestões de temas.
Solicitamos que as inscrições sejam feitas antes da data limite, para os telemóveis seguintes: 933 476 949 – Drª. Gabriela Carvalho, 917 320 602 – Arq. Filipe Lopes ou arq.lopes@clix.pt. O preço por pessoa é de 16 €.
Drª. Gabriela Carvalho e Arq. Filipe Lopes"
"A Associação Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana organiza numa quinta-feira de cada mês um jantar/tertúlia que designamos por “Falar Lisboa” e que se realizam na casa da Juventude da Galiza, na Rua Júlio de Andrade(no Torel), nº 3, às 20,30.
Esta iniciativa tem por objectivo criar um espaço de debate, reflexão e informação sobre a nossa cidade, visando a criação de uma consciência colectiva de que a cidade é constituída por todos nós e, nela, devemos exercer a nossa cidadania.
Dos jantares, surgiram os abaixo assinados para a defesa do Parque de Monsanto, e do Aqueduto, de que iremos dar noticia.
O próximo jantar será na quinta-feira 7 de Abril. O tema será «Tratar do Aqueduto», pelo Senhor Américo Pena ultimo Chefe da Brigada de Conservação deste monumento.
Também iremos reflectir em conjunto em como melhorar a vida dos que habitam ou trabalham na nossa Cidade
Agenda:
5ª feira, 07 de Abril (inscrições até 06 de Abril)
5ª feira, 05 de Maio (inscrições até 04 de Maio) Aceitam-se sugestões de temas.
Solicitamos que as inscrições sejam feitas antes da data limite, para os telemóveis seguintes: 933 476 949 – Drª. Gabriela Carvalho, 917 320 602 – Arq. Filipe Lopes ou arq.lopes@clix.pt. O preço por pessoa é de 16 €.
Drª. Gabriela Carvalho e Arq. Filipe Lopes"
24/03/2005
CASA DE GARRETT NOVAMENTE EM PERIGO
Que o actual dono da casa de Garrett a tinha comprado para a demolir, já se sabia. Que o actual dono da casa de Garrett se estava marimbando para quem foi Garrett, já se sabia. Que o actual dono da casa de Garrett ligasse tanto ao valor patrimonial desta (e não estou a falar de valor em Euros!) como ao de uma merceeria ou loja de charutos, já se sabia. Que o actual dono da casa de Garrett fosse um Senhor Ministro, isso é que não se sabia. Segundo o jornal "Independente" de hoje, o actual dono da casa de Garrett é o novo ministro da Economia, Manuel Pinho.
Ora como Garrett está para o Teatro de Portugal, como Keynes está para a economia mundial, é caso para perguntar ao sr.ministro se calcula o que lhe fariam os britânicos se ele comprasse a casa de Keynes, para a demolir?
"Curioso" vai ser ver como irão reagir e decidir os responsáveis do IPPAR, da Câmara Municipal de Lisboa e do Instituto Camões, sobre que futuro dar àquele espaço. E aqui entram os senhores jornalistas, cujo papel em todo este caso tem sido notável. Contamos convosco!!
Curiosidade acrescida se tivermos em conta três aspectos: a quadra pascal que o país atravessa; o estado de graça do novo governo; e as pré-remodelações que se anunciam nos organismos públicos, a começar nos que podem resolver este imbróglio da Casa de Garrett.
Portugal merece Garrett?!
Paulo Ferrero
Ora como Garrett está para o Teatro de Portugal, como Keynes está para a economia mundial, é caso para perguntar ao sr.ministro se calcula o que lhe fariam os britânicos se ele comprasse a casa de Keynes, para a demolir?
"Curioso" vai ser ver como irão reagir e decidir os responsáveis do IPPAR, da Câmara Municipal de Lisboa e do Instituto Camões, sobre que futuro dar àquele espaço. E aqui entram os senhores jornalistas, cujo papel em todo este caso tem sido notável. Contamos convosco!!
Curiosidade acrescida se tivermos em conta três aspectos: a quadra pascal que o país atravessa; o estado de graça do novo governo; e as pré-remodelações que se anunciam nos organismos públicos, a começar nos que podem resolver este imbróglio da Casa de Garrett.
Portugal merece Garrett?!
Paulo Ferrero
23/03/2005
Cinema Europa, em que ficamos?
Por mais que me esforce, continuo sem entender o movimento "S.O.S. Cinema Europa".
Genericamente, estou de acordo que se tente preservar todos os espaços culturais de Lisboa, até pela simples razão que nunca há equipamentos suficientes seja para o que for, muito menos para a Cultura. Mais de acordo fico quando esse esforço pela preservação toca a espaços fechados há muito tempo, o que é o caso. E mais ainda, quando esses espaços se encontram em locais onde fazem falta, como é o caso. E pertencem à memória de Lisboa, o que é o caso. E mais, muito mais ainda, quando os equipamentos em causa têm valor arquitectónico, o que não é o caso. Só que continuo a achar tudo isto bastante esquisito.
Não só porque o actual Europa é tudo menos um espaço com valor arquitectónico a preservar, pois nada tem que ver com o antigo e bonito Europa (vide fotos do site daquele movimento), sendo a sua classificação pelo IPPAR improbabilíssima; como porque os membros do movimento começaram por reclamar a classificação do Europa para agora se satisfazerem se a CML construir um silo no Europa, desde que conceda à Junta do Santo Condestável uma "Casa da Cultura", que definem como sendo composta por uma sala com capacidade para 100-200 (!!) pessoas, para exibição de filmes, encenação teatral, etc., e uma galeria para exposições.
Ora, ou bem que o Europa merece ser classificado, ou não merece. Ou bem que o Europa é recuperado e se mantém íntegro, ou não. Reclamar-se a não construção de um edifício de habitação no actual Europa, mas aceitar-se a sua transformação numa solução bizarra do género "silo automóvel+casa da cultura" parece-me esquisito.
E continuo sem entender como este movimento parece autista ao facto de ali perto, a menos de 500 mt. do Europa, estar o Cinema Paris, de pé e quase imaculado na sua velhice, que foi objecto de larga polémica há cerca de 2 anos (para a qual ninguém deste movimento contribuiu, ao que sei), cuja demolição se conseguiu travar, e para o qual a CML propôs a respectiva expropriação no Verão passado, e que pode ser, ele sim, a "Casa da Cultura" de Campo de Ourique, mas também da Lapa, da Freguesia Santa Isabel, dos moradores da Av. Infante Santo, etc.; assim seja efectuada a expropriação.
PF
Genericamente, estou de acordo que se tente preservar todos os espaços culturais de Lisboa, até pela simples razão que nunca há equipamentos suficientes seja para o que for, muito menos para a Cultura. Mais de acordo fico quando esse esforço pela preservação toca a espaços fechados há muito tempo, o que é o caso. E mais ainda, quando esses espaços se encontram em locais onde fazem falta, como é o caso. E pertencem à memória de Lisboa, o que é o caso. E mais, muito mais ainda, quando os equipamentos em causa têm valor arquitectónico, o que não é o caso. Só que continuo a achar tudo isto bastante esquisito.
Não só porque o actual Europa é tudo menos um espaço com valor arquitectónico a preservar, pois nada tem que ver com o antigo e bonito Europa (vide fotos do site daquele movimento), sendo a sua classificação pelo IPPAR improbabilíssima; como porque os membros do movimento começaram por reclamar a classificação do Europa para agora se satisfazerem se a CML construir um silo no Europa, desde que conceda à Junta do Santo Condestável uma "Casa da Cultura", que definem como sendo composta por uma sala com capacidade para 100-200 (!!) pessoas, para exibição de filmes, encenação teatral, etc., e uma galeria para exposições.
Ora, ou bem que o Europa merece ser classificado, ou não merece. Ou bem que o Europa é recuperado e se mantém íntegro, ou não. Reclamar-se a não construção de um edifício de habitação no actual Europa, mas aceitar-se a sua transformação numa solução bizarra do género "silo automóvel+casa da cultura" parece-me esquisito.
E continuo sem entender como este movimento parece autista ao facto de ali perto, a menos de 500 mt. do Europa, estar o Cinema Paris, de pé e quase imaculado na sua velhice, que foi objecto de larga polémica há cerca de 2 anos (para a qual ninguém deste movimento contribuiu, ao que sei), cuja demolição se conseguiu travar, e para o qual a CML propôs a respectiva expropriação no Verão passado, e que pode ser, ele sim, a "Casa da Cultura" de Campo de Ourique, mas também da Lapa, da Freguesia Santa Isabel, dos moradores da Av. Infante Santo, etc.; assim seja efectuada a expropriação.
PF
22/03/2005
Alguém ajuda a União Zoófila?
Anteontem foi o Jardim Botânico que se queixou de não ter dinheiro para pagar a água para regar os seus (nossos) tesouros. Ontem, foi o Zoo que ficou sem os dinheiros de que precisava para cumprir as directivas comunitárias, adiando mais uma vez as obras prometidas. Etc, etc..
A civilidade, a qualidade de vida, o bem-estar, a saúde de uma cidade mede-se de muitas maneiras. Uma dela é esta: Crise voltou à União Zoófila. Uma cidade que assiste, todos anos, sazonalmente, ao abandono de cães e gatos pelos donos, por mil e uma desculpas de mau pagador; uma cidade em que uma das raras instituições - a União Zoófila - que se ocupam da recolha, tratamento, alojamento e encaminhamento desses animais se vê continuamente sem as quotas dos próprios associados, que tem que pagar água, gás e luz como se fosse uma entidade com fins lucrativos, e que vive do voluntarismo de alguns que não "quem de direito", é uma cidade atrasada. É isso que Lisboa é, por mais que se afirme o contrário.
PF
A civilidade, a qualidade de vida, o bem-estar, a saúde de uma cidade mede-se de muitas maneiras. Uma dela é esta: Crise voltou à União Zoófila. Uma cidade que assiste, todos anos, sazonalmente, ao abandono de cães e gatos pelos donos, por mil e uma desculpas de mau pagador; uma cidade em que uma das raras instituições - a União Zoófila - que se ocupam da recolha, tratamento, alojamento e encaminhamento desses animais se vê continuamente sem as quotas dos próprios associados, que tem que pagar água, gás e luz como se fosse uma entidade com fins lucrativos, e que vive do voluntarismo de alguns que não "quem de direito", é uma cidade atrasada. É isso que Lisboa é, por mais que se afirme o contrário.
PF
O Aqueduto continua em risco de mutilação
Portugal merece D.João V?
Sob o título de "Aqueduto quebrado - o 'último acto em Lisboa'", o "Público" de ontem faz referência mais uma vez ao que tem sido a novela "mutila, não mutila" o Aqueduto das Águas Livres, por causa da via-rápida, dita CRIL. De nada parecem servir os abaixo-assinados lançados em boa hora pelas Oficinas do Património e da Reabilitação Urbana. Havendo alternativas estudadas, mas recusadas, a conclusão que se tira deste caso é, mais uma vez, só uma: para quem de direito, o asfalto conta mais do que o património.
Como irá lidar o novo governo com este problema? Da mesma maneira de todos os outros até aqui?
PF
Sob o título de "Aqueduto quebrado - o 'último acto em Lisboa'", o "Público" de ontem faz referência mais uma vez ao que tem sido a novela "mutila, não mutila" o Aqueduto das Águas Livres, por causa da via-rápida, dita CRIL. De nada parecem servir os abaixo-assinados lançados em boa hora pelas Oficinas do Património e da Reabilitação Urbana. Havendo alternativas estudadas, mas recusadas, a conclusão que se tira deste caso é, mais uma vez, só uma: para quem de direito, o asfalto conta mais do que o património.
Como irá lidar o novo governo com este problema? Da mesma maneira de todos os outros até aqui?
PF
17/03/2005
Ainda o movimento pró-Cinema Europa
E a propósito das fotos que o movimento S.O.S. Cinema Europa apresentam, elas confirmam o que aqui deixei há tempos:
O actual Cinema Europa não tem qualidade para ser classificado pelo IPPAR.
O actual Cinema Europa nem tem características que o possam tornar "a" sala de cultura de Campo de Ourique.
O actual Europa há muito que deixou de ser o outro Europa.
O actual Europa mais não é do que uma sala de ensaios e estúdio de gravações.
Por isso, continuo sem perceber a razão de ser desta manifestação, quando ali ao lado existe o antigo Cinema Paris, que além de ser uma sala com muito maiores potencialidades; além de já estar protegido pelo IPPAR por se encontrar no perímtero da Basílica da Estrela; além de ter sido objecto formal de proposta de expropriação por parte da CML, em Junho de 2004; e além de ter um projecto de utilização cultural de grande nível, quer para a zona quer para o edifício; é um cinema que, apesar de ter sido esventrado e vandalizado durante mais de 20 anos, mantém a sua beleza original, o seu pé direito único e todas as características que, potencialmente, fazem dele "a" sala por excelência de toda essa zona, a começar por Campo de Ourique, mas que abrange também a Lapa e não só.
Por outro lado, continuo sem perceber como este movimento pelo Europa começa por defender a sua classificação pelo IPPAR, e depois afirma-se satisfeito por a CML anunciar um silo automóvel para lá, desde que deixe uma área para eventos culturais. Por favor, indiquem-me a lógica de tudo isto, que continuo a não entender.
Caso contrário, fico a pensar que tudo isto não passa de uma guerra política entre Juntas de cores diferentes, o que seria grave.
Paulo Ferrero
O actual Cinema Europa não tem qualidade para ser classificado pelo IPPAR.
O actual Cinema Europa nem tem características que o possam tornar "a" sala de cultura de Campo de Ourique.
O actual Europa há muito que deixou de ser o outro Europa.
O actual Europa mais não é do que uma sala de ensaios e estúdio de gravações.
Por isso, continuo sem perceber a razão de ser desta manifestação, quando ali ao lado existe o antigo Cinema Paris, que além de ser uma sala com muito maiores potencialidades; além de já estar protegido pelo IPPAR por se encontrar no perímtero da Basílica da Estrela; além de ter sido objecto formal de proposta de expropriação por parte da CML, em Junho de 2004; e além de ter um projecto de utilização cultural de grande nível, quer para a zona quer para o edifício; é um cinema que, apesar de ter sido esventrado e vandalizado durante mais de 20 anos, mantém a sua beleza original, o seu pé direito único e todas as características que, potencialmente, fazem dele "a" sala por excelência de toda essa zona, a começar por Campo de Ourique, mas que abrange também a Lapa e não só.
Por outro lado, continuo sem perceber como este movimento pelo Europa começa por defender a sua classificação pelo IPPAR, e depois afirma-se satisfeito por a CML anunciar um silo automóvel para lá, desde que deixe uma área para eventos culturais. Por favor, indiquem-me a lógica de tudo isto, que continuo a não entender.
Caso contrário, fico a pensar que tudo isto não passa de uma guerra política entre Juntas de cores diferentes, o que seria grave.
Paulo Ferrero
16/03/2005
Auto-silos, para quê?

Serão os silos automóveis a resposta para a falta de estacionamento dos moradores das zonas históricas?
E serão os silos e os parques subterrâneos apenas negócios (legítimos) de construção civil? Quem estaciona lá? Moradores ou visitantes? Estarão vazios?
A propósito do silo actualmente em construção para as Portas do Sol, de que damos conta no nosso site, do que já se construiu na Calçada do Combro (e para o qual a Srª Presidente da Junta de Santa Catarina apenas diz ter tomado conhecimento de que era um mamarracho inenarrável depois de já estar feito), e do que se projecta para o Mercado do Chão do Loureiro, aqui ficam as perguntas.
PF
Ainda sobre o debate de ontem,
aqui fica o balanço do "Diário de Notícias", sob o título de "'Dossier' Inglesinhos o tempo passa mas o filme repete-se" e pela pena justa da jornalista Maria João Pinto. Eis a totalidade do texto:
"Bens de valor patrimonial deixados ao abandono, promotores que se permitem apresentar projectos lesivos, legislação que oscila entre a omissão e a permissividade, cidadãos que não conseguem encontrar interlocutor nos organismos do Estado ou da administração local, vozes qualificadas a "clamar no deserto" há largos anos - como um filme que se repete, a anunciada conversão do Colégio dos Inglesinhos em condomínio fechado encontra paralelismos numa longa sucessão de casos idênticos.
No debate que, segunda-feira à noite, se realizou por iniciativa do Forum Cidadania Lisboa e do Centro Nacional de Cultura (CNC), Gonçalo Ribeiro Telles lembraria alguns desses casos - da destruição das quintas do Paço do Lumiar ao vale de Chelas - e aquela que considera ser a raiz deste quadro recorrente da estrutura natural à memória da cidade, "tudo se transformou numa 'área de oportunidade' porque tudo está à venda'". Perdas sucessivas "de que seremos responsabilizados", como referiu, por seu lado, o olisipógrafo José Luís de Matos, e cuja sistemática repetição "nos mostra como Portugal tem do património uma visão terceiro-mundista", na expressão de Matilde Sousa Franco.
Pela voz da directora municipal de Reabilitação Urbana, Mafalda Magalhães Barros, e de técnicos da Unidade de Projecto do Bairro Alto e Bica, a assistência que lotou a sala do CNC ficou a saber que, na sua primeira versão, o projecto da Amorim Imobiliária "esventrava por completo" o interior dos Inglesinhos. "Recusando ver-se no banco dos réus" pela luz verde que o empreendimento obteve da autarquia e do Ippar, os mesmos técnicos consideraram que, não fôra a sua "luta e duras reuniões com o promotor", o projecto não teria conhecido as "três ou quatro versões" que teve até hoje. "Movemos Céu e Terra para que o promotor o alterasse", referiu Helena Pinto Janeiro, historiadora daquele gabinete, "num movimento inédito no seio da Câmara de Lisboa, para que se salvaguardasse o máximo de elementos de valia patrimonial, e conseguimo-lo - o Colégio dos Inglesinhos não será destruído nem descaracterizado e o essencial será preservado".
As afirmações do Gabinete do Bairro Alto não chegam, no entanto, para apaziguar a apreensão dos moradores que têm contestado um projecto cuja finalidade já mudou várias vezes - de "clube residencial para idosos acamados" a "loteamento de luxo", guindado, mais recentemente, a "intervenção-modelo de recuperação de património", na linguagem promocional do mercado imobiliário. Para o cineasta José Fonseca e Costa, há razões para essa apreensão, seja pela "ausência de diálogo", seja pelos "pormenores inquietantes que a consulta do processo forneceu". Na mais nova versão do projecto, "os pontos mais agredidos serão os jardins e a ala virada à estreita Rua Nova do Loureiro", onde surgirá um novo corpo, servido pela abertura de vãos no muro de contenção atribuído a Carlos Mardel.
"O que verificamos", referiu o arquitecto Raul Hestnes Ferreira, "é que a intervenção aprovada nada tem a ver com as três únicas acções que se podia ter nos Inglesinhos - restauro, reabilitação, beneficiação". A interposição de uma providência cautelar, em apreciação em tribunal, não teve, até ao momento, efeitos práticos no terreno "A obra prossegue, sendo já vários os elementos demolidos".
O facto de "tudo isto ter sido aprovado sem consulta pública" constituiu, para a generalidade dos presentes, outro motivo de perplexidade, tanto mais que intervenções em zonas históricas requerem cuidado extremo. A necessidade de equipamentos que sirvam a comunidade seria, de resto, várias vezes sublinhada e apontada como a via mais adequada ao perfil do imóvel. A actriz Silvina Pereira lembraria, a propósito, aquele que poderia ter sido o uso mais condizente com os Inglesinhos o de extensão natural do Conservatório Nacional - há muito a braços com graves problemas de espaço -, caminho que "várias vezes foi tentado" sem sucesso."
PF
"Bens de valor patrimonial deixados ao abandono, promotores que se permitem apresentar projectos lesivos, legislação que oscila entre a omissão e a permissividade, cidadãos que não conseguem encontrar interlocutor nos organismos do Estado ou da administração local, vozes qualificadas a "clamar no deserto" há largos anos - como um filme que se repete, a anunciada conversão do Colégio dos Inglesinhos em condomínio fechado encontra paralelismos numa longa sucessão de casos idênticos.
No debate que, segunda-feira à noite, se realizou por iniciativa do Forum Cidadania Lisboa e do Centro Nacional de Cultura (CNC), Gonçalo Ribeiro Telles lembraria alguns desses casos - da destruição das quintas do Paço do Lumiar ao vale de Chelas - e aquela que considera ser a raiz deste quadro recorrente da estrutura natural à memória da cidade, "tudo se transformou numa 'área de oportunidade' porque tudo está à venda'". Perdas sucessivas "de que seremos responsabilizados", como referiu, por seu lado, o olisipógrafo José Luís de Matos, e cuja sistemática repetição "nos mostra como Portugal tem do património uma visão terceiro-mundista", na expressão de Matilde Sousa Franco.
Pela voz da directora municipal de Reabilitação Urbana, Mafalda Magalhães Barros, e de técnicos da Unidade de Projecto do Bairro Alto e Bica, a assistência que lotou a sala do CNC ficou a saber que, na sua primeira versão, o projecto da Amorim Imobiliária "esventrava por completo" o interior dos Inglesinhos. "Recusando ver-se no banco dos réus" pela luz verde que o empreendimento obteve da autarquia e do Ippar, os mesmos técnicos consideraram que, não fôra a sua "luta e duras reuniões com o promotor", o projecto não teria conhecido as "três ou quatro versões" que teve até hoje. "Movemos Céu e Terra para que o promotor o alterasse", referiu Helena Pinto Janeiro, historiadora daquele gabinete, "num movimento inédito no seio da Câmara de Lisboa, para que se salvaguardasse o máximo de elementos de valia patrimonial, e conseguimo-lo - o Colégio dos Inglesinhos não será destruído nem descaracterizado e o essencial será preservado".
As afirmações do Gabinete do Bairro Alto não chegam, no entanto, para apaziguar a apreensão dos moradores que têm contestado um projecto cuja finalidade já mudou várias vezes - de "clube residencial para idosos acamados" a "loteamento de luxo", guindado, mais recentemente, a "intervenção-modelo de recuperação de património", na linguagem promocional do mercado imobiliário. Para o cineasta José Fonseca e Costa, há razões para essa apreensão, seja pela "ausência de diálogo", seja pelos "pormenores inquietantes que a consulta do processo forneceu". Na mais nova versão do projecto, "os pontos mais agredidos serão os jardins e a ala virada à estreita Rua Nova do Loureiro", onde surgirá um novo corpo, servido pela abertura de vãos no muro de contenção atribuído a Carlos Mardel.
"O que verificamos", referiu o arquitecto Raul Hestnes Ferreira, "é que a intervenção aprovada nada tem a ver com as três únicas acções que se podia ter nos Inglesinhos - restauro, reabilitação, beneficiação". A interposição de uma providência cautelar, em apreciação em tribunal, não teve, até ao momento, efeitos práticos no terreno "A obra prossegue, sendo já vários os elementos demolidos".
O facto de "tudo isto ter sido aprovado sem consulta pública" constituiu, para a generalidade dos presentes, outro motivo de perplexidade, tanto mais que intervenções em zonas históricas requerem cuidado extremo. A necessidade de equipamentos que sirvam a comunidade seria, de resto, várias vezes sublinhada e apontada como a via mais adequada ao perfil do imóvel. A actriz Silvina Pereira lembraria, a propósito, aquele que poderia ter sido o uso mais condizente com os Inglesinhos o de extensão natural do Conservatório Nacional - há muito a braços com graves problemas de espaço -, caminho que "várias vezes foi tentado" sem sucesso."
PF
15/03/2005
Debate sobre o Convento dos Inglesinhos: balanço
1. A Direcção de Reabilitação Urbana da CML e a Unidade de Projecto do Bairro Alto recusam-se a ser considerados réus neste caso do Convento dos Inglesinhos.
Observações:
1.1 Auto-considerar-se como réu de qualquer coisa é sinal de pêso na consciência.
1. 2. Agradece-se o esforço imenso ("gigantesco", como gostava de dizer o ex-edil da outra vereação) que a CML e a referida unidade de projecto fizeram/façam pelo Convento dos Inglesinhos. Só que esse esforço não chega, é curto. Exige-se mais.
Exige-se que o pouco património de Lisboa seja recuperado, como se faz lá fora, onde qualquer cidade de província de Espanha, França ou Itália, por exemplo, tem os seus, "conventos dos inglesinhos" aproveitados das mais variadas formas, e abertos ao público, mas tudo menos reconvertidos em condomínio fechado, sobretudo numa zona, o Bairro Alto, que tem uma taxa de habitante por hectare muito superior à média lisboeta, e onde faltam espaços verdes e equipamentos culturais. Exige-se aos nossos representantes, e a quem cabe zelar pelo nosso património, que abram os olhos quando vão lá fora, e não se limitem a angariar investidores imobiliários. Já chega de construção civil!
2. A Srª Presidente da Junta de Santa Catarina acha que o silo da Calçada do Combro é um caso mais polémico e importante do que o do Convento dos Inglesinhos.
Observações:
2.1 É triste que esta seja a opinião da Srª Presidente da Junta.
2.2 É sintomático que a Srª Presidente da Junta já tenha deixado cair o argumento pró-projecto de condomínio de que "aquilo sempre foi um espaço fechado".
3. A Unidade de Projecto do Bairro Alto considera estranho que os cidadãos só falem do Convento dos Inglesinhos quando há mais casos para defender, a começar pelo Convento de Arroios.
Observações:
3.1 O Forum Cidadania Lisboa foi criado recentemente e no seguimento dos vários movimentos de protesto que têm vindo a público, aqui e ali.
Sejamos claros: os cidadãos estão fartos da incompetência generalizada. Estão fartos do "laissez-faire, laissez-passer". Estão fartos de ser "tratados nas palminhas" em hora de eleições e depois serem votados ao desprezo. Estão fartos de verem o património a desaparecer todos os dias. Estão fartos de andar no "pára-arranca" todos os dias. Estão fartos de ver os cafés desaparecerem, o comércio tradicional falir, e por aí adiante.
3.2 O Forum Cidadania Lisboa abraçou esta causa dos Inglesinhos por se tratar de um assunto que se afigura como "case study" em termos do que não deve ser a abordagem de um promotor, daquilo que não deve ser a resposta de quem de direito, e daquilo que deve ser a intervenção cívica (atrasada ou não, pouco importa, pois mais vale tarde que nunca).
3.3 Estamos de acordo erm que há muitos mais casos de património ao abandono, em risco, etc. (a começar, por exemplo, por outro convento de que já ninguém fala: o Convento da Graça) e por que vale a pena lutar.
A breve trecho o Forum Cidadania Lisboa irá ocupar-se deles, assim o permitam a disponibilidade dos cidadãos (todos eles envolvidos de forma gratuita, e sem qualquer preocupação que não seja Lisboa) e o alcance da sua voz (que vive basicamente desse instrumento poderosíssimo que é a Net).
3.4 No caso do Convento de Arroios, seria bom que os moradores daquela zona se mobilizassem, mormente se o empenho de quem de direito tiver sido/seja/for igual ao havido em relação aos Inglesinhos.
De qualquer forma, graças à receptividade que o Forum Cidadania Lisboa tem tido junto da imprensa (obrigado a todos!), é natural que aqueles que lidam mais de perto com aquilo que se passa com esse convento de Arroios, se juntem a nós, já que a informação que temos sobre esse caso é quase nula.
4. É caricato como o Plano Director Municipal (o que já foi, o que ainda é e o que há-de ser) continua a servir de desculpa e de escudo para as mais variadas barbaridades.
PF
Observações:
1.1 Auto-considerar-se como réu de qualquer coisa é sinal de pêso na consciência.
1. 2. Agradece-se o esforço imenso ("gigantesco", como gostava de dizer o ex-edil da outra vereação) que a CML e a referida unidade de projecto fizeram/façam pelo Convento dos Inglesinhos. Só que esse esforço não chega, é curto. Exige-se mais.
Exige-se que o pouco património de Lisboa seja recuperado, como se faz lá fora, onde qualquer cidade de província de Espanha, França ou Itália, por exemplo, tem os seus, "conventos dos inglesinhos" aproveitados das mais variadas formas, e abertos ao público, mas tudo menos reconvertidos em condomínio fechado, sobretudo numa zona, o Bairro Alto, que tem uma taxa de habitante por hectare muito superior à média lisboeta, e onde faltam espaços verdes e equipamentos culturais. Exige-se aos nossos representantes, e a quem cabe zelar pelo nosso património, que abram os olhos quando vão lá fora, e não se limitem a angariar investidores imobiliários. Já chega de construção civil!
2. A Srª Presidente da Junta de Santa Catarina acha que o silo da Calçada do Combro é um caso mais polémico e importante do que o do Convento dos Inglesinhos.
Observações:
2.1 É triste que esta seja a opinião da Srª Presidente da Junta.
2.2 É sintomático que a Srª Presidente da Junta já tenha deixado cair o argumento pró-projecto de condomínio de que "aquilo sempre foi um espaço fechado".
3. A Unidade de Projecto do Bairro Alto considera estranho que os cidadãos só falem do Convento dos Inglesinhos quando há mais casos para defender, a começar pelo Convento de Arroios.
Observações:
3.1 O Forum Cidadania Lisboa foi criado recentemente e no seguimento dos vários movimentos de protesto que têm vindo a público, aqui e ali.
Sejamos claros: os cidadãos estão fartos da incompetência generalizada. Estão fartos do "laissez-faire, laissez-passer". Estão fartos de ser "tratados nas palminhas" em hora de eleições e depois serem votados ao desprezo. Estão fartos de verem o património a desaparecer todos os dias. Estão fartos de andar no "pára-arranca" todos os dias. Estão fartos de ver os cafés desaparecerem, o comércio tradicional falir, e por aí adiante.
3.2 O Forum Cidadania Lisboa abraçou esta causa dos Inglesinhos por se tratar de um assunto que se afigura como "case study" em termos do que não deve ser a abordagem de um promotor, daquilo que não deve ser a resposta de quem de direito, e daquilo que deve ser a intervenção cívica (atrasada ou não, pouco importa, pois mais vale tarde que nunca).
3.3 Estamos de acordo erm que há muitos mais casos de património ao abandono, em risco, etc. (a começar, por exemplo, por outro convento de que já ninguém fala: o Convento da Graça) e por que vale a pena lutar.
A breve trecho o Forum Cidadania Lisboa irá ocupar-se deles, assim o permitam a disponibilidade dos cidadãos (todos eles envolvidos de forma gratuita, e sem qualquer preocupação que não seja Lisboa) e o alcance da sua voz (que vive basicamente desse instrumento poderosíssimo que é a Net).
3.4 No caso do Convento de Arroios, seria bom que os moradores daquela zona se mobilizassem, mormente se o empenho de quem de direito tiver sido/seja/for igual ao havido em relação aos Inglesinhos.
De qualquer forma, graças à receptividade que o Forum Cidadania Lisboa tem tido junto da imprensa (obrigado a todos!), é natural que aqueles que lidam mais de perto com aquilo que se passa com esse convento de Arroios, se juntem a nós, já que a informação que temos sobre esse caso é quase nula.
4. É caricato como o Plano Director Municipal (o que já foi, o que ainda é e o que há-de ser) continua a servir de desculpa e de escudo para as mais variadas barbaridades.
PF
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