18/12/2018
Participação online - Uma Praça em cada Bairro
Enquanto isso, por detrás da Rua da Imprensa, chalet está a ser deitado abaixo!
17/12/2018
Eventual destruição do troço Aqueduto Águas Livres/ Arco de S. Mamede/Travessa do Noronha - Pedido de esclarecimentos à CML e DGPC
Dr. Fernando Medina,
Exma. Senhora Directora-Geral
Arq. Paula Silva
C.c. EPAL, AML, JF, Vereador do Urbanismo, ICOMOS e media
No seguimento da obra de construção nova a decorrer na Travessa do Noronha, nº 21, junto ao troço do Aqueduto das Águas Livres ali existente que cruza a Rua do Arco a São Mamede, parte integrante do conjunto classificado de Monumento Nacional, e após visita ao local, constatou-se a efectiva destruição parcial do que pensamos ser o referido troço (local assinalado na fotografia em anexo).
Caso se confirme ser a demolição ocorrida a destruição do referido troço do Aqueduto, serve o presente para solicitar os esclarecimentos dos serviços da CML e da DGPC sobre a autorização e fiscalização da obra em curso, bem como as medidas punitivas que advirão desta situação e como se processará a reconstrução do troço agora destruído do nosso Monumento Nacional.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, José Morais Arnaud, Luís Rêgo, Rui Pedro Barbosa, Rui Pedro Martins, Virgílio Marques, Henrique Chaves, Ana Celeste Glória, Jorge Pinto, Helena Espvall, Filipe Teixeira, Fernando Jorge, Fernando Silva Grade, Fátima Castanheira, Luís Mascarenhas Gaivão
13/12/2018
E a antiga Escola Froebel (Jardim da Estrela), pá?
Façam qualquer coisa de útil daquilo, caramba! Pérolas a porcos!
(fotos de 2001, 1ª, 2002, 2ª, 1999, 3ª)
12/12/2018
Obra Edif. Rua do Zaire, 20 - Ampliação em colisão com PDM - Machadada no Bairro das Colónias
Arq. Manuel Salgado
CC. PCML, AML, DGPC, JF e media
Constatámos a colocação de andaimes no edifício da Rua do Zaire, nº 20, para prossecução de ampliação do mesmo, tendo tal licenciamento sido aprovado pela CML em 7 de Setembro de 2018.
Considerando que este prédio foi objecto de obras de conservação muito recentemente;
Considerando que este prédio faz parte do Bairro das Colónias, conjunto protegido pela Carta do Património do PDM em vigor;
Considerando que este mesmo bairro, pela sua importância e carácter únicos para a cidade, foi referido oportunamente por V. Exa. como sendo passível de classificação de Interesse Municipal;
Considerando, finalmente, o parecer veemente desfavorável do Núcleo Residente da Estrutura Consultiva do PDM relativo à referida ampliação;
Solicitamos que nos esclareça como é possível os serviços que V. Exa. tutela terem aprovado a ampliação do referido edifício, descaracterizando-o, descaracterizando o quarteirão e abrindo assim um sério precedente que porá inevitavelmente em risco a existência do Bairro das Colónias como conjunto genuíno e a preservar do nosso património Déco e Modernista.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Serpa, Júlio Amorim, Pedro Cassiano Neves, Pedro Ribeiro, Virgílio Marques, Fernando Jorge, Fátima Castanheira, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Miguel Jorge, Irene Santos
Lisboa, 3 de Outubro de 2018
...
Resposta da CML (chegada ontem dia 11.12.2018)
Livraria Fumaça - pedido de esclarecimentos à CML
Arq. Manuel Salgado
C.C. PCML, AML e media
No seguimento de notícia publicada no jornal online O Corvo (http://ocorvo.pt/livraria-fumaca-um-alfarrabista-a-esvanecer-as-portas-da-praca-da-alegria/) dando conta do estado deplorável em que se encontra a funcionar o alfarrábio Abreu Fumaça, no pátio nº1 da Rua da Alegria, nº 12;
E considerando que o edifício em questão está abrangido pelo Plano de Pormenor do Parque Mayer, plano em vigor, conforme ficha de caracterização em anexo;
Vimos por este meio solicitar o esclarecimento de V. Exa. sobre quais as medidas de facto que a Câmara Municipal de Lisboa pretende desenvolver a fim de corrigir esta chaga urbanística na cidade histórica e verdadeira vergonha para quem vive e visita a cidade, de modo a:
* fazer cumprir a regulamentação em vigor no que toca à necessidade de obras periódicas de conservação do edificado habitado, ou;
* implementar o pré-estabelecido aquando da publicação do Plano de Pormenor do Parque Mayer (demolição do edifício actual, com construção nova ampliada em mais 2 pisos), ao abrigo do qual, aliás, já se desenvolveram várias obras de alterações e novas construções em edifícios na mesma área, e;
* providenciar a continuidade do alfarrábio referido, em espaço alternativo e até se concretizar a reconstrução do edifício da Rua da Alegria, nº 12, em espaço propriedade da CML ou da Junta de Freguesia de Santo António e nas imediações da actual localização.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Luís Serpa, Virgílio Marques, Fernando Silva Grade, Rui Martins, Pedro Janarra, Miguel Jorge, Maria do Rosário Reiche, Fátima Castanheira, Luís Mascarenhas Gaivão, Júlio Amorim
Lisboa, 5 de Abril de 2018
...
Resposta da CML (recebida ontem 11.12.2018)
11/12/2018
Proposta Terraços do Monte vai ser votada dia 13 - Pedido de indeferimento ao PCML
Dr. Fernando Medina
C.c. AML, Ver MS, JF e media
No seguimento do agendamento para a Reunião Privada da CML do próximo dia 13, da discussão da mais recente versão do projecto intitulado "Terraços do Monte", da autoria do atelier ARX e do promotor Claude Berda ("Vanguard Properties"), no lote vago imediatamente ao lado do "Via Graça" (celebérrimo edifício mas pelas piores razões urbanísticas), na Rua Damasceno Monteiro/Escadinhas do Monte, nºs 11-13;
E considerando que:
1. Estamos perante um terreno que, ao que se sabe, foi objecto de expropriação a privados, nos anos 80, pelo executivo então presidido pelo eng. Krus Abecassis, com fins de utilidade pública;
2. O mesmo terreno terá sido posteriormente cedido à EPUL, a qual anunciou inclusivamente a construção de um silo automóvel no local;
3. O terreno foi objecto de hasta pública, tendo sido adquirido pela firma francesa acima referida;
4. O projecto em apreço envolve também um lote do domínio público;
5. O projecto em apreço representa uma carga excessiva de betão numa colina relativamente frágil (vide o sucedido na mesma rua, por baixo do condomínio "Vila da Graça");
6. Existe uma disparidade entre as projecções virtuais existentes nos sites do atelier e do promotor (ex. fotos em anexo, em que numas aparece o novo empreendimento como sendo 4 prédios e noutras 3, e próprio número de pisos varia consoante os casos);
7. Das projecções virtuais referidas, vê-se claramente o impacto negativo que se passará a ter desde o vale do Martim Moniz mas também desde a Colina de Santana;
8. Das projecções virtuais referidas não se vislumbra qualquer projecção feita a partir do Miradouro de Nossa Senhora do Monte, o que nos parece grave;
9. Observada a vista no local, desde este miradouro, facilmente se imagina que a vista para o Martim Moniz será irremediavelmente afectada;
Somos a solicitar a V. Exa., Senhor Presidente, que indefira o respectivo projecto, e considere a instauração de uma sindicância de facto aos serviços do Urbanismo, para que doravante se eximam de propor superiormente homologações como a presente ou como outras que vão sendo do conhecimento público.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche, Virgílio Marques, Miguel Atanásio Carvalho, Júlio Amorim, Helena Espvall, Pedro Ribeiro, Jorge D. Lopes, André Santos, Inês Beleza Barreiros, Inês Santos, Pedro Machado, Nuno Caiado, Fernando Silva Grade, Bruno Palma, Jorge Lima, José Maria Amador
10/12/2018
Palacete Alves Machado é Monumento de Interesse Público!
Obrigado, Filipe e Bárbara Lopes, e Miguel Leal!
Foto: Público
Entretanto, continua a pouca vergonha na Av. Praia da Vitória...
Via HO
Entretanto, a Vila Rosário
Fotos actuais de Paulo Torres, e antigas de Rui Pedro Martins
08/12/2018
Empreendimento Andaluz 38 - Envio de sugestões ao promotor
C.C. AML, VMS, JF e media
Exmos. Senhores
Constatámos a v/reabilitação em curso na Rua do Andaluz (www.andaluz38.pt), e apresentamos os nossos parabéns, pois trata-se de uma rua injustamente esquecida.
Aproveitamos por isso a ocasião para sugerir a V. Exas. para que introduzam algumas alterações de pormenor no v/projecto a nível do edifício “azul” do nº 30, de modo a que a nova fachada se insira na perfeição na frente de quarteirão, e deixe de ser a dissonância que hoje é naquele arruamento, através da introdução de cantaria nas janelas, parapeitos e guardas em ferro forjado. Também a porta principal, sugerimos a colocação da mesma em madeira.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, João Ribeiro, Filipe Teixeira, Miguel de Sepúlveda Velloso, Helena Espvall, Rui Pedro Martins, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Jorge Lima
07/12/2018
Escola Teixeira de Pascoais (Bairro das Estacas) - Pedido de esclarecimentos à CML
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Vereador
Dr. Manuel Grilo
Cc. AML, JF e media
Solicitamos a melhor atenção de V. Exas. para o estado de coisas na Escola Teixeira de Pascoais, situada no Bairro das Estacas, e para a necessidade urgente de a Câmara Municipal de Lisboa resolver de vez a situação penosa por que passam os alunos e o corpo docente da mesma, ao terem de a frequentar no meio de um estaleiro de obras!
Assistir-se à ultrapassagem de todos os prazos inicialmente previstos para a realização das tão aguardadas obras de beneficiação de que a escola padecia, sem que nada aconteça relativamente a quem incumpriu e prevaricou;
Assistir-se à educação de crianças em contentores;
É revoltante e indigno não só do legado do ilustre escritor que dá nome a esta escola, como de uma cidade do século XXI, inadmissível e mesmo caricato, se pensarmos que, ao mesmo tempo em que se assiste a esta situação, são organizados eventos tecnológicos e turísticos no sentido de promover, e bem, a nossa capital no estrangeiro.
Nesse sentido, solicitamos a V. Exas. que nos esclareçam sobre:
- Como estão a ser salvaguardados o bem-estar, a segurança e o interesse das crianças que frequentam diariamente o espaço?
- Qual a data precisa em que a Escola Teixeira de Pascoais voltará a ser uma escola do 1º Mundo?
Com os melhores cumprimentos
Pedro Henrique Aparício, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Pedro Barbosa, Júlio Amorim, Rui Martins, Paulo Lopes, Jorge Pinto, Inês Beleza Barreiros, Miguel de Sepúlveda Velloso, António Araújo, Fátima Castanheira
Lisboa, 13 de Novembro de 2018
...
Resposta do Sr. Vereador da CML:
7 de Dezembro
14:11 (Há 9 minutos)
Exmos. Srs.,
Encarrega-me o Sr. Vereador Manuel Grilo de informar que:
- O contrato da obra de Beneficiação Geral e Espaços Exteriores foi objeto de resolução sancionatória por incumprimento grave pelo empreiteiro das regras de segurança em obra.
- Com a interrupção da obra, tornou-se necessário proceder ao levantamento dos trabalhos realizados e por realizar, bem como dos trabalhos deficientemente executados, para efeitos de preparação de novo processo de contratação da empreitada, trabalho que se prevê venha a estar concluído no último trimestre de 2018.
- Em setembro, antes do início do ano letivo 2018/2019, a ex DMPO/DPCE/DCE através de empreitada procedeu à execução dos seguintes trabalhos de melhoria das condições do recreio e outros na zona de obra:
1 - Recolocação e reparação dos tapumes da obra na zona do Jardim de Infância, de modo a que todos os utentes, independente da faixa etária, possam ter acesso ao equipamento infantil;
2 - Recolocação dos tapumes na zona do equipamento infantil do 1.º ciclo, de modo a permitir o aumento da área de logradouro;
3 - Reparação do pavimento na zona do tapume;
4 - Remoção das pedras da calçada;
5 - Reparação do tapume interior na zona do corredor da escola (antiga zona do refeitório);
6 - Limpeza geral do espaço do recreio, zona dos monoblocos, incluindo os sumidouros;
7 - Limpeza da cobertura do monobloco refeitório.
Para os próximos meses, a Equipa Projeto para a Transição dos Programas de Equipamentos Educativos (EPTPEE) está a ser elaborar uma intervenção para melhorar as condições do espaço envolvente da escola, nomeadamente na zona do estaleiro.
Com os melhores cumprimentos,
Rita Gorgulho
Assessora
Gabinete do Vereador Manuel Grilo
Pelouro da Educação e Direitos Sociais
Câmara Municipal de Lisboa
06/12/2018
O silêncio do patriarca
O Sítio da Estrela
É uma realidade em Lisboa a existência de um grande número de conventos que, com a sua igreja e "Cerca" adjacentes constituem verdadeiros núcleos históricos que devem ser preservados para a posteridade. As "Cercas" eram espaços murados, que proviam o sustento e o recreio dos religiosos e religiosas que viviam nos conventos, ao mesmo tempo que permitiam um certo recolhimento e afastamento do bulício da vida exterior. Hoje, as "Cercas" representam verdadeiros núcleos verdes, espaços que contribuem para uma boa qualidade de vida na cidade. Está neste caso, o convento do Sagrado Coração de Jesus da Estrela, adjacente à Basílica, que era um convento feminino e pertencia à Ordem dos Carmelitas Descalços.
A Basílica da Estrela, em Lisboa, obra a cargo do arquitecto Reinaldo Manuel dos Santos, nasceu da devoção de D. Maria I ao culto do Sagrado Coração de Jesus, ao qual fez um voto de lhe erguer uma igreja e convento para as religiosas da Regra de Santa Teresa, pedindo o nascimento de um filho varão, o que aconteceu em 1761. Em 15 de Novembro de 1789, realizou-se a sagração da Basílica com o título de Sagrado Coração de Jesus.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.O convento foi extinto em 29 de Abril de 1885, por morte da última religiosa.
O Hospital Militar Principal, sediado desde 1837 no antigo convento da Estrelinha, frente à Basílica da Estrela, expandiu as suas instalações ocupando parte da "Cerca" do Convento do Santíssimo Coração de Jesus, com construções de ambos os lados da Avenida Infante Santo, artéria que respondendo à necessidade de expansão da cidade de Lisboa, começou a ser construída em 1949 e atravessou a "Cerca" do convento, dividindo-a ao meio.
O Futuro:
Com o fim da actividade do Hospital Militar Principal na Estrela, os edifícios e anexos situados do lado Nascente e Poente da "Cerca" do Convento do Sagrado Coração de Jesus, ficaram desocupados.
Mantendo as tradições e o espírito que transformou a "Cerca" do Convento em instalações hospitalares, e aproveitando as construções existentes na ala Poente da "Cerca", a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa comprou ao Ministério da Defesa o espaço ocupado pelo Hospital Militar Principal para aí instalar uma Unidade de Saúde de Cuidados Continuados Integrados, cujas obras estão neste momento em execução.
Do lado Nascente, junto à Basílica da Estrela encontra-se o Edifício do Convento, onde, perpetuando a memória da presença da Saúde Militar na Praça da Estrela, seria importante e adequado instalar o Museu da Saúde Militar, envolvido por uma vasta área verde.
Considerando que o Convento do Sagrado Coração de Jesus pertence ao Estado Português sob a administração da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças e que ao Estado compete a valorização do património a seu cargo e que é de todos nós, e sabendo a grande pressão imobiliária sobre aquele espaço, consideramos, contudo que o solo da cidade de Lisboa não deve ser um banco de terrenos aberto à especulação imobiliária, mas antes que o interesse colectivo se possa sobrepor ao dos interesses particulares. Assim, preconizamos a instalação do Museu da Saúde Militar no Convento do Sagrado Coração de Jesus da Estrela presentemente devoluto, com aproveitamento ou demolição dos edifícios e anexos entretanto construídos pelo Hospital Militar Principal e actualmente desocupados
João Pinto Soares
05/12/2018
Petição Pública - Em defesa do Miradouro da Senhora do Monte - JÁ SÓ FALTAM 50 assinaturas para ir à AR - Por favor assine e divulgue!
ASSINE E DIVULGUE, S.F.F., É URGENTE!
03/12/2018
Rua da Lapa, 73 - Obras sem Aviso - Obras ilegais - pedido de esclarecimentos à CML (corrigido)
Vereador Manuel Salgado
C.C. PCML, AML, JF e media
Constatámos que decorrem obras profundas nos interiores e a tardoz do imponente edifício modernista sito na Rua da Lapa, nº 73 (na imagem), sem que esteja colocado exteriormente o respectivo Aviso nem qualquer outra informação acerca da obra em curso.
Com efeito, são visíveis desde a rua a abertura de vãos no interior e a existência de novas paredes em tijolo, sendo que a tardoz está ainda a ser reformulada a marquise pré-existente no último piso, que era ilegal e que por isso mesmo deveria ser removida, e não "legalizada".
Pelo exposto, e porque este edifício da autoria do arq. Tertuliano de Lacerda Marques é um dos edifícios mais notáveis da Lapa e com um interior ricamente decorado, solicitamos a V. Exa. que nos esclareça quanto ao licenciamento desta obra e qual o projecto em causa, e ainda, caso se verifique a sua manifesta ilegalidade, dê indicações aos serviços para procederem ao respectivo auto de embargo e à reposição do que já foi alterado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Rui Pedro Martins, Pedro Manuel Guimarães de Sousa, Helena Espvall, Jorge Pinto, Alexandre Marques da Cruz, Fernando Silva Grade, João Leonardo, Fátima Castanheira, Nuno Caiado
...
N.B. (5.12.2018): Aviso já colocado e, claro, logradouro para construção (fotos de Pinto Soares):
01/12/2018
30/11/2018
Remate do Palácio Nacional da Ajuda - Obras paradas - Pedido de esclarecimentos à DGPC, CML e ATL
Dr. Fernando Medina
Exma. Senhora Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva
Exmo. Senhor Director-Executivo da ATL
Dr. Vítor Costa
C.C. AML, JF e media
Constatando que as obras para o chamado "remate" do Palácio Nacional da Ajuda estão neste momento paradas, sem que haja ou tenha havido qualquer declaração pública que esclareça esse impasse;
Considerando que os prazos devem ser rigorosamente cumpridos, caso contrário o orçamento previsto poderá ser largamente ultrapassado, com tudo o que isso implica para o erário público;
Considerando que o Jardim das Damas apesar de ter sido objecto de obras de restauro recentemente, e de estar sob "manutenção" dos jardineiros da CML, mais parece continuar ao abandono, pelo que a soma envolvida na sua recuperação (cujo protocolo DGPC-CML demorou anos a ser produzido e cumprido) terá sido integralmente perdida, continuando a tardar a tão prometida abertura ao público em regime de permanência;
Constatando a existência de buracos enormes no complexo do Palácio, que enchem de água sempre que chove, e que há partes do referido palácio, de grande importância (ex. Torreão Sul), que não foram tidas em consideração para serem resgatadas do abandono, onde se verifica, nomeadamente, falta de manutenção em muitas janelas, e em que muitos serviços são desalojados pela proximidade à obra, pátios interiores se encontram na miséria pela entrada de pós e escombros decorrentes da obra, etc.;
Assim e tendo em conta os princípios da transparência que devem reger a Administração Pública, nomeadamente a boa gestão dos fundos afectados, pedimos à DGPC, CML e ATL que:
- divulguem os termos do acordo tripartido CML-DGPC-ATL que possibilitou a viabilização do projecto em curso,
- indiquem qual ou quais as estruturas respectivas responsáveis pela malograda intervenção no Jardim das Damas,
- informem sobre quais os procedimentos administrativos que implicam a paragem das obras do remate do Palácio Nacional da Ajuda,
- tornem público o calendário para a evolução e conclusão das diferentes fases dos trabalhos, (estrutural, arquitectura, museologia),
- informem a razão da opção de escolha do projecto arquitetónico para finalização do Palácio em curso, tal como os gastos do erário público inerentes a essa escolha, uma vez que em 1990, na Universidade de Roma ‘La Sapienza’, o arquitecto Gabriel Palma Dias, na altura assistente na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, com bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e da FCT, defendeu uma tese de doutoramento cujo trabalho original era a conclusão do Palácio da Ajuda. O trabalho, seguido pelos maiores arquitectos italianos, obteve a classificação máxima por unanimidade do júri. O projecto poderia ter sido utilizado também ele a custo zero para o Estado português e com uma qualidade criativa e de conservação da traça original do edifício que no projecto actual manifestamente não se verifica,
- se decidam em conjunto por um plano global para o Palácio Nacional da Ajuda, incluindo a abertura ao público permanente da Sala dos Serenins, a recuperação integral da Torre do Galo e, em conjunto com a Junta de Freguesia, desenvolvam, eventualmente ao abrigo do Programa Uma Praça em Cada Bairro, um projecto de paisagismo digno para o terreiro em volta daquela Torre.
Melhores cumprimentos
Miguel de Sepúlveda Velloso, Henrique Chaves, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Mascarenhas Gaivão, Luís Raposo, Rui Pedro Martins, Ana Celeste Glória, Bruno Rocha Ferreira, Maria do Rosário Reiche, Fernando Silva Grade, Jorge Pinto, Júlio Amorim, José Maria Amador, Fátima Castanheira