02/11/2008

O curto ciclo de vida da iluminação pública na Praça do Comércio




A falta de manutenção dos focos de iluminação encastrados no pavimento da Praça do Comércio é chocante. Este tipo de iluminação pública foi especialmente desenhada nas últimas obras de remodelação. O projecto de iluminação foi assinado por um dos melhores profissionais do país (Maria João Pinto Coelho) mas como é hábito, a nossa crónica falta de manutenção levou a isto...
Um grande número destes focos encastrados não está a funcionar. Estas imagens mostram a extrema degradação de alguns exemplares. Há vários anos que estão assim. E apesar da iniciativa municipal «Aos Domingos o Terreiro do Paço é das Pessoas» já ter celebrado o seu primeiro aniversário, ninguém ainda se preocupou (ou reparou) em repôr estes equipamentos.

Merece destaque o foco na esquina da Praça do Comércio com a Rua da Prata (junto do Café Martinho da Arcada). Depois de se ter partido, foi tapado (pela CML? Junta de Freguesia?) com uma tampa de metal feita apartir de um velho sinal vertical de trânsito (de uma passadeira!). Está assim há vários anos. Na Praça do Comércio, a poucos metros dos Paços do Conselho.

Mas não são apenas os focos dos pavimentos que já não funcionam; só na balaustrada dos edifícios da Praça do Comércio há mais de 50 sem luz. Os grupos escultóricos nos torreões, estão na mesma miséria.

A CML já foi alertada para este problema.

Fotos: o curto ciclo de vida de um foco na Praça do Comércio: 1-normal; 2-destruído; 3-«agora só na próxima mega-empreitada de remodelação da praça!»

3 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com a vasta maioria das denúncias deste site, mas não é este o caso. Os focos encastrados no pavimento, uma dispendiosa "moda" dos últimos anos,além de serem menos eficazes, perturbam a visão dos transeuntes e até um perigoso encadeamento em pessoas de idade. Com esses focos iluminam-se edifícios para serem vistos dos assentos dos automóveis, desprezando-se o peão, e no caso das zonas históricas, o turista cultural que nos visita.São uma praga desumanizante, perturbando o transeunte: Terreiro do Paço, Rossio, Est. Rossio, até no Palácio de Belém. Por outro lado, os focos colocados nas balaustradas também se revelaram outro desastre: o seu "desenho" modifica a imagem das fachadas e impede a leitura/compreensão da arquitectura. E além disso é extremamente ineficaz quando comparada com os clássicos holofotes colocados discretamente em postes. Esses edifícios ficam na penumbra e é hojea situação deboa parte dos principais monumentos de Lisboa, às escuras: Castelo S. Jorge, Terreiro Paço, Aqueduto.

Anónimo disse...

dos "Paços do Conselho" ou dos "Paços do Concelho"?
Distrações!

Anónimo disse...

"O projecto de iluminação foi assinado por um dos melhores profissionais do país (Maria João Pinto Coelho)"
Se a Sra. Maria Coelhoé a melhor profissional do país ou não, não sei, suspeito que será mais uma das piores. Este tipo de iluminação muito na moda, como já foi dito pelo Sr. Albuquerque, e bem, é um desperdício de energia, é poluição luminosa (não sei se já ouviu falar deste conceito) e é desagradável é perigosa para o transeunte.
Talvez a Sra. Maria e outros especialistas em iluminação que por aí andam se devessem dedicar a outro ofício, que pelo menos não prejudicasse as pessoas que lhes pagam o salário.

Dito isto, não posso deixar de dizer que apesar de não concordar com o tipo de iluminação escolhido, é péssimo por todas as razões e mais alguma, que se deixe o equipamento chegar aquele estado de degradação.