24/07/2009

Alcântara, o Porto de Lisboa e os outros

Esperemos que, uma vez passada a tempestade sobre esta aberrante ideia de se ampliar o TCA, o próximo Governo proceda a um estudo profundo, comparativo e exaustivo - incluindo todas as variáveis - do que fazer com a área de Alcântara; começando por saber se Lisboa precisa - ou pode receber, o que é diferente - um terminal de contentores post-Panamax competitivo - recordo que os grandes terminais com os quais a nossa cidade concorreria têm capacidade para 3, 4, 5 milhões de TEUs.

E que obras como esta, com um impacto na cidade (e no país) que a vai condicionar para sempre deixem de ser decididas em função dos interesses das empresas dos amigos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Esclarecimento sobre uma notícia do Diário de Notícias relativa ao Terminal de Contentores de Alcântara

in www.moptc.gov.pt

vale a pena ler

12:46 PM

Anónimo disse...

Almada, 31 Jul (Lusa) - Os presidentes da assembleia municipal e câmara municipal rejeitam a possibilidade de que a freguesia da Trafaria seja uma alternativa à expansão do porto de Lisboa, alegando "manter o eixo Trafaria-Costa da Caparica para actividades turísticas".



A posição tomada pelos presidentes dos órgãos executivo e deliberativo surge no seguimento da alteração (ainda em curso) do Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa - PROT/AML, onde consta: "manter como reserva a possibilidade de aproveitar a Trafaria como alternativa à expansão do Porto de Lisboa" para período posterior à "expansão prevista do terminal de Alcântara".



Factor que segundo os responsáveis autárquicos "inviabiliza drasticamente a estratégia de desenvolvimento municipal da Trafaria aprovada pela câmara quer pela Assembleia Municipal de Almada e consensualizada com os Agentes de Desenvolvimento Locais, e Cidadãos da Freguesia".



Neste contexto os dois presidentes enviaram uma carta dirigida ao presidente da CCDR-LVT onde reclamam que "seja retirada a reserva territorial da Trafaria para o terminal de contentores da Administração do Porto de Lisboa (APL)", como consta no documento.



Na carta dirigida a Fonseca Ferreira um dos motivos para rejeitar tal pretensão e o facto da introdução da reserva no PROT da AML "inviabilizar" a estratégia de desenvolvimento da Trafaria que foi "projectada, consensualizada e assumida pelo município de Almada pelos cidadãos da freguesia".



Assim recordam o facto da estratégia de desenvolvimento estar de acordo com o planeamento regional em vigor - o PROTAML, o Plano Director Municipal de Almada e o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sintra-Sado - "que assumiram o eixo Trafaria/Costa da Caparica como de vocação predominantemente turística".




Para o território da Trafaria - Costa da Caparica o município de Almada tem projectado um desenvolvimento de requalificação urbana e de valorização ambiental que "dignifique e qualifique a habitação, incentive o emprego, promova o turismo, a pesca, o recreio e o lazer".



Os dois presidentes enviaram a carta Governo para que "determine" que a Trafaria deve ter um desenvolvimento de acordo com o que está definido e projectado para aquele território