23/07/2009

Companhia da Garagem responsabilizada por danos no Teatro Taborda

In Público (23/7/2009)

«A companhia Teatro Garagem foi responsabilizada por ter procedido a pinturas na parte interior do edifício do Teatro Taborda, na Mouraria, em Lisboa, e ainda por ter cortado balaustradas para ampliar o espaço do palco sem para isso dispor de qualquer autorização camarária, num conjunto de prejuízos que foram estimados em 50 mil euros.
Ficou determinado que o pagamento para a reposição da situação original do espaço será assegurado pela companhia que, para isso, ficará sem o apoio financeiro dado pela empresa camarária EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Actividades Culturais.
Como existe um protocolo em que a EGEAC apoia financeiramente a companhia, a remuneração não será efectuada directamente. O que acontecerá é que o apoio não será recebido pelo Teatro Garagem até perfazer todos os custos da recuperação.
A decisão da culpabilização daquela companhia teatral, que actualmente ocupa o espaço da propriedade da autarquia lisboeta, saiu de um inquérito anunciado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, depois de o vereador da CDU na câmara, Ruben de Carvalho, ter levantado a questão numa reunião executivo a 24 de Junho.
A companhia, que usa este teatro desde 2005, quando lhe foi cedido pela EGEAC, decidiu pintar as paredes e o tecto a tinta de óleo preta para a sua nova encenação, em alguns locais por cima de talha dourada. Disse na altura o vereador Ruben de Carvalho que tal acção prejudicou a recuperação feita na década de 70 pela autarquia, nesta sala de teatro inaugurada em 1870, numa homenagem, ainda em vida, ao actor Francisco Taborda. A partir de 1916 deixa de funcionar estritamente como teatro. Foi adquirido em 1966 pela Câmara de Lisboa, que iniciou a sua recuperação em 1989, num projecto integrado de reabilitação urbana.
Segundo o jornal i, a intervenção terminará a 1 de Setembro, mas a EGEAC e a Câmara Municipal de Lisboa vão proceder a uma avaliação sobre o protocolo existente com o Teatro da Garagem.
50 mil euros é o valor estimado dos custos das obras de recuperação pelas alterações feitas pela companhia da Garagem »

...

Motivo mais do que suficiente para a CML rescindir todo e qualquer acordo com os srs. artistas, que poderão fazer o que fizeram nas garagens, mas ali é que não. Aliás, o Taborda há muito tempo que não tem rumo. Aproveite-se esta altura para lho devolver.

3 comentários:

Julio Amorim disse...

Tinta preta em cima de talha dourada !?
Rica "companhia" esta....

FJorge disse...

Artistas? «pérolas a porcos»!

Anónimo disse...

Realmente surpreende-me o facto de existirem pessoas sem conhecimento do sitio em questão, que provavelmente nunca lá entraram terem a ousadia de falar sobre o taborda ou a garagem. Para esses senhores e para o autor do texto em questão, quero que saibam que não é a tinta preta ou o alargamento do palco que proporcionaram a falta de rumo dessa casa, bem pelo contrário. O problema do taborda é existirem pessoas com falta de cultura suficiente para o deixarem sossegado com talha dourada e palcos pequenos tomando-o como património consagrado sem lá nunca terem metido os pés. Quanto ao comentário referido aos artistas, é natural que o utilizador nunca tenha pisado um palco e muito provavelmente o conhecimento em relação ao mesmo seja escasso, num entanto, no meio, a companhia da garagem é das mais conceituadas e conta já com 20 anos de ARTE, se acha que não são merecedores do nome Artistas não sabe mesmo do que fala. Passe bem e desculpe a invasão.