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«Fica-se seriamente preocupado com aquilo que se adivinha que vai ser a "recuperação" do Museu Machado de Castro por Gonçalo Byrne .... intervenção INTERPRETATIVA, "CRIATIVA", AFIRMATIVA do Património de todos nós ... em um simulacro de restauro depurador e sintetizador .... onde a competição com o edifício que se pretende restaurar leva a afirmações interpretativas arquitectónicas, com volumetrias na parte da encosta, esmagadoras do conjunto original da "Acrópole" e destruidoras da linguagem simétrica da "Loggia" com os corpos originais alterados. Onde está o IGESPAR? Quem permite isto?
ARC»
14/07/2009
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7 comentários:
Este blog é dedicado a Lisboa..
Se quiserem criem um para Coimbra
...somos todos coimbrões!
Isto reflecte a inutilidade de um instituto que mais não é que um ninho de acólitos e a que se dá o nome de IGESPAR.
As ideias de preservação/recuperação do património arquitectónico à sua imagem original morreram com Viollet-le-Duc no final do século XIX, e com a autêntica violação da Sé de Lisboa por Fuschini, quando retirou 8 séculos de intervenção medieval para a restaurar à sua imagem primordial do séc XII (o que é mentira, porque sob a Sé já havia uma mesquita, e antes disso um templo romano, outro pagão, até talvez uma época em que existia uma simples cruz de pau). Essas teorias de recuperação mostraram-se obsoletas, inconsequentes e muitas vezes prejudiciais. Vão a Roma ver a diferença entre a recuperação de património com 2000 anos, e de edifícios com 200 anos, a fim de que se mantenham activos e não uma ruína visitável a pagar bilhete.
Ter um Bruno Soares, urbanista com experiência em PDMs e pouco em arquitectura, a recuperar uma praça barroca monumental, a mais importante do país, é estúpido, de gente estúpida e/ou bastante corrupta, e os resultados estão à vista. Mas ter um Gonçalo Byrne a recuperar um edifício cuja origem se perde no tempo mas cuja forma actual se consolida há menos de 100 anos, não é nenhum atentado, é saber como intervir quando necessário. Houve discussão pública do projecto nos anos 90 creio eu, sem objecções, hoje em dia é que toda a gente tem uma opinião muito vincada, geralmente contra poder, sobre intervenções na cidade e sobre arquitectura.
Talvez estejamos num período de pré-revivalismo dos ideais de Le-Duc, esperemos que não, porque eu não gostava de viver em cavernas com pinturas rupestres, pelo menos sem qualquer intervenção a nível de necessidades básicas.
Deixo este link sobre a história do edifício em questão:
http://mnmachadodecastro.imc-ip.pt/pt-PT/museu/ContentDetail.aspx?id=629
Parabéns mais uma vez pelo blog, que, não podendo concordar com todo o conteúdo e muitas vezes achando que tem a atitude dos velhos do restelo, acho necessário e geralmente bem conduzido.
Cumps.
Já fui lá e o projecto está muito bonito.
É um caso de sucesso na recuperação do património. Não entendo o porquê desta critica.
É inacreditável o que mostram estas fotos.
Todo o edifício "branco" com dois volumes, além do círculo, é construção nova, frente à loggia/arcada ? ?
Um CRIME contra o património.
O IGESPAR deve ser responsabilizado.
Vamos lutar por Coimbra !
(a opinião o Sr "Parvo qualquer" sobre restauro/recuperação de monumentos é perfeitamente contrário às convenções e à praxis internacional, é uma "boutade" do tamanho do TGV")
Era melhor meter fotos recentes, o projecto esta muito bom. As colecções estão muito mais em valor agora do que antes.
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