Promotores de habitação para a classe média alta e de luxo não hesitam em avançar com os projectos
00h30m
GINA PEREIRA, in "JN"
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GINA PEREIRA, in "JN"
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A construção de habitação para a classe média-alta e alta é a que melhor resiste à crise. Em Lisboa, estão a avançar projectos que aguardavam licenciamento há vários anos. E os promotores não se queixam de não os conseguir vender.
A todo o momento, o Grupo Obriverca acredita que a Câmara de Lisboa emite licença para o início da construção dos Jardins de Braço de Prata, projecto do arquitecto italiano Renzo Piano que, desde 2001, aguarda licença para avançar. Luís Gamboa, administrador da empresa, garante que não espera. "Já foi adiada tempo suficiente. A cidade precisa daquela obra", diz, explicando que o empreendimento, com 130 mil metros quadrados (m2) de construção, inclui 400 apartamentos distribuídos por edifícios de cinco pisos e terá também escritórios e comércio.
"Só quando estiver construído é que as pessoas vão perceber a importância", assegura, estimando que a obra demore três anos a ser concluída. O efeito na zona de Marvila-Beato pode ser semelhante ao que sucedeu com o empreendimento Alcântara Rio, que foi o detonador de uma mudança na antiga zona industrial de Alcântara, para onde estão previstos vários empreendimentos, entre os quais um centro de serviços e um hospital da CUF.
No caso do Alcântara Rio, também da Obriverca, só faltam construir 66 dos cerca de 300 apartamentos que integram o complexo. A terceira fase (67 apartamentos), actualmente em comercialização, já está 90% vendida e custa, em média, 2800 euros o metro quadrado.
O grupo tem em construção outro empreendimento na zona norte da Expo, já no concelho de Loures, cuja comercialização "tem sido um sucesso". O Multiusos Oriente, que inclui habitação, comércio e retail, só estará pronto no final do próximo ano, mas metade dos fogos - que custam em média 3000 euros o m2 - já está vendida. Luís Gamboa reconhece que a crise afecta todas as empresas, mas admite que "os produtos de melhor qualidade continuam a vender-se". Mais: "O segmento médio e alto está a aguentar-se".
Há cerca de um mês, o grupo Temple decidiu avançar com outro grande projecto. No antigo colégio dos Maristas, às Amoreiras, começou a ser construído o primeiro dos sete lotes que vão integrar o empreendimento Nova Amoreiras.
Para já, estão a ser comercializados os primeiros 37 apartamentos, com tipologias que vão de T0 a T7 e rondam os 3900 euros o m2. Margarida Barreto, directora da Temple, considera "inegável" que a conjuntura não ajuda à comercialização. No entanto, garante que, nos últimos três meses, notou uma retoma na procura e na tomada de decisão dos compradores. O grupo tem outros dois projectos em fase final de comercialização no Chiado, onde faltam vender poucas fracções.
No Campo Pequeno, depois de quatro anos de espera pela licença, o antigo edifício de escritórios do Crédito Predial Português está a ser convertido em edifício de habitação, que terá 16 apartamentos, um por piso, com áreas entre os 380 e os 460 metros quadrados.
"Será um topo de gama europeu, ao nível dos melhores edifícios do Dubai e de Nova Iorque", garante Leal Barreto, da Chamartin Imobiliária, explicando que, apesar do preço (cerca de dois milhões de euros por apartamento), 35% do prédio já está vendido. Nada se vende tão bem como antigamente, diz, mas "o mercado imobiliário estava viciado na pesca à rede e, agora, tem de voltar a aprender a pescar à linha. Agora é que é a arte de vender".
A construção de habitação para a classe média-alta e alta é a que melhor resiste à crise. Em Lisboa, estão a avançar projectos que aguardavam licenciamento há vários anos. E os promotores não se queixam de não os conseguir vender.
A todo o momento, o Grupo Obriverca acredita que a Câmara de Lisboa emite licença para o início da construção dos Jardins de Braço de Prata, projecto do arquitecto italiano Renzo Piano que, desde 2001, aguarda licença para avançar. Luís Gamboa, administrador da empresa, garante que não espera. "Já foi adiada tempo suficiente. A cidade precisa daquela obra", diz, explicando que o empreendimento, com 130 mil metros quadrados (m2) de construção, inclui 400 apartamentos distribuídos por edifícios de cinco pisos e terá também escritórios e comércio.
"Só quando estiver construído é que as pessoas vão perceber a importância", assegura, estimando que a obra demore três anos a ser concluída. O efeito na zona de Marvila-Beato pode ser semelhante ao que sucedeu com o empreendimento Alcântara Rio, que foi o detonador de uma mudança na antiga zona industrial de Alcântara, para onde estão previstos vários empreendimentos, entre os quais um centro de serviços e um hospital da CUF.
No caso do Alcântara Rio, também da Obriverca, só faltam construir 66 dos cerca de 300 apartamentos que integram o complexo. A terceira fase (67 apartamentos), actualmente em comercialização, já está 90% vendida e custa, em média, 2800 euros o metro quadrado.
O grupo tem em construção outro empreendimento na zona norte da Expo, já no concelho de Loures, cuja comercialização "tem sido um sucesso". O Multiusos Oriente, que inclui habitação, comércio e retail, só estará pronto no final do próximo ano, mas metade dos fogos - que custam em média 3000 euros o m2 - já está vendida. Luís Gamboa reconhece que a crise afecta todas as empresas, mas admite que "os produtos de melhor qualidade continuam a vender-se". Mais: "O segmento médio e alto está a aguentar-se".
Há cerca de um mês, o grupo Temple decidiu avançar com outro grande projecto. No antigo colégio dos Maristas, às Amoreiras, começou a ser construído o primeiro dos sete lotes que vão integrar o empreendimento Nova Amoreiras.
Para já, estão a ser comercializados os primeiros 37 apartamentos, com tipologias que vão de T0 a T7 e rondam os 3900 euros o m2. Margarida Barreto, directora da Temple, considera "inegável" que a conjuntura não ajuda à comercialização. No entanto, garante que, nos últimos três meses, notou uma retoma na procura e na tomada de decisão dos compradores. O grupo tem outros dois projectos em fase final de comercialização no Chiado, onde faltam vender poucas fracções.
No Campo Pequeno, depois de quatro anos de espera pela licença, o antigo edifício de escritórios do Crédito Predial Português está a ser convertido em edifício de habitação, que terá 16 apartamentos, um por piso, com áreas entre os 380 e os 460 metros quadrados.
"Será um topo de gama europeu, ao nível dos melhores edifícios do Dubai e de Nova Iorque", garante Leal Barreto, da Chamartin Imobiliária, explicando que, apesar do preço (cerca de dois milhões de euros por apartamento), 35% do prédio já está vendido. Nada se vende tão bem como antigamente, diz, mas "o mercado imobiliário estava viciado na pesca à rede e, agora, tem de voltar a aprender a pescar à linha. Agora é que é a arte de vender".
1 comentário:
Sim, sim...Vejam a publicidade nos últimos 5 anos na revista de imobiliário do Expresso para perceberem as tangas ditas nesta noticia...
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