23/07/2009

RUA DE DONA ESTEFÂNIA, ANTIGO MUSEU DOS CTT

Este edifício já foi Museu dos CTT, já foi Cinemateca e já foi Casa dos Dias de Água.
Agora, ao passar por lá e ver a placa da imobiliária, apanhei um valente susto:
Será mais um condenado á demolição?
Pois nem tudo o que parece é.
Este edifício está para arrendar pelos proprietários que, ao que parece e numa atitude de total "incultura civíca", nem querem ouvir falar em demolição, seja ela total ou parcial e esperam, com o dinheiro do aluguer, restaurar as poucas coisas que de obras necessitam.
A ser assim e espero não me enganar, só podemos felicitar quem assim pensa e que contribui deste modo, para manter o património construído de Lisboa.
Ajudar a situações destas, é necessário e um dever de cidadania e por isso, divulgo esta pequena nota, ficando desde já esclarecido que não conheço os proprietários do dito imóvel, não vá o diabo (ou alguém), tecê-las.

4 comentários:

FJorge disse...

Um belo prédio, com interiores de qualidade e um jardim nas traseiras (um pouco abandonado). Está classificado na carta municipal do património anexa ao PDM - mas isso, como bem sabemos por experiência, não basta para salvaguardar imóveis na nossa cidade. Lisboa precisa de pessoas que se interessem, genuínamente, pela arquitectura do séc. XIX & XX, tal como acontece no resto da europa.

Armando Filhote disse...

Não querendo tornar o seu post político, devo dizer que ainda não ouvi uma palavra de António Costa acerca de reabilitação urbana. Parece que para ele não existe semelhante coisa!

Anónimo disse...

Ora a ser verdade, aqui esta um belo exemplo de respeito pelo patrimonio e de boa cidadania. Os meus parabens aos proprietarios, Lisboa precisa de mais cidadaos e proprietarios assim, que saibam assumir as suas responsabilidades de forma positiva.Ter um edificio implica saber mante-lo em bom estado.

Anónimo disse...

Aparentemente este edifício terá sido mandado construir por Henrique Monfroid Seixas, um amante da marinha. Assim, criou uma casa museu onde expunha as suas miniaturas que mandava construir na cave do edifício. Embora o tenha deixado à família pediu para que este fosse sempre usado fins de utilidade pública.

O espólio de barcos terá sido doado ao Museu da Marinha e seguidamente quem o ocupou foi o Museu dos CTT, seguido da Cinemateca e da Casa dos Dias d’Água.