A Câmara de Lisboa aprovou os novos regulamentos de estacionamento, que acabam com a tarifa única para toda a área da cidade, criam duas coroas de estacionamento e impõem limites máximos de permanência.
A proposta, do vereador Nunes da Silva, mereceu os votos contra do CDS-PP e a abstenção do PSD.
Além de criar duas coroas de estacionamento - interior e exterior - o novo regime define regras distintas para cada coroa, adaptadas às necessidades identificadas pelos utentes do sistema de parqueamento, criando em cada uma delas períodos máximos de permanência de duas ou quatro horas, consoante a área da cidade.
O regulamento acaba com a tarifa única em toda a cidade e cria diferentes preços, consoante o eixo viário em causa, à semelhança do que acontece nas restantes cidades europeias.
São igualmente modificadas as regras aplicáveis às Zonas de Acesso Automóvel Condicionado, definindo limites máximos de quatro horas de estacionamento.
De acordo com os novos regulamentos, são criados estacionamentos de curta duração (em ambas as coroas) "nos locais de especial concentração de comércio e serviços e que beneficiem de transportes públicos ou de alternativas de parqueamento.
Os preços do estacionamento podem variar na zona exterior entre os 0,25 (15 minutos) ou 0,45 euros (15 minutos) consoante seja uma área de duração limitada de quatro ou duas horas, respectivamente, e 3,20 euros (máximo em ambas as zonas).
Já na coroa interior, os preços são mais elevados e podem variar entre os 0,35 (15 minutos) e 0,45 euros (15 minutos) consoante seja uma área de estacionamento máximo de quatro ou duas horas, respectivamente, e os 3,20 (duas horas máximo) e 4,80 euros (máximo quatro horas).
Nas cinco zonas de acesso automóvel condicionado - Alfama, Bairro Alto, Castelo, Mouraria, Santa Catarina/Bica - o novo regime torna mais claras as condições onde o acesso é autorizado e limita até ao máximo de quatro horas o período máximo de permanência.
Para a próxima reunião passaram várias propostas que estavam agendadas mas que acabaram por não ser votadas, entre as quais a alienação do Palácio Benagazil para ser transformado em hotel e a empreitada de restauro e remodelação da Casa dos Bicos para instalação da Fundação Saramago.
In JN
4 comentários:
Acho que faz todo o sentido haver tipologias e tarifas diferenciadas, desde que não seja apenas porque se usa nas restantes cidades europeias, mas sim, porque os estudos efectuados junto dos actores locais apontam para a necessidade dessa medida, permitindo uma melhor racionalização do espaço público disponível para o efeito.
Luis Alexandre
E "à semelhança do que acontece nas restantes cidades europeias" o parqueamento em cima dos passeios vai continuar por mais....30 anos ?
Vão dar uma volta !
Apenas quem paga irá ser "penalizado" com os aumentos, quem estaciona fora dos locais de estacionamento legais continua a não pagar parquimetro nem multas nem nada...
Tal como o Julio e o anónimo das 5:30, eu também considero esta medida inconsequente. Será muito provavelmente uma distração para a resolução do real problema. O estacionamento abusivo, bandeira de todos os presidentes de camara, continua a ser uma realidade. Querem resolver o problema de financiamento da camara? Então façam cumprir a lei! Com a arrecadação de receitas das multas resolviam uma boa parte da dívidas.
E talvez aí, talvez aí esta noticia seja minimamente interessante.
Enviar um comentário