Irá amanhã a votação na Assembleia Municipal de Lisboa a implementação de mais um campo de Rugby, a juntar aos 5 já existentes, no Parque Florestal de Monsanto. Embora o terreno em questão tenha sido desafectado do domínio público do Parque em 1995 beneficiando uma entidade privada que nunca lhe deu uso e o votou ao abandono este terreno localiza-se bem no interior do PFM.
O Parque Florestal de Monsanto tem, nos últimos 30 anos, sido alvo de uma redução constante do seu território e nunca nestes anos houve um único exemplo que fosse no sentido da recuperação da sua área inicial. Apesar das constantes declarações por parte de governantes e responsáveis políticos, que afirmam a importância do PFM para a cidade, a sua intocabilidade, o que na realidade se verifica é que na grande maioria das decisões é sempre o Parque que é amputado ou prejudicado. A desafectação do referido terreno é bem o exemplo de como o favorecimento a privados suplantou o interesse público.
A Assembleia Municipal aprovou uma moção de tolerância zero à danificação do Parque Florestal de Monsanto e a vereação adiou, por uma vez, devido à perspectiva de chumbo, a votação para a implementação de mais este campo de Rugby. As forças politicas nela representadas afirmam constantemente a sua oposição à delapidação e destruição do Parque, a necessidade da sua conservação e a extrema importância deste para a qualidade de vida na área Metropolitana de Lisboa.
A Plataforma por Monsanto vem por este meio apelar à Assembleia Municipal de Lisboa, às forças politicas nela representadas, aos seus deputados que se mantenham fiéis aos seus princípios de defesa do PFM e que reprovem esta intenção da CML de colocação de mais um campo de Rugby com todos os impactos negativos que dai advirão. A plataforma Por Monsanto apela também aos deputados municipais para que insistam na ideia de reanexar o terreno ao parque, de onde nunca devia ter saído, emendando assim um erro deliberado de favorecimento de uma entidade privada cometido no passado.
A reprovação deste projecto e a reanexação deste terreno ao PFM significaria, pela primeira vez nos últimos 30 anos, um processo de inversão da constante diminuição da área do Parque Florestal de Monsanto.
A plataforma por Monsanto.
Lisboa 2 de Abril de 2012
1 comentário:
Ao fim de quase 20 anos sem qualquer uso ou utilidade, desafectado do dominio público, este terreno poderá dar nova vida ao PFM.
Um campo de rugby, desde que bem estruturado, só poderá ser uma mais valia ao PFM.
Quantas crianças irão beneficiar desta estrutura? 400? Óptimo, pelo menos praticam desporto fora do fumo da cidade.
Tenham juízo, e apoiem quem quer praticar desporto e ensina a juventude a ter uma escola de vida, de solidariedade e amizade
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