15/11/2013

Séries Avenidas - 1ª Avenida da República (3)

Mais uma parelha em estado pré-mortem. O mais baixo está absolutamente vandalizado. Entra-se por uma porta que está "fechada"a cadeado. O Déco está com um processo de intimação dos proprietários por parte da CML. A coisa data de Janeiro de 2012.




Caixa, gradeamentos e gaiola do elevador do mesmo prédio déco que espera a demolição. Quantos mais elevadores destes restam em Lisboa? 11/2013

Interior da entrada do prédio de rendimento/habitação arte-nova contíguo ao déco. Av. da República 11/2013

Fachada esventrada do prédio contíguo. Hoje em dia paradeiro de pombos e de abandono. Mais uma ruína na arruinada avenida. 11/2013

Mais um magnífico exemplar arts-déco a necessitar de urgente protecção. São já visíveis os sinais de abandono, molduras de janelas destruídas, pintura a cair. Avenida da República. 11/2013

Extraordinário friso do mesmo prédio. Av. da República 11/2013

O que resta está à venda. 11/2013

Um Prémio Valmor à venda. Aqui funcionou o Clube dos Empresários. Já se notam sinais de decadência, toldos rotos, revestimento de reboco das varandas em péssimo estado, colónias de pombos nas janelas de sacada que dão para a Av. Visconde de Valmor. 11/2013

A prova da qualidade do edifíco. Ventura Terra foi o arquitecto. 11/2013


Panorâmica de um dos últimos grandes senhores da Avenida da República. Tirando o comércio nos pisos térreos, tudo o resto está devoluto, estores partidos, janelas abertas, varandas traseiras da arquitectura do ferro em perfeito estado de incúria e desleixo. Era para ser um hotel. Parece que vai ser para habitação. e a mais do que certa demolição dos interiores, quando é que avannça? 11/2013

As referidas e raríssimas varandas. 11/2013

A caixa de vidro. Um projecto infame que estoirou com o prédio que tinha a mais bela fachada Arte-Nova do eixo das avenidas. pelo aparato e qualidade da fachada podemos suspeitar de qual teria sido a riqueza dos interiores, estuques, pinturas, ferros, vidraria, portas e madeiras raras, mármores. Tudo foi sacrificado. A inauguração deste exemplo de imbecilidade e indiferença urbanas, contou com a augusta presença de António Costa. Av. da República, 11/2013

Este é um exemplo eloquente do último quarteirão intacto na derrocada geral da Avenida da República. O prédio da, já histórica, Casa Xangai. Lisboa 11/2013

Os tectos das varandas servem só de abrigo aos pombos. Casa Xangai, Av. da República. 11/2013




Outros dois monstros silenciosos. O de vidraças douradas parece já devoluto O do quadrado nunca foi terminado e está com tapumes a tapar a via pública há mais de quinze anos. 11/2013

Um dos últimos palacetes no Saldanha, o palacete nr. 1. Na fachada do meio, nota-se uma serliana no primeiro andar. Já desde os tempos bem anteriores a Palladio, a serliana era sinónimo de equílibrio e de boa arquitectura. Este é um dos raros exemplos em Lisboa. Está com os seus dias contados se nada se fizer para o salvar. Av. da República -Saldanha. 11/2013

A mesma fachada, a mesma impressão de que em Lisboa o património é só uma figura de estilo. O que resta é para destruir, para degradar, para apagar. 11/2013

Uma das portas laterais. Todas as outras estão no mesmo estado. Acrescente-se que este palacete tem um jardim ao gosto romântico, uma fachada de tardoz revestida a azulejos, calçada à portuguesa. Tudo num lamentável e injustificado abandono. Há décadas. 11/2013

Assim está a escadaria da entrada nobre. Mármores, estuques, frescos, madeiras e o ar de desespero e ruína por todo o lado. Av. da República. 11/2013

4 comentários:

Anónimo disse...

Somos uma raça inferior, uma cambada de saloios, não há nada a fazer...
Está dito!

Rui disse...

Moro na Elias Garcia e trabalho no Saldanha. Todos os dias faço a Av da Republica a pé e todos os dias choro por dentro ao ver estes exemplos de degradação tão bem aqui retratados. Que podemos fazer para o evitar? Como podemos lutar por isto?

Filipe Melo Sousa disse...

Durante anos andaram a aplaudir as rendas baixas. Agora é tarde para vir com lamúrias.

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

Este senhor Filipe Melo Sousa é sempre certeiro nos seus comentários. O que é tem a ver as rendas baixas com a obrigacao de uma cidade tratar do seu património?

Quem é que lhe disse que se aplaudiu as rendas baixas?

Qual é a sua ideia? É legitimar a degradacao de Lisboa, achar-se moderno e actual, porque a linguagem dos números é imbatível? Gabo-lhe a paciência em escrever comentários num blogue quando se está nos antípodas das preocupacoes aqui manifestadas e das ideias defendidas.

Espero que a cidade de Lisboa onde quero viver seja muito diferente da sua, sem história, sem alma, sem memória. Mas muito actual, claro!


Miguel de Sepúlveda Velloso