In Público (11/11/2008)
«A exposição ao ar livre de 30 esculturas e 20 auto-retratos de alunos de Belas-Artes é uma das iniciativas que assinalam a efeméride na Rua da Escola Politécnica
Um workshop científico sobre o papel dos jardins botânicos, o lançamento de um livro e uma exposição de auto-retratos e de esculturas assinalam hoje as comemorações dos 130 anos do Jardim Botânico, em Lisboa.
Conservação e Biodiversidade: O papel dos jardins botânicos, O papel dos jardins botânicos na estratégia de conservação e A conservação ex situ são alguns dos temas do workshop a debater durante o dia em que o Jardim Botânico da Universidade de Lisboa assinala os seus 130 anos.
Durante a tarde, os temas em análise são A estratégia global da conservação e a Disponibilidade da informação e "conhecimento mútuo". Durante a tarde, será ainda lançado o livro Jardim Botânico da Universidade de Lisboa - Flores, da autoria de Ireneia Melo (texto) e José Cardoso (fotos) a apresentar por Fernando Catarino, antigo director do Jardim Botânico.
Será também inaugurada a exposição de jóias e objectos E da semente fez-se jóia, da autoria de Maria João Bahia, cujas peças são criadas com sementes de espécies do Jardim Botânico que fazem parte da colecção do banco de sementes António Luís Belo Correia.
A inauguração de uma exposição com 30 esculturas ao ar livre e de uma outra com 20 auto-retratos de alunos finalistas do curso de Escultura da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa integra também o programa das comemorações.
Bruno Nordlund, um dos organizadores da exposição, disse à agência Lusa que a mostra visa chamar a atenção "para a crise que atinge o Jardim Botânico e para as potencialidades" que aquele espaço tem para a realização de várias iniciativas.
"É fundamental não deixar morrer o Jardim Botânico, bem como dar-lhe uma nova vida", disse, sublinhando tratar-se de um "espaço único" que, "apesar de se situar na cidade de Lisboa, é um património de todos os portugueses".
Criado em 1878, a data institucionalizada para assinalar o aniversário do Jardim Botânico foi o 11 de Novembro, dia do armistício da I Grande Guerra. As comemorações dos 130 anos do jardim situado entre a Rua da Escola Politécnica e o Parque Mayer, junto à antiga Faculdade de Ciências, visam mostrar as vertentes científica, de divulgação, artística, cultural e formativa que caracterizam o Jardim Botânico e o vizinho Museu Nacional de História Natural.
Por coincidirem com o dia de São Martinho, as comemorações terminam com magusto e água-pé.»
E nos seus 130 anos de existência é o que se vê: estado geral de abandono, pavilhões e estruturas a cair, miradouros vandalizados, carreiros esburacados, etc., etc. E isso não vai ao sítio com magustos ou água-pé. Vai com vontade política e apego ao património, numa palavra: cultura. Da CML ao Ministério da Educação, todos têm o seu quinhão, imenso, de responsabilidade, pelo estado a que o Jardim Botânico chegou. E não se vislumbra nenhuma reviravolta nos tempos mais próximos. Aguardemos!
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