10/07/2009

Centro de congressos na Praça de Espanha

In Jornal de Notícias (10/7/2009)
Telma Roque

«Futuro espaço terá capacidade para acolher até oito mil pessoas

Um centro de congressos na Praça de Espanha e a conversão do estabelecimento prisional em residências universitárias estão entre os projectos do novo Plano Director Municipal, que será apresentado dentro de duas semanas.

Lisboa ocupa um lugar importante no ranking das cidades mais atractivas para a realização de congressos, a nível europeu e internacional, mas o turismo de negócios não cresce mais por falta de espaços que alberguem até oito mil congressistas. O presidente da Câmara, António Costa, que ontem almoçou com empresários, aproveitou a ocasião para anunciar que deseja, por isso, construir um grande centro de congressos na Praça de Espanha, piscando o olho à Associação Industrial Portuguesa (AIP) para ser parceira do megaprojecto.

Rocha de Matos, presidente da AIP, ouviu o apelo do autarca e prometeu "disponibilidade total" para ajudar a concretizar a obra. Além de considerar fundamental a construção de um novo centro de congressos, sublinhou que o projecto "terá um efeito multiplicador no desenvolvimento do turismo".

Além do plano de pormenor para a Praça de Espanha, António Costa revelou que existem outros planos em fase de conclusão nos gabinetes da Câmara, como os da Avenida da República e Entrecampos, Matinha, Alcântara, Parque Mayer e Campolide. O Estabelecimento Prisional de Lisboa já aparece, no plano de pormenor para esta zona, sem muros e convertido em residências universitárias.

"A cidade tem que ser bem planeada, com regras claras, para ter um desenvolvimento sustentado", frisou António Costa, acrescentando que o "improviso é penalizador" para a capital. "Uma cidade não se faz por inspiração de príncipes, mas com parcerias, com investimento", disse o presidente. Na sua óptica, só com "regras claras o investidor pode ter confiança para investir".

Costa aproveitou a ocasião para lembrar que a reconstrução do Capitólio, no Parque Mayer, arranca ainda este mês, marcando a regeneração de uma zona há muito abandonada. A empreitada está orçada em cerca de dez milhões de euros e será paga com verbas provenientes das contrapartidas financeiras do casino.

O projecto de recuperação do Capitólio, a cargo do arquitecto Souza Oliveira, prevê a demolição dos elementos arquitectónicos que não fazem parte do desenho original de Cristino da Silva. Terá esplanadas exteriores, cadeiras retrácteis e uma fachada traseira aberta»

PDM, ou Plano Director de Construção?

13 comentários:

Anónimo disse...

A Praça de Espanha é dos maiores abortos de Lisboa, e um local onde desnivelamentos das vias se impunham. O trânsito é um caos. Agradeçamos ao Sampaio.

E experimentem atravessá-la como peões. Têm de esperar tempos infinitos para que se acenda o verde.

E depois puseram lá aquele arco, junto ao qual nunca fui, pela simples razão de QUE SIMPLESMENTE NÃO EXISTE PERCURSO PEDONAL QUE TAL PERMITA!!!

Unknown disse...

a construção do centro de congrssos na praça de espanaha vai ser nos terrenos que vão ficar libertos do ipo?

Paulo Ferrero disse...

Parece que não, Filipa, será nos terrenos onde existe o "terminal" rodoviário. Quanto ao pseudo-mercado é que ninguém tem coragem de fazer nada.

Rodrigo disse...

a praça de espanha é uma zona falhada, com metro mas que não serve praticamente ninguém, aliás estendo este falhanço também à avenida José Malhoa. Falta um plano definitivo para esta zona

Arq. Luís Marques da silva disse...

Concordo com os comentários que antecedem; é urgente um plano de pormenor para a zona, minimamente coerente e integrado.
Aquilo é uma "ilha" deserta, sem ponta por onde se pegue, nem a celebrizada "Boutique Azul", do eng Cruz Abecassis, que já devia ter saltado de lá há muito tempo. É de fugir de lá a sete pés!!!
Para esse mesmo local, foi feito um estudo pelo Prof Pardal Monteiro (ainda eu trabalhava lá), para a sede do Montepio.
Até agora nada se fez para transformar aquele espaço, numa zona com escala humana, transitável por peões e não só por automóveis:
A praça de Espanha é um dos vários "fossos" que dividem a cidade e que a tornam difícil, chata, cansativa e perigosa.

Anónimo disse...

Vai haver um concurso publico para os projectos ?

Unknown disse...

obrigada.
Penso ter visto num estudo sobre a TTT, que vai passar um túnel por baixo da praça de espanha, não sei se de facto vai exitir, pode ser que aí peguem na zona....

Já agora, quanto ao ipo não se sabe de mais nada?

Arq. Luís Marques da silva disse...

Relativamente a concurso público para os projectos dos edifícios, não sei se os haverá ou não, mas para mim é muito mais importante haver PP, com a necessária e obrigatória discussão pública.
De qualquer forma, seria bom que também os projectos dos edifícios, fossem alvo de concurso:
Dos transparentes e sem pré-vencedores...

Anónimo disse...

A Praça de Espanha é um nó rodoviário, como tal feita para se atravessar de carro (e o arco que veio da R. S. bento até está muito bem ali) e só quem permanece (cronicamente) equivocado é que insiste no tema! - PPs, importa-se de repetir...

Anónimo disse...

E lá voltamos nós à construção, já contaram a distancia que está o centro de congressos mais próximo? ( antiga FIL )- não tem alojamento, é um caos para estacionar. A Praça Espanha com um centro de congressos passa a ser algo mais do que um nó rodoviário, tem hoteis para alojar as pessoas, tem teatros, está perto de tudo, tem metro e só vem beneficiar a cidade.

Anónimo disse...

O arco está lá tão bem, tão bem, que só se pode olhra para ele de dentro dos carros: não há passadeiras para peões que permitam aceder ao sítio onde está.

(Eu sei, trabalhei na zona).

Anónimo disse...

Não foi este arqto. Sousa Oliveira que era sócio do director municipal que estava envolvido no projecto nos terrenos da fabrica nacional de sabões?
Isto é cá uma mafia!

Anónimo disse...

PP = Plano de Pormenor;
Quem não sabe é como quem não vê!