24/05/2012
Oposição na Câmara de Lisboa tem dúvidas quanto às alterações de trânsito no Marquês e Av. Liberdade .
Por Agência Lusa, publicado em 23 Maio 2012 in ( jornal ) i online
Os vereadores da oposição na Câmara de Lisboa manifestaram hoje dúvidas quanto às alterações de trânsito propostas para o Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade, principalmente quanto aos custos, duração das obras e impactos na cidade.
Segundo uma proposta que a Câmara de Lisboa vai colocar em discussão pública até ao final de junho, no Marquês de Pombal serão criadas duas rotundas concêntricas separadas por um espaço verde, e a Avenida da Liberdade vai ter, na sua quase totalidade, apenas duas faixas de rodagem em cada sentido,
A proposta, que é uma tentativa da autarquia para tirar automóveis e reduzir a poluição naquela zona da cidade, foi aprovada hoje, mas contou, depois de mais de mais de três horas de discussão, com as abstenções do PSD, do PCP e do CDS-PP.
Contactado pela agência Lusa, o vereador social-democrata Vítor Gonçalves descreveu as "reticências" quanto a este projeto: "Temos dúvidas em relação à alteração dos sentidos das laterais [não vai ser permitido passar de quarteirão em quarteirão], à diminuição substancial de estacionamento na Avenida da Liberdade e à circulação nas duas rotundas do Marquês", afirmou.
Vítor Gonçalves apontou ainda dúvidas relativamente "à demora das obras e aos custos, estimados em cerca de um milhão de euros", duas questões que "podem trazer uma grande dificuldade" à concretização das propostas.
Relativamente aos impactos ambientais, o vereador do PSD demonstrou as suas reservas quanto à diminuição das faixas centrais na Avenida, temendo "engarrafamentos monstruosos" que podem significar "um aumento da emissão de gases poluentes".
Também o vereador comunista, Rúben de Carvalho, admitiu à Lusa ter dúvidas quanto às alterações propostas, considerando que estas "podem ser complicadas" e "dispendiosas".
No entanto, Rúben de Carvalho defendeu que estas soluções "podem determinar uma maior fluidez no trânsito, o que significa não só a diminuição do número de carros, mas também que não estejam parados".
"Não nos parece já impensável. Não estamos inteiramente convencidos, mas também não estamos inteiramente desconvencidos", afirmou.
O vereador do CDS-PP, António Carlos Monteiro, também defendeu a importância de colocar a medida em consulta pública, para que "a Câmara faça o seu trabalho de casa", definindo questões como os "tempos semafóricos", principalmente no Marquês de Pombal, para que "tenha o escoamento de tráfego pretendido".
António Carlos Monteiro ressalvou ainda que, "apesar de [a proposta] ter sido anunciada como se já estivesse na rua, há ainda um mês de consulta pública, uma nova proposta da maioria e depois da aprovação na câmara e assembleias municipais é que avança, mas como um teste".
A aprovação na reunião de Câmara de hoje possibilita que a proposta seja debatida publicamente, permitindo, consideraram os vereadores, que várias entidades se pronunciem sobre ela.
A Câmara Municipal de Lisboa prevê testar estas alterações entre setembro e o final de dezembro.
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5 comentários:
Então e o lider da oposição e grande imbentor do Túnel do Marquês diz o quê?
Será que não diz nada porque está lá para sistematicamente inexistir ou tal deve-se a ter ido a Moçambique mandar bitates num evento qualquer relacionado com "tecnologias"(!!!)?
Como é óbvio isto vai criar engarrafamentos monstruosos e tornar a baixa infrequentável.
Para benefício do colombo e do dolce vita tejo.
Eu acho que uma boa ideia para o comércio da baixa seria criar uma espécie de shop-thru em que o automobilista fanático pudesse sem sair do seu carro fazer compras, bastando para isso galgar o passeio com o seu sofá rodado e sem desligar o carro fazer o seu pedido, pagar e seguir... o útil e o agradável juntos... o automobilista fanático continuaria a ser comodista mas trendy... pois estaria a fazer compras na baixa.
Esta gestão de transito da CML está a ver se expulsa os últimos moradores da zona ribeirinha.
Ao entupimento do Terreiro do Paço vão agora somar a Av. da Liberdade.
Isto, porque cá está, quem mora na baixa não só não tem carro como não precisa certamente dele... acha esta tropa, claro, que vivem bem longe do inferno que vão criando... aos outros.
Mas ok ... afinal de contas a zona história é para turista e esse não tem carro.
O que é realmente deprimente é a nossa impotência perante estes "visionários".
"Mas ok ... afinal de contas a zona história é para turista e esse não tem carro."
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Não é bem assim, eu faço transporte de turistas e sou prejudicado por toda a porcaria que este executivo camarário tem feito no esquema de circulação da Baixa. Se não fosse pelo meu trabalho, nunca lá passava, até porque não acho a Baixa uma zona atrativa.
Para ir do Cais Sodré para o Martim Moniz sou obrigado a estar no estrangulamento ridiculo da Ribeira das Naus, ir até à praça a seguir ao Campo das Cebolas, inverter para o Cais de Santarém e Rua da Alfandega até apanhar a Rua da Madalena! Depois para ir para a porta do Hotel Mundial ainda tenho que dar a volta toda ao largo que chega a demorar mais de 10 minutos. Total do Cais Sodré ao Martim Moniz: chega a ser uma hora! Antes fazia-se em 10 minutos, quando a Ribeira das Naus tinha duas vias em cada sentido e se podia virar no T. do Paço.
Se eu estiver no Campo das Cebolas para ir para o Bairro Alto, ou me sujeito ao transito da Ribeira das Naus parea atravessar a porcaria da Pç do Comercio até ao Cais Sodré e subir a sempre cheia de transito Rua do Alecrim, ou então para ser mais rápido tenho que fazer uma infração ridicula na Rua da Prata que atualmente proibe em todas as intersecções virar à esquerda! Tinha que fazer mais transito e poluir mais a ir atè ao Rossio para depois descer a Rua Avrea!
Para ir do Cais Sodré para o Rossio vejo-me obrigado a contornar todo o Cais Sodré, sempre lotado de autocarros da Carris e outros de turismo mal estacionados nas paragens e enquanto fazem tempo; para subir a Rua do Alecrim até à Trindade, dar a volta aquelas ruazinhas até chegar ao Largo do Carmo e descer a Calçada do Carmo para a Rua 1º de Dezembro e por fim chegar ao Rossio. Se mudassem os sentidos de transito ali na zona da Trindade sempre facilitavam o fluxo de transito, mas a actual presidência só se preocupa em complicar a vida a quem tem que frequentar esta cidade! Só para a organização do Rock in Rio é que concedem todas as facilidades e mais algumas e até lhes oferecem o recinto e ainda paga a câmara a manutenção das especies vegetais que vão ficar todas destruidas e a limpeza do parque a pagar horas extra aos cantoneiros!
O transito de Lisboa está pior que nunca porque a câmara resolveu divertir-se a desregular os tempos dos semáforos todos, para além da oferta de transportes publicos não parar de diminuir!
Quem ganha com isto? Ninguem. Todos perdem, a economia fica pior porque quem anda a produzir demora mais em deslocações e produz menos, o ar piora, a saúde das pessoas piora tanto pelo stress do tempo perdido como por estarem mais propicios à poluição que não pára de aumentar, mais carros em pára-arranca poluem mais, etc...
Diziam que em Abril ia ser proibido veiculos anteriores a 1996 na maioria de Lisboa. A maioria dos taxis é anterior a isso e continuam a circular. Ainda em 2011 empresas de autocarros turisticos importaram da Alemanha autocarros da marca MAN de 1990 e 1991 que não cumprem nenhuma norma ambiental. Aliás, a carris tem autocarros desta marca de 2004 e 2005 que atualmente não cumprem tambem, pois cada arranque que fazem deixam um rasto de fumo preto e um ar irrespirável com uma mistura de cheiro de gasóleo e óleo.
Gestão socialista de fantochada que todos prejudicam e deixam os cofres da câmara na miséria. Os unicos a beneficiar são pessoas ligadas ao partido que não páram de enriquecer à custa da câmara, e mais não digo porque o comentário já vai longo.
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