In Público (7/3/2006)
"(...) Carmona Rodrigues anunciou que a autarquia está aberta a trabalhar com o Governo, no chamado "choque tecnológico", incentivando e promovendo projectos inovadores, baseados no conhecimento, informação e tecnologia, que nasçam nas universidades e centros de investigação. "Lisboa tem que se afirmar cada vez mais através da qualidade. Tem que ser vista como uma cidade que capta investimento e exporta uma marca de qualidade para o exterior", afirmou o presidente da capital, no encontro Empreendedorismo e desenvolvimento económico de Lisboa, promovido em parceria com a Agência para a Modernização Económica de Lisboa (Ambelis). "Temos condições de atracção muito favoráveis", garantiu, anunciando que, numa primeira fase, se irão reduzir as taxas municipais para fomentar a fixação de investimento nas áreas da cidade que, de acordo com a revisão do plano director municipal em curso, prevêem a fixação de clusters de novas indústrias baseada em tecnologia: zona oriental de Lisboa, Alta de Lisboa, Lumiar e Ajuda".
Tem graça, mas eu já começo a estar farto desse "choque tecnológico", sobretudo porque me parece um "choque de prestidigitação".
"Defendeu, também, parcerias estratégicas entre projectos de investigação e desenvolvimento e os sectores públicos e privado, explicando que pretende promover esse debate de ideias e propostas no futuro Fórum de Participação de Lisboa (...) que pretende instalar no Pavilhão de Portugal, que a câmara está prestes a adquirir à Parque Expo: "Sempre defendi que o Pavilhão devia ter duas funções: uma cultural e outra de discussão dos problemas da cidade, fora da assembleia municipal, num ambiente menos formal, aberto aos cidadãos e sem o peso da representatividade política", disse".
Parece-me que há uma certa confusão no que toca ao termo "cluster". E mais valia à CML que cuidasse de pegar no cerne que consistia a proposta de campanha de MMC, designada por "Lisboa Criativa", essa sim uma verdadeira mais-valia para Lisboa, que merece consenso não só local como nacional. Tudo o mais que se possa dizer sobre "clusters" é pura demagogia.
"(...) Carmona Rodrigues adiantou que estão já em fase de estudo a construção de residências e locais de estudo no pólo universitário da Ajuda e na Cidade Universitária. "Há muitos privados interessados em parcerias", revelou o autarca".
Acredito que haja muitos privados interessados, sobretudo da construção civil. Acontece, porém, que o pólo universitário da Ajuda é a maior barbaridade ambiental que ocorreu em Lisboa nas últimas décadas, e toda a gente parece esquecer-se disso. Longe da vista, longe do coração?
PF
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