Exma Sr. Vereadora Marina Ferreira,
Há cerca de seis meses, a CML arrancou todos os pilaretes existentes nos passeios do bairro do Castelo, incluindo os instalados pelos próprios moradores e comerciantes, alegando que iria condicionar o trânsito na zona. Entretanto, nada mais foi feito e o bairro foi abandonado ao livre trânsito automóvel.
Devido ao estacionamento selvagem que agora ocupa todos os passeios do bairro em consequência da intervenção camarária, a mobilidade no bairro tornou-se muito mais difícil do que já era.
Ao cimo desta rua - Rua da Saudade - encontra-se o monumento mais visitado do país, o castelo de São Jorge. Ao fundo à esquerda, está situado o principal monumento romano da cidade, o Teatro Romano. À direita encontra-se um centro de saúde da Misericórdia de Lisboa que presta apoio essencialmente a crianças e a idosos. Pelo caminho, encontram-se diversas casas e estabelecimentos comerciais cujas entradas estão permanentemente obstruídas por automóveis…
A foto (em anexo) fala por si e comprova o desprezo a que CML tem votado o bairro mais antigo da cidade, assim como os seus moradores e os turistas que o visitam.
Perante esta situação - relativamente à qual a EMEL já enjeitou quaisquer responsabilidades - gostaria que a Sr.ª Vereadora Marina Ferreira, responsável pelo pelouro da Mobilidade na CML, formulasse uma resposta franca e esclarecedora às seguintes questões:
Por que motivo, e até quando foi suspenso o processo de condicionamento do trânsito no bairro do Castelo?
Dado que esta situação se arrasta há mais de meio ano, por que motivo não foram repostos os pilaretes arrancados pela CML, os quais, dada a tradicional inércia policial e municipal, constituíam a única defesa dos moradores face à permanente ocupação dos passeios e de literalmente TODO o espaço público do bairro por automóveis?
Atentamente
Luís Pedro Correia
29/03/2006
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