30/03/2006

Obras financiadas c/verbas jogo

"A localização do novo casino em Lisboa trará à cidade dois tipos de contrapartidas financeiras que a irão beneficiar. As iniciais ascendem a 30 milhões de euros, divididos em quatro tranches iguais de 7,5 milhões de euros. Metade dessa verba (dos 30 milhões) deverá ser aplicada no Parque Mayer na reconversão de pelo menos um teatro. Vai haver ainda outra parte que deverá ser canalizada para a reabilitação do Pavilhão Carlos Lopes, bem como uma terceira parte destinada à construção de um museu nacional, muito provavelmente será o novo Museu dos Coches a construir em Belém."

Boas notícias: o Capitólio está na calha... cada vez mais sem Gehry, e para o Pavilhão dos Desportos. Lisboa agradece.

Já quanto ao Museu dos Coches, há muitas dúvidas: desde logo no facto de parecer haver uma grande confusão sobre o novo poiso dos coches (já agora, CML/MC, é favor restaurarem os outros 2 coches joaninos ... S.F.F.), isto porque se são boas notícias o regresso do Picadeiro Real, já uma coisa é a ideia, óptima e antiga, outra coisa, bem diferente, é pensar que vamos ter ali os Lipizzaner ou a Escola de Alter do Chão ... Por outro lado a pergunta é: onde se lê "construção em Belém" deve-se ler "adaptação das antigas oficinas do Minisério do Exército, defronte à estação de comboios de Belém" (que foram já objecto de 2 protocolos de permuta, um do tempo de MMC à frente do MC, e um outro do tempo de PSL à frente da CML), ou será mesmo "nova construção". Se for este último, onde? por quanto? porque se abandona a ideia de reconversão do espaço militar devoluto?

Por último, e mais importante que tudo isto junto, é constatar-se que Lisboa arranjou outro orçamento anual: as receitas do casino. Donde se conclui que a CML não precisa de Orçamento Geral. Pela mesma ordem de ideias, feche-se o pelouro da Cultura e das Obras, pois o Casino passará a ocupar-se disso directamente, sem mais encargos para os lisboetas.

PF

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