27/08/2009

Ainda a campanha anti-marquises

Exmo. Sr. Luís Mesquita Dias


No seguimento da notícia publicada na edição de hoje do Público, dando conta do lançamento de uma campanha anti-marquises, serve o presente para lhe enviarmos os nossos sinceros parabéns pela sua iniciativa, que devia partir de quem de direito, e colocarmo-nos à inteira disposição para ajudarmos a divulgá-la e torná-la eficaz.

Com efeito, há décadas que Lisboa padece desse mal, que a vai desfigurando aos poucos, e, pior, se vai “instalando” onde não devia, a começar pelos regulamentos da própria CML que, em vez de serem claros quanto à necessidade de as impedir, por ilegais, e combater; antes as aceitam, aprovam e chegam a incentivar, invertendo-se assim, a nosso ver, os princípios que deviam reger a cidade.

Sem mais de momento, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Pelo Fórum Cidadania Lx


Paulo Ferrero, Luís Marques da Silva e Júlio Amorim

11 comentários:

Anónimo disse...

Vai haver aqui alguma declaração de interesses dos membros do Blog? Terão coragem de dizer quem tem e quem não tem marquises?

Anónimo disse...

Não seja por isso, caro anónimo: eu não tenho nada contra, e não possuo marquise. Os meus pais, pelo contrário, são os felizes proprietários de uma marquise no seu apartamento (na Damaia, caso queira saber).

Salvador, disse...

Também não tenho marquise nenhuma,mas também não é isso que vem ao caso e porque raio é que, perante uma questão concreta, terá que vir sempre um tuga esperto que em vez de contribuir para a discussão, vem espetar a farpazinha jocosa?
Este entendo ser um asunto a resolver. Não podemos continuar a permitir a desfiguração total dos edifícios, sem sujeitar estas alterações a projecto, parecer e licenciamento camarário.

Maria disse...

Na minha opinião, a maioria dos edifícios onde há marquises são caixotes, não são obras-primas, daí que não se desfiguram pelas ditas.
Infelizmente, nos edificios que considero como obras-primas, não se fazem marquises... deitam-se abaixo e constroiem-se caixotes, com algumas varandas, e depois lá vem o ciclo vicioso.

Anónimo disse...

Quem tem marquise, merece-a.

Anónimo disse...

declaração de interesse a pedido de alguém
NÃO TENHO NENHUMA MARQUISE
e sou contra todas as marquises não originais e nas fachadas da frente.
nuno caiado

Rui Dias disse...

Anti-marquise? Apoio incondicionalmente. E já agora na campanha anti-marquise que se incluam também as parabólicas e os cabos de telefone e TVs que correm as fachadas e saltam de prédio em prédio!

Anónimo disse...

O que eu gosto de um Bom Discurso Presidencial vindo de uma marquise...
Nunca esquecerei aquele Domingo de Janeiro de 2006.

Anónimo disse...

De facto se pensarmos bem, a responsabilidade não é só das pessoas que, por terem um espaço exterior acessível e pouco útil enquanto aberto, tendem a reutilizá-lo da forma mais evidente possível: fechando-o aumentando o seu conforto e espaço interior da sua habitação, a responsabilidade é também dos arquitectos que se deram ao luxo de projectar edifícios e mais edifícios sem qualquer estética ou gosto arquitectónico para satisfazer as ambições economicistas dos construtores das décadas de 80 e 90 que nada se preocuparam com varandas mais ou menos rectangulares. A responsabilidade é principalmente dos projectistas e promotores imobiliários, e claro, em último lugar dos proprietários das fracções autónomas que em muitos casos, vendo a família aumentar e sem dinheiro para mudar de casa, apenas decidiram tornar o seu espaço mais eficiente: as varandas são assim o único sítio aproveitável na expansão da gaiola de betão.

Podem vender estores brancos ou coloridos, marquises ecológicas, criar até movimentos anti-marquises, tudo será em vão enquanto não mudarem o paupérrimo estilo arquitectónico ainda vigente em Portugal.

Anónimo disse...

o problema das marquises é plural e nem sempre tem a ver com a muito m´arquitectura. a av.infante santo está toda ela "marquisada" e dificilmente se pode dizer que a arquitectura é má.
na calç. do carriche alguns exemplares interessantes dos anos 60(não digo bonitos, eu nem gostaria de ali viver, mas é arquitectura admissivel), estão todos depalidados com mil e uma marquises

Anónimo disse...

por amor de deus tenho 2 filhos para criar
deixem-me trabalhar se eu andasse a roubar nao revoltava ninguem
querem ver que o pirata sou eu!!!