In Jornal de Notícias (27/8/2009)
ANA RITA JUSTO, JOANA BOURGARD
«Falta de informação sobre transportes também motiva queixas
Para quem visita Lisboa, o mapa na mão e máquina fotográfica ao peito são essenciais. Cada um "desenrasca-se" à sua maneira. Mas a falta de informação nas ruas da cidade é uma crítica constante dos turistas mais jovens.
"Deviam haver mais mapas na cidade que indicassem os sítios mais importantes para os turistas verem", afirma ao JN Michael, 29 anos, um turista inglês que, ontem, chegou a Lisboa num cruzeiro, com a namorada e uns amigos. Enquanto assistiam a um espectáculo de magia sob o arco da Rua Augusta, Konstanze, namorada de Michael, confessa que pelo facto da estadia se resumir "a umas horas", o grupo nem iria "procurar mais informação".
No dia em que se inauguram dois postos de turismo na cidade vocacionados para os jovens, estes vêm reafirmar a falta de informação, que tentam compensar com dados recolhidos de guias turísticos e via Internet.
É o caso de Lea, uma turista alemã, de 20 anos, a passear perto do Padrão dos Descobrimentos. "Obtive mais informação através da Internet, mas não sabemos onde são os postos de informação e só temos um guia pequeno", disse, salientando que tem andado "muito", pois também não encontra muita informação sobre os transportes públicos, "nomeadamente os comboios".
Por toda a cidade, os turistas multiplicam-se, apesar de não se verem as enchentes habituais. De volta dos postais numa loja de rua, Pablo Henny e Isabel Ibaceta, um casal chileno de férias, admite que já traziam alguns percursos definidos. "Nem sequer procurámos os postos de informação turística, mas também não vimos nenhum. Se calhar deviam estar mais bem sinalizados", diz Isabel. Em Lisboa há dois dias, o casal ressalva, porém, que, em termos de mapas, "a cidade está bem".
Já Elisangela e David Barros, cunhados vindos da Margem Sul do Tejo desenvencilharam-se mais facilmente. "Já estou em Portugal há oito anos, por isso já conheço mais ou menos as coisas mas o meu cunhado não", observa Elisangela, natural de Cabo Verde. Também não recorreram a postos de turismo, mas David afirma que gostaria de ter mais informação "sobre a baixa da cidade".
Ainda assim, vale a língua portuguesa a quem "vai para fora cá dentro". Na fila para os Jerónimos, João e Mónica, de 21 e 22 anos, sabem o que procurar para contornar a falta de informação.»
27/08/2009
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6 comentários:
quem vai ao mar avia-se em terra.
que ideia mais peregrina, só falta andar ao colo com os turistas, ainda por cima os jovens.
basta ver os mapas da cidade de lisboa, espalhados por toda a cidade, que remontam aos anos 80/70, sem refer~encias a belém, paço do lumiar, e onde ainda nem sequer existia o parque das nações, o parque da bela vista, o parque das conhas, os bairros de telheiras, laranjeiras, o colomno.
Ou seja, nos mapas espalhados pela cidade, lisboa vai até ao campo grande e a alfama.
ao contrário, o metro de lisboa tem mapas da cidade, incluindo os arredores até ao parque do jamor.
sem falar na questão da abrangência, os mapas estão completamente deactualizados quanto aos equipamentos culturais, parques de estacionamento, estações de metro, linhas da carris, linhas de comboio (fertagus) e sem qualquer referência ás ligações ao metro da margem sul e ás praias e palácios da zona metropolitana.
isto é que é cuidado na capitale cidade mais visitada do país!
já enviei diversos e-mails à CML mas não obtive resposta.
andam a gastar dinheiro em cartazes de guerra Câmara/Assembleia Municipal, mas não têm dinheiro para informação turística de mínimos olímpicos...
qualquer cidadezeca do país faz melhor.
Que um estrangeiro diga "deviam haver", não admira.
Já um português...
Não se diz «deviam haver» e sim «devia haver».
Bom, mas os turistas que nos visitam ficaram de certeza, a um mês das próximas eleições, elucidados quanto aos partidos políticos que há em Portugal, disso tenho a certeza.
Se não ficaram, pelo menos não foi por falta de outdoors.
sim...é lindo ver cartazes eleitorais perpendiculares e não pararelos ás vias e mesmo havendo, tapam monumentos, vistas panoramicas e de edificios, estáruas e afins.
bem...até os muppis stravessam-se nos passeios...
triste.
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