Não vão substituir os tradicionais parquímetros, mas serão uma forma alternativa de pagar o estacionamento de rua em Lisboa. Os parquímetros portáteis são pequenos, dispensam as moedas e serão lançados ainda este ano.
"São de fácil utilização, não é preciso ter dinheiro, cobra apenas o tempo efectivo de estacionamento e fornecem recibos", elogia Sérgio Azevedo, da direcção comercial da EMEL (Empresa Pública de Estacionamento de Lisboa), acrescentando que tem a vantagem de não implicar custos de manutenção para a empresa.
Para já, a empresa prefere não comprometer-se com datas quanto à entrada em funcionamento do serviço. Muito menos quanto ao custo do investimento que o utilizador terá que fazer para adquirir o aparelho. "Não há ainda um preço estimado. Precisamos de testá-lo, de garantir que cumpre todos os requisitos, mas não será nada de extraordinário", assegura, porém, o responsável.
A par dos parquímetros pessoais, a EMEL está também a testar uma parceria com o "Lisboa Viva" nos bairros históricos de acesso condicionado. Sérgio Azevedo explicou que os cartões poderão ser carregados com um determinado "plafond", que depois é utilizado para entrar e sair dos bairros.
Quanto aos parquímetros portáteis, basta retirá-los da mala ou do porta-luvas, ligá-los, inserir um cartão (Smart card), seleccionar a zona de estacionamento e pendurar o aparelho no espelho retrovisor ou então no tabelier. Uma luz verde ficará visível e os fiscais que passarem pelo lugar saberão que o serviço está a ser cobrado.
Ao regressar ao automóvel, é só desligar o aparelho. Em caso de roubo, a máquina será inútil para o ladrão, uma vez que o dinheiro (plafond) está no "smart card", um cartão idêntico aos usados no multibanco.
Os pequenos aparelhos já estão concebidos para cobrar tarifários diferenciados, conforme a zona de estacionamento medida que a empresa conta colocar em prática, uma vez que, actualmente, existe tarifa única para toda a cidade.
"Esperamos que seja um sucesso. Poderá servir para o utilizador comum, mas acredito que será muito vantajoso para situações de cargas e descargas", afirmou.
Além do tradicional pagamento do estacionamento nos parquímetros, a EMEL já dispõe de títulos de pagamento pré-comprados que ficaram vulgarmente conhecidos como "raspadinhas", mas cuja adesão nunca atingiu grande expressão. A esmagadora maioria dos "clientes" da EMEL utiliza o parquímetro para pagar os lugares de estacionamento.
Em tempos, chegou a equacionar pagamentos via SMS, mas o projecto não chegou a ver a luz do dia. O mesmo aconteceu com uma outra solução com a mesma filosofia da Via Verde.
In JN
3 comentários:
tantos projectos, cada uma mais patético que o outro.
tudo se resume a disciplinar zonas de selvajaria e a criar condições de mobilidade (que é confundida com estacionamento para todos);
ESTACIONAMENTO PARA OS MORADORES, por favor, à razão de 1 carro por familia.
A EMEL vende a via pública ao público... aos seus proprietários !
É inconstitucional e por isso os parquímetros estão sempre "avariados",melhor, estão legalizados pela justiça popular,visto que a outra não consta...
A EMEL e quejandas são para esquecer !
O Ordenamento do trânsito (e do estacionamento) só se resolverá com o Ordenamento da Cidade como um todo, como se fez em Londres e noutras cidades,nunca com medidas avulsas. Restrições aqui debatidas no Castelo, no Bairro Alto(etc)e mais recentemente no Terreiro do Paço,limitam-se a transferir os problemas de uma zona para outras,agravando estas.
Numa altura em que se fala tanto de "repovoar" Lisboa,
taxar os lisboetas para estacionarem na sua cidade é um absurdo...
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