Retrato do jardim municipal, criado na década de 50, no logradouro com entrada pela R. Cervantes. Levantamento fotográfico de Junho de 2008.
No passado dia 21 de Março a CML iniciou obras de «requalificação» deste jardim no interior do quarteirão formado pela R. Cervantes, Av. Madrid, Av. João XXI e Praça do Areeiro (entrada é só pela R. Cervantes).
A requalificação era uma obra reclamada há muitos anos pelos moradores. Este jardim municipal estava numa degradação extrema e totalmente transformado num parque de estacionamento ilegal (incluindo várias viaturas abandonadas e outras até a servir de residência permanente!).
Infelizmente, e como ainda é hábito, o projecto de intervenção nunca foi tornado público nem aberto à participação dos moradores. E aos munícipes que pediram para consultar o projecto a CML nunca respondeu. Existe o receio de que a «requalificação» queira dizer, abate de algumas árvores e redução dos canteiros para criar mais lugares de estacionamento - para esse cidadão principal de Lisboa chamado «viatura automóvel privada». Promover o estacionamento neste jardim não faz sentido porque a zona tem oferta suficiente de lugares de estacionamento (gratuito à superfície, ou pago, na Garagem Monumental do Areeiro).
Esperemos que no final das obras a CML tenha afinal retirado lugares de estacionamento, plantado mais árvores e arbustos, assumindo aquele espaço como jardim e não como parque de estacionamento com árvores.
11 comentários:
Mas qual abate de árvores, qual quê.
O Zé que fazia falta embargava logo esse abate.
E essa falta de abertura à participação dos moradores só pode ter uma razão: o Zé está de férias. Aliás está de férias desde que virou vereador com pelouro.
LOBO VILLA,21-08-09
É claro que "requalificação" da CML(ou de Cascais ou de outra...) significa mais negócio,mais betão ,mais automóveis.. e mais tudo,desde que dê dinheiro,em suma mais um negócio.
A população ? As árvores?? Os jardins ??? Os Espaços Livres ????
Cadê o negócio ?
Nâ...! Isso só dá despasa !!!
Sim, esperemos que no final das obras a CML tenha árvores e arbustos, se calhar girassóis, assumindo aquele espaço como jardim e assim lhe faça a vigilância e manutenção durante muitos e longos.
E que lá apareça o Pai-Natal na época respectiva.
UMA SELVA TROPICAL!
UMA SELVA TROPICAL!
não percebo o post... se as fotografias demonstram o estado anterior do logradouro, é por demais evidente que seria necessária uma intervenção.
Esta é feita e agora existe um receio de que a intervenção não agrade a alguns moradores? Não é caso para dizer que pior não ficará de certeza e dar os parabéns a quem decidiu intervir neste espaço?
Pois claro, o que é preciso é intervir, marimbando-se o interventor para a opinião dos visados, no caso os moradores.
Diz que na ex-URSS, felizmente defunta, também era assim.
Até que as obras terminem, e porque a mesma não foi tornada pública...
«pior não ficará»
Eu não falaria com tanta certeza. Institucionalizar uma legalidade não é ficar pior? Se no final das obras o jardim estiver livre de lugares de estacionamento, então sim, daremos os parabéns a quem decidiu intervir neste espaço verde. Mas quanto à falta de consulta & informação dos munícipes (e a falta de resposta aos pedidos de consulta), esse será sempre um aspecto negativo.
Democracia não é só ter eleições livres, é também saber ouvir, consultar, numa palavra, partilhar a gestão da cidade com aqueles que vivem e trabalham nela: os munícipes.
Em relação à informação dos munícipes concordo consigo, FJorge. No entanto, decerto perceberá que não há obra que é unanimemente apoiada - se ficássemos sempre à espera de agradar a todos, nada seria feito.
Apenas acho que as fotografias e o conteúdo do post são algo enganadores. Penso que a crítica deveria ser feito aos moradores, que deixaram chegar ao jardim àquele estado e não a quem decide intervir para alterar a situação.
Concordo com a crítica que faz aos moradores. De facto, o estado a que chegou o jardim é bem revelador do nível de cidadania de alguns munícipes. Por essa razão é que refiro «alguns moradores» pois as fotos provam que para outros (talvez a maioria?) aquilo era um bom parque de estacionamento gartuito mesmo à porta de casa. Penso que isto, por si só, valida a divulgação das imagens.
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