27/08/2009
Desaparecimentos anómalos no Jardim Botto Machado
Ao Jardim Botto Machado, plantado em 1862, tem vindo a ser dada grande relevância devido ao facto de ter sido recentemente alvo de obras que o tornaram mais moderno, merecendo de todos os que o visitam largos elogios. A Câmara Municipal de Lisboa está de parabéns.
Porém, um olhar mais atento, facilmente descobre o desaparecimento de dois elementos de grande importância no conjunto daquele espaço público.
Referimo-nos a um exemplar de Buganvília, com mais de cem anos, que existia junto ao muro de suporte de terras que dá para o Campo de Santa Clara e ao belo e valioso bebedouro que desapareceu para dar lugar a um mais moderno.
Não podemos deixar de lamentar e denunciar estas duas perdas de valor incalculável para a cidade de Lisboa e procuraremos encontrar junto de quem de direito as explicações e os responsáveis por estes crimes, tanto mais que já não é o primeiro caso de desaparecimento de obras de arte, que são pertença de todos os lisboetas, durante obras de “requalificação”, como foi o caso do bebedouro do Largo Vitorino Damásio, por exemplo.
Associação Lisboa Verde
Pinto Soares
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7 comentários:
o novo bebedouro é mesmo pífio.
o que leva a CMLÇ a substituir uma bela peça por aquela coisinha?
faz lembrar a história dos candeeiros.......
Não foi o Zé! Não foi o Zé! Foi um energúmeno qualquer menos o Zé!
Depois da invasão dos automóveis, e da negligência geral, os nossos jardins agora sofrem a ameaça das obras de reabilitação que de um momento para o outro fazem desaparecer espécimes seculares e mobiliário antigo.
O Jardim do Arco Cego também perdeu uma buganvília gigante que resistira a tudo, até mesmo à poluição do terminal da Rodoviária, mas veio a sucumbir à transformação desse espaço em jardim!
As bunganvílias seculares do Jardim de S. Pedro de Alcântara também foram arrancadas talvez para pintarem os muros, como se os muros fossem mais importantes do que as buganvílias.
Há qualquer coisa de errado nestas obras e em quem as executa, talvez se tenham enganado no métier.
Comecem a tomar nota Dos fornecedores destes bebedouros e vejam se não são sempre os mesmos.
Vejam quantos são substituidos e multipliquem pelo seu custo e depois,... digam quantos "arranjinhos" urbanistícos se fazem por aí...
Sempre muito atenta a Lisboa Verde, grande trabalho ao serviço da cidade e dos espaços verdes tem feito esta associação.
Se as obras forem bem feitas, foram os serviços camarários. Se foram mal feitas, a culpa é do Zé. Já percebi como muitos pensam por aqui...
'O quê? Aquela àrvore raquítica? Estava seca A gente arrancou-a! E o bebedouro? Era velho!'
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