A Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) quer expandir-se para a zona da Expo, apesar de reconhecer que não tem conseguido assegurar a gestão de um terço da área que explora.
Segundo o Plano de Actividades 2009, a que a Lusa teve acesso e que ainda tem de ser aprovado pela Câmara Municipal, a EMEL reconhece que não tem conseguido assegurar a gestão de cerca de um terço da área que lhe está concessionada, mas prevê a expansão da sua actividade, com a instalação de 60 parquímetros na zona da Expo.
Neste caso, a EMEL ainda aguarda decisão da autarquia favorável a esta extensão da sua área concessionada, que no final de 2008 abrangia mais de 40 mil lugares, dos quais quase 38 mil à superfície e 2 744 em parques de estacionamento.
Segundo o Relatório e Contas de 2008, que também terá de ser aprovado pela Câmara de Lisboa, do total de lugares que explora, a EMEL apenas conseguiu gerir cerca de 70 % (26 568 lugares), deixando por explorar de forma consistente mais de 11.400 lugares, que a empresa atribui ao vandalismo e à antiguidade tecnológica do equipamento.
A EMEL também reconhece no Plano de Actividades 2009 a necessidade de "melhorar a eficiência económica" e que tem tido "uma exploração estruturalmente deficitária, apesar dos resultados positivos alcançados nos últimos dois anos".
Contudo, a empresa sublinha que estes resultados positivos têm sido conseguidos "graças exclusivamente às comparticipações da Câmara Municipal de Lisboa, associadas aos contratos programa assinados, que têm vindo progressivamente a terminar".
A expansão prevista para este ano da EMEL permitirá è empresa a gestão de mais 8 632 lugares de estacionamento (excluindo a zona da Expo), dos quais 3 367 para residentes, o que "implica um investimento adicional de 244 parquímetros e a contratação de mais 30 agentes de fiscalização", refere o Plano.
Outros dos objectivos da EMEL é reduzir as despesas de gestão de parques como o das Portas do Sol, que só em 2007 deu um prejuízo à empresa que rondou os 150 mil euros.
A EMEL pretende ainda lançar novos parques de estacionamento (Mercado Chão de Loureiro ou Rua Sousa Lopes), ampliar a capacidade de estacionamento dos existentes, dando como exemplo o da Calçada do Combro, e negociar a concessão da gestão de outros como os do Lumiar e Campo Pequeno.
No âmbito destes projectos, destaque para o silo de estacionamento do Mercado do Chão do Loureiro, que vai custar mais um milhão de euros do que o contratualizado em 2006 pela Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL).
O projecto prevê a remodelação do antigo mercado, transformando-o num silo de estacionamento com 204 lugares, a criação de um espaço comercial (supermercado) e outro de restauração "que se pretende de excelência face às características verdadeiramente únicas", refere o documento. De acordo com o contrato da empreitada assinado em Novembro de 2006 entre a EMEL e a Soares da Costa, a obra deveria custar 2,6 milhões de euros (mais IVA).
O contrato de empreitada previa a concepção e construção de um parque de estacionamento em altura no antigo Mercado do Chão de Loureiro, com capacidade para 250 lugares, mais 46 do que o actual, em nove pisos.
In JN(3/8/09)
Por acaso faz sentido aumentar a área concessionada tendo em conta a eficácia com que é fiscalizada a área actual.
2 comentários:
Esperemos que sim.
Se o estacionamento na zona da Expo não for regulado muito em breve, arriscamo-nos a criar por ali mais uma bolsa de arrumadores a qual, como sempre, ninguém saberá depois resolver.
LOBO VILLA 10-8-09
O Espaço Público pertence ao Público ie aos contribuintes,a todos nós, e a EMEL anda a vender-nos a nós , aquilo que é nosso...
Em tempos o ACP andou a averiguar esta situação anómala e aparentemente inconstitucional.
Onde andará tal pesquisa ?
A Câmara depois de nos vender o nosso espaço Público,que nós pagamos ,será que nos irá vender a poluição maior da Europa que respiramos ?
Deixo a pergunta...
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