Estação eléctrica em Monsanto chumbada
21 05 2009 08.51H
A oposição na Câmara de Lisboa chumbou quarta-feira a instalação de uma nova sub-estação da Rede Nacional de Transportes e Electricidade (REN) em Monsanto, que obrigaria à suspensão parcial do Plano Director Municipal (PDM).
Destak/Lusa destak@destak.pt
A proposta do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), foi rejeitada por todos os partidos da oposição, recebendo os votos favoráveis exclusivamente do PS e do vereador José Sá Fernandes.
“Ninguém está acima da lei. A REN que faça o estudo de impacto ambiental”, afirmou a vereadora comunista Rita Magrinho, sublinhando que a instalação da sub-estação vai “sacrificar dezenas e dezenas de árvores”.
Para a vereadora do PCP, “a REN não pode destruir uma parte de Monsanto, por mínima que seja”.
O vereador do Ambiente, José Sá Fernandes, afirmou que a “obra não carece de estudo de impacte ambiental porque se trata de uma rede eléctrica de cabos subterrâneos”, tendo, contudo, sido feito um estudo de incidências ambientais.
Sá Fernandes defendeu que a obra tem vindo a ser adiada desde há cinco anos e é “fundamental” para o abastecimento de electricidade na na zona ribeirinha, desde a Ajuda ao Cais do Sodré, bem como nas Freguesias de Carnaxide e Algés, do Concelho de Oeiras.
O chumbo da proposta por parte da oposição vai ao encontro das reivindicações da plataforma por Monsanto, que tinha apelado às forças políticas representadas no executivo que rejeitassem o projecto.
A plataforma argumentava que a área do parque florestal tem vindo, “de excepção em excepção”, a diminuir “drasticamente” ao longo dos anos.
A autorização da autarquia, pedida pelo Ministério da Economia, seria condicionada ao cumprimento por parte da concessionária de medidas “minimizadoras” que passavam pela plantação em Monsanto do mesmo número de árvores cujo derrube fosse necessário para a instalação da sub-estação e a redução da largura do novo caminho de acesso previsto para 3,5 metros.
Estabelecia-se ainda que a compensação pelo derrube das árvores far-se-á de acordo com as normas de Granada - um sistema de valorização do arvoredo, sobretudo arvores e arbustos ornamentais.
21/05/2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
15 comentários:
"recebendo os votos favoráveis exclusivamente do PS e do vereador José Sá Fernandes"
Mais uma vez, está tudo dito.
ainda bem que não foi aprovada.
VAMOS SALVAR O NOSSO PULMÃO, porque só há um, não há dois.
É isso mesmo, mais uma vez está tudo dito, mas não resisto à tentação de acrescentar que, em outros tempos, o JSF não seria nada brando com este tipo de projecto.
Ai de quem utilizasse o argumento de que não era necessário estudo de impacto ambiental .... era o fim do mundo... era embargo na certa.
Como as pessoas mudam com o poder ...
Já nem há palavras.
Uma boa notícia ! O Monsanto é para conservar....e não para alterar.
Respeitem a visão que alguns tiveram em plantar esta floresta para usufruto de todos.
Mas quem é que hoje faria uma plantação deste calibre ???????
Estamos de parabéns:
Obrigado aos que ainda defendem Lisboa.
será que vao lá por um cartaz dizendo: "queriamos deitar estas árvores abaixo mas a oposição não deixou".
É já tal o número de suspensões do Plano Director Municipal neste meio-mandato (lembre-se que deveria ser de gestão ou muito consensual) que se diria que Lisboa vive em permanente estado de sítio.
Eu diria que está sitiada. Pela especulação imobiliária...
Eu votarei em qualquer lista que corra de lá com essa enorme FRAUDE de nome José Sá Fernandes.
Qualquer.
CDU
BE
BE é do Sa Fernandes BAH
O "pandam" está feito MS e JSF, dois grandes piratas da cidade. Enquanto não destruirem tudo o que ela tem de bom não ficarão satisfeitos.
Antes de votar, há que conhecer as barbaries que têm feito !!!!
Quem é MS?
(M)estre(S)adomasochista.LOL.
Enviar um comentário