00h30m
TELMA ROQUE *, * COM AGÊNCIA LUSA
A Ribeira das Naus, na Baixa lisboeta, deverá reabrir ao tráfego individual ao contrário do que estava inicialmente previsto, embora limitado a uma faixa de rodagem. Este é apenas um dos acertos que esta quarta-feira vão a votos.
Segundo o relatório do Estudo do Novo Conceito de Circulação para a Frente Tejo entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré, que amanhã o executivo terá em cima da mesa para discutir, a Rua do Arsenal permanecerá, após as obras no Terreiro do Paço, reservada ao transporte público. Já a Avenida Ribeira das Naus reabrirá ao transporte individual, apenas com uma via em cada sentido.
As alterações no trânsito na Baixa e no eixo ribeirinho, impostas há cerca de três meses, levaram mais pessoas para o transporte público e penalizaram sobretudo a circulação na Rua do Arsenal, onde o volume de viaturas sofreu um grande aumento.
O relatório da discussão pública do modelo de circulação para a Frente Tejo, a que a Lusa teve acesso, recomenda ponderação relativamente a alguns efeitos das alterações de trânsito na Baixa, nomeadamente o aumento de tráfego na Rua da Conceição. Sugere ainda uma reavaliação do esquema de circulação para as duas encostas (Chiado e Castelo), uma vez que este eixo ficou mais carregado de automóveis, o que fez aumentar igualmente os tempos de percurso do eléctrico 28.
As alterações do trânsito na Baixa não fizeram baixar a procura no sentido ascendente da Avenida da Liberdade, revela o documento, admitindo que tal se deva ao aumento da procura das transversais da Avenida da Liberdade em direcção ao Marquês de Pombal e do retorno obrigatório do tráfego que, descendo a Avenida, não pretende aceder às colinas. "No fundo, o tráfego com origem na Baixa e que ao fim do dia tinha duas alternativas para sair para outras zonas da cidade, agora concentra-se na Avenida da Liberdade", pode ler-se no documento.
O relatório aponta igualmente para a necessidade de continuar a monitorizar "algumas ruas mais frágeis", nomeadamente a Rua da Conceição, Rua da Madalena e, em particular, as ruas da colina do Castelo e Graça. Realça também a necessidade de articular com a Administração do Porto de Lisboa, a Transtejo e a Carris os detalhes do conceito final que vier a ser definido.
Os moradores e os comerciantes da Baixa continuam a ser as vozes mais críticas face às restrições aprovadas pela autarquia (ler caixa de texto ao lado), assim como o Automóvel Clube de Portugal. Alegam que a Baixa está "vazia" e defendem um recuo.
TELMA ROQUE *, * COM AGÊNCIA LUSA
A Ribeira das Naus, na Baixa lisboeta, deverá reabrir ao tráfego individual ao contrário do que estava inicialmente previsto, embora limitado a uma faixa de rodagem. Este é apenas um dos acertos que esta quarta-feira vão a votos.
Segundo o relatório do Estudo do Novo Conceito de Circulação para a Frente Tejo entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré, que amanhã o executivo terá em cima da mesa para discutir, a Rua do Arsenal permanecerá, após as obras no Terreiro do Paço, reservada ao transporte público. Já a Avenida Ribeira das Naus reabrirá ao transporte individual, apenas com uma via em cada sentido.
As alterações no trânsito na Baixa e no eixo ribeirinho, impostas há cerca de três meses, levaram mais pessoas para o transporte público e penalizaram sobretudo a circulação na Rua do Arsenal, onde o volume de viaturas sofreu um grande aumento.
O relatório da discussão pública do modelo de circulação para a Frente Tejo, a que a Lusa teve acesso, recomenda ponderação relativamente a alguns efeitos das alterações de trânsito na Baixa, nomeadamente o aumento de tráfego na Rua da Conceição. Sugere ainda uma reavaliação do esquema de circulação para as duas encostas (Chiado e Castelo), uma vez que este eixo ficou mais carregado de automóveis, o que fez aumentar igualmente os tempos de percurso do eléctrico 28.
As alterações do trânsito na Baixa não fizeram baixar a procura no sentido ascendente da Avenida da Liberdade, revela o documento, admitindo que tal se deva ao aumento da procura das transversais da Avenida da Liberdade em direcção ao Marquês de Pombal e do retorno obrigatório do tráfego que, descendo a Avenida, não pretende aceder às colinas. "No fundo, o tráfego com origem na Baixa e que ao fim do dia tinha duas alternativas para sair para outras zonas da cidade, agora concentra-se na Avenida da Liberdade", pode ler-se no documento.
O relatório aponta igualmente para a necessidade de continuar a monitorizar "algumas ruas mais frágeis", nomeadamente a Rua da Conceição, Rua da Madalena e, em particular, as ruas da colina do Castelo e Graça. Realça também a necessidade de articular com a Administração do Porto de Lisboa, a Transtejo e a Carris os detalhes do conceito final que vier a ser definido.
Os moradores e os comerciantes da Baixa continuam a ser as vozes mais críticas face às restrições aprovadas pela autarquia (ler caixa de texto ao lado), assim como o Automóvel Clube de Portugal. Alegam que a Baixa está "vazia" e defendem um recuo.
in "Jornal de Notícias"
20 comentários:
Que uma Avenida como a 24 de Julho não «pegue» com uma Avenida como a Infante D. Henrique não lembrava ao careca.
Mas lembrou.
E aparentemente eles ignoram que muito do tráfego é provocado por gente que anda a trabalhar. Técnicos disto e daquilo, distribuidores de tudo e mais alguma coisa, é só ver as viaturas das mais diversas firmas que por aí circulam e que numa faixa em cada sentido na Av. Ribeira das Naus irão de caras provocar os engarrafamentos já por demais conhecidos.
Enfim, haverá cérebros que julgam que toda essa gente poderá passar a fazer o seu trabalho de bicicleta.
A notícia está errada.
Nunca se ponderou fechar a ribeira das naus ao transito automóvel.
O que consta de qualquer documento do Governo ou da CML é a defesa da diminuição e não a restrição total.
ai os jornalistas...
Quém é que condiciona a Ribeira das Naus sem qualquer outro plano para o tráfego? Que raio de lógica ilógica! A Baixa de Lisboa e as circundantes colinas já têm, por defeito, trânsito caótico, estacionamento selvagem, transporte público desorganizado e falta de condições para trânsito pedestre.
Será razoável pensar no Terreiro do Paço sozinho em vez de pensar nele como parte integrante de uma zona?
E mesmo que sejam pessoas dentro de carros, que não transportem mercadoria transacionável mas que desejam ir ao supermercado ou jantar fora ou sair para tratar de um assunto qualquer, largar e buscar crianças...que raciocínio mais limitado pensar que o todo o transporte de pessoas tem de ser público??? A luta de classes não conquista o podium abolindo a viatura privada. Não se alcança nenhuma consciência colectiva só por se andar de autocarro. É tudo uma grande fantochada, estava mais do que definido o futuro do Terreiro do Paço nem sei porque é que nos criam a ilusão de que é um processo cívico, público e partilhado. Se a ideia de um debate público é uma tenda e um power point, 3 horas de discurso e meia hora de debate, é urgente rever os instrumentos da democracia. Moro na zona e nunca me senti chamada a participar e a projectar as minhas expectativas e da minha família em nenhum debate público...Vivo sem saber se os desígnios políticos vão ser condizentes com a minha forma de viver a cidade, refém de manobras e regras que nos são impostas, definidas por quem governa mas não mora, que debate mas não sente, que conjectura mas não vive. Não acredito que o património seja pertença de quem lá comprou perto uns quantos m2 mas se os moradores e os comerciantes da Baixa são as vozes mais críticas não será importante escutá-los!?? Tenho raiva, de ter um presidente que tem a arrogância de decidir em grémio o que é melhor para a nossa cidade. Que fica lixado da vida quando a Assembleia lhe lembra que não pode manobrar à déspota, um tipo que é tão arrogante que se esqueceu que já puxou o autoclismo muitas vezes quando estava no ministério da Adm. Interna e que as suas digníssimas fezes iam directamente para o Rio que ele se lembrou agora (e subitamente)de priorizar e defender. "O rio não pode esperar mais!" as pessoas, essas, que se aguentem que até Outubro temos Tritão a governar!!
Filipa Lex, não consigo entender como é que pode defender que as obras de saneamento que estão a decorrer no Terreiro do Paço deveriam ser adiadas... Quando o espírito crítico é tão grande que cega, há que parar para redefinir as prioridades, parece-me.
Todos têm o direito à critica - até mesmo à embirração pessoal -, mas creio que seria uma vergonha e certamente uma ilegalidade (contra o direito comunitário) continuar a atirar sem qualquer tratamento os esgotos de mais de 150 mil habitantes de Lisboa para o rio.
"...assim como o Automóvel Clube de Portugal. Alegam que a Baixa está "vazia" e defendem um recuo.
in "Jornal de Notícias""
Está realmente vazia mas é de idiotas auto-motorizados que insistiam em ir de carro particular para a baixa. Aleluia!!!
Que trapalhada de notícia...
Ninguém vai para a Baixa, seja de transporte público, seja de transporte privado: aquilo não interessa nem ao Menino Jesus!
Nas raríssimas vezes que lá passo, vejo uns turistas e umas pessoas já de idade avançada que ganharam noutros tempos o hábito de «ir à Baixa».
E depois, pedinchice, vagabundagem, carraças vendedoras, e nada que interesse.
Basta ir ao sitre da CML e está lá um estudo de trafego detalhadíssimo.
Isso já foi dito milhares de vezes neste site, mas parece que anda tudo a pensar no dia de sao nunca saber....
Não sei se abrir uma única faixa ao trânsito não será afinal pior do que cortá-lo totalmente.
Luís Alexandre
Caros amigos de estudos estamos nós fartos.
O tunel do Marques estava na proposta de Jorge Sampaio quando se candidatou à CML.
Foi mais facil manipular os numeros de entrada de veiculos em Lisboa do que cumprir uma promessa eleitoral.
Os erros são a montante e resultam todos os disparates que se fizeram nas periferias com a conivência de presidentes de câmara incompetentes e incultos de muitos promotores sem escrupulos, de arquitectos e engenheiros que tiveram as encomendas de trabalho.
Uma teia de malhas urbanas desconexas.
"Nas raríssimas vezes que lá passo, vejo uns turistas e umas pessoas já de idade avançada que ganharam noutros tempos o hábito de «ir à Baixa».
E depois, pedinchice, vagabundagem, carraças vendedoras, e nada que interesse."
A todos os que discutem comigo estas questões aqui têm a prova do nosso atraso cultural e nível de educação que domina a triste e frustrada sociedade portuguesa actual.
É a geração low-cost, low-education, low-expectations, low-intelligence, low-citizenship, enfim... Pena é além disto tudo ser very-high-stupidity.
O cidadão preocupado quando vai à Baixa, o que vê? Tirando termos em inglês, que estamos em PORTUGAL, claro. O inglês pode metê-lo onde adivinhou.
E depois o cidadão preocupado não atingiu, na sua elevada stupidity, que turistas, pessoas de idade, vendedores carraças, vagabundagem e pedinchice, o que basta passar na Rua Augusta para ver, não se deslocam para a Baixa em transportes públicos, como o cidadão preocupeidado certamente fará.
Errata: não se deslocam para a Baixa em transporte PRIVADO, como o cidadão preocupeidado certamente fará, pessoa tão distinta não se vai misturar nos transportes públicos, que lá cheira a sovaquinho e a chulé.
"Preocupeidado...."
É a geração low-cost, low-education, low-expectations, low-intelligence, low-citizenship, enfim... Pena é além disto tudo ser very-high-stupidity.
Até dói a alma de estar tão certo (antes preferia estar errado e estivesse tudo bem neste país)....
Boa sorte e boa educação é o que te desejo caro anónimo.
E tu preocupeidado que não és anónimo desejo-te que te saia um bilhete de ida para a Autrália, que lá também falam inglês, meu imbecil e presunçoso.
Devo ir à Austrália e Nova Zelândia este ano mas é de férias, porque pelo menos na Austrália o que me consta é que são atrasados como nós no que toca a opções de mobilidade - estão demasiado ocupados a copiar os atrasados dos Norte Americanos (exceptuando o Canadá que ainda é um bom exemplo).
Reforço os meus desejos: boa sorte e boa educação é o que te desejo caro anónimo.
Pessoalmente, preferia um eixo para transportes públicos na Avenida Ribeira das Naus. Como a CML propõe, passam a existir dois cruzamentos a nível entre a faixa TP e as outras:
CAIS DO SODRÉ (da Av 24 Julho TP - lado Sul para a Rua do Arsenal): os TP terão um cruzamento com a restante via.
SUL E SUESTE (da Rua da Alfândega / Praça do Comércio para Av Inf D Henrique - lado Sul): idem.
Ah, e pessoalmente, gostaria de ver mais áreas pedonais, requalificação dos passeios da Rua do Arsenal para ficarem mais largos e aumento da velocidade dos TP entre Santa Apolónia e Cais do Sodré, eliminando alguns dos principais conflitos existentes.
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