11/02/2009
A propósito do novo Campus da Justiça
Já muito se falou sobre o novo Campus da Justiça, já foi aplaudido, já foi criticado, enfim...há opiniões para todos os gostos.
Hoje fui, pela primeira vez, ao tão falado Campus...local onde irei muitas vezes, devido à minha actividade profissional.
Qual foi a minha experiência?
Numa hora e meia consegui tratar de assuntos no Tribunal Tributário, ir aos Juízos de Execução e ainda ao Instituto de Gestão Financeira da Justiça.
Antes do Campus, teria de ir ao Restelo (Tribunal Tributário), apanhar um táxi para chegar aos Juízos antes da hora de almoço (no Marquês) e teria de deixar o Instituto para outro dia (na Av. 5 de Outubro). Isto para não falar das vezes em que é necessário ir aos Juizos Criminais (na Pinheiro Chagas) e ao Tribunal do Comércio (na Rua da Prata9.
Sendo apologista de transportes públicos, fiquei surpreendido em descobrir o Campus é a 5 minutos a pé da estação da CP de Moscavide e, ao contrário do que eu pensava, existem vários autocarros com ligação directa ao centro da cidade. Para quem anda sempre a correr de um lado para o outro, o metro ainda não é alternativa, só quando existir a ligação Alameda - Saldanha.
Defeitos? Provavelmente ainda tem muitos, para além do trânsito que já se faz sentir naquela zona e do facto de não terem construído celas nos Tribunais Criminais (!), confirme me informou uma funcionária.
Conclusão?
Que me facilita a vida, facilita...e muito!!!
Etiquetas:
Campus Justiça,
Expo'98; Parque das Nações
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18 comentários:
Concordo em absoluto.
Qualquer pessoa que esta mudança na justiça em Lisboa vai trazer muitos benefícios.
O que aqui se tem equacionado, não é o mérito do projecto, nem a sua utilidade em relação ao modelo anterior, mas sim
qual o tempo em que estará gasto o retorno da venda do património do estado, com os alugueres dipendiosos e qual a penhora para as gerações futuras; essa incógnita ainda está por explicar. Será mais uma vez a política do "quem vier a seguir que feche a porta?"
qualquer entidade, seja pública seja privada, tem preferido o arrendamento do que a detenção de património...
Será por isso que a PJ vai ceder os espaços alugados e comprar a escola de veterinária?
questões completamente diferentes...o edificio ao lado é contíguo a edifício próprio.
tem a ver com concentração de espaços.
no caso do campus, adquir tudo aquilo seria demasiado oneroso, mas eliminaram-se espaços próprios e arrendados para concentrar naquele espaço.
ha que analisar os casos concretos
Se tem a certeza que a fórmula encontrada é a melhor, só tenho é que me calar.
Oneroso e até demais. se a solução de centralizar a justiça num campus é de louvar, a forma encontrada para o pagar é absurda. O arrendamento daquele espaço arruinará por completo o paroco orçamento judicial. É que caso os nossos amigos que pensam que a venda do patrimonio da justiça dará para pagar este arrendamento, desenganem-se pois feitas as contas apenas pagará 3 anos e 1 mês. Após isso serão gastos 900 mil euros por mês o que prefaz 10.800,00 € por ano e ao final de dez anos terá custado em arrendamento a módica quantia de 108 milhões de euros. Parece-me um pouco desajustado para a época extremamente dificil que atravessamos.
Também me parece Jorge. Mas com tantas certezas que por aqui há, de que a fórmula encontrada é excelente, fiquei na expectativa de que me poderiam provar o contrário.
A questão é saber qual o custo actual dos arrendamentos dos actuais serviços espalhados pela cidade de Lisboa. E os custos do transporte de processos e pessoas entre esses departamentos pela cidade.
Alguém tem essas números?
Apesar dos custos de deslocação serem suportados pelos particulares, tambêm têm que ser contabilizados.
Mas volto a perguntar se alguém tem dados criteriosos sobre o assunto ou mais uma vez, foi tudo feito em função da lei da probabilidade?
Quem vier que feche a porta.
Parece-me haver aqui duas questões fundamentais, que deveriam ser bem explicadas por quem de direito e que não têm a ver com a forma física encontrada, mas sim com o modelo pensado para a sua manutenção:
Em primeiro lugar pergunto se, é económicamente justificável a venda para privados do património, em especial o edifício da "Boa-Hora", tendo em conta todos os aspectos que podem ser equacionados.
Em segundo lugar, será que o aluguer de espaços para a instalação de longa duração de serviços, reduzirá os custos que daí advêm?
São uma melhor opção que a compra?
Tenho as minhas dúvidas quanto a estes assuntos.
É que de facto, ou as contas estão muito bem feitas ou daqui a uns anos estamos em mãos com uma "criança de ouro".
A minha dúvida é outra:
Será que este novo campus vai permitir uma justiça mais rápida para que de facto possamos falar de justiça?
É que estou há oito anos à espera de um julgamento de um desastre
O resto, para mim é conversa .
A questão é saber qual o custo actual dos arrendamentos dos actuais serviços espalhados pela cidade de Lisboa. E os custos do transporte de processos e pessoas entre esses departamentos pela cidade.
E os custos quase inquatificáveis de serviços espalhados pela cidade?
O que perde uma empresa privada se a sua sede é fragmentada por 22?
E mais. Sabem o que se faz com 100 milhões, palavras do próprio Primeiro Ministro na apresentação do programa “Equipamentos Sociais na Areas Metropolitanas”?
75 novas creches representando 3850novos lugares para as
crianças até aos três anos e de mais 760 salas para o sistema pré-escolar, mais de 20 mil
crianças, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Claro que estes 108 m € são em dez anos. Agora multipliquem pelas gerações futuras e vejam o balurdio. Nao esquecer que todos os anos em arrendamento serão 10,800,000,00€ por ano.
Quanto se gastavba por ano em outros arrendamentos, mais o desperdício de serviços espartilhados, o correio interno, a gasolina e transportes etc?
Então e para que serviu tanta desmaterealização e informatização - ainda é preciso andar de tribunal em tribunal a entregar e a mover papeis....
Estou confuso - para que é preciso concentrar serviços físicos na era da desamaterealização.
E a questão dos custos - vamos todos os contribuintes andar a pagar preços de mercado de arrendamento de escritórios exorbitantes para o resto dos tempos? Uma empresa que sabe que terá mercado e funcionará para sempre não arrenda - compra. O estado sabe melhor que os privados qual será a sua dimensão e quanto espaço precisará a médio longo prazo, por isso é que as empresas que flutuam em termos de pessoas de acordo com condições de mercado arrendam e fazem outsorcing - quanto ao estado isso não faz sentido nenhum.
Quem ganha com isto quando quase todos os contribuintes perdem?
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