12/02/2009

Sobre o Tribunal da Boa Hora

"ICÓNICO, DIZEM ELES
Não me lembro de ver ninguém protestar contra a falta de lavagem das ruas, o avanço do mato nas “zonas verdes”, os carros em cima dos passeios e em segunda fila, os buracos do Saldanha e outros sítios menos nobres, as paredes grafitadas, a vandalização dos telefones públicos, a deficiente sinalética do Túnel do Marquês, os ecopontos transformados em lixeiras a céu aberto, etc. Não. Há que ser selectivo. Um hotel no edifício do Tribunal da Boa Hora? Nem pensar! Os argumentos vão da anedota («contribuirá para desertificar a Baixa») à ideologia («edifício icónico, símbolo da liberdade»). Para Mário Soares, é mesmo «uma pouca-vergonha e um acto antilisboeta». A porcaria, já se viu, não incomoda estes preclaros defensores da nossa memória colectiva.
[A foto é de Carlos Medina Ribeiro e foi roubada aqui.] "
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Post de Eduardo Pitta no blog da Literatura (com o qual concordo e a quem agradeço).
O Eduardo Pitta refere muitos dos problemas que são discutidos aqui, no Carmo e Trindade, no LisboaSOS e em muitos outros blogs, os quais tiveram o mérito de amplificar o efeito das habituais "cartas dos leitores" publicadas em jornais.

3 comentários:

Anónimo disse...

Desculpar-me-ão a expressão mas não se percebe muito bem o que é que o "cu" tem a ver com as calças.
Não querem lá ver que agora só é moralmente correcto falar em hotel de charme na Boa Hora, construído á custa da alienação do nosso património,se fôr feito um inventário de tudo quanto é problema em Lisboa???

Anónimo disse...

desta vez concordo.

com tantos problemas na cidade, por causa de uma treta levantam-se vozes ilustres...

é de dar dó...

tanta energia gasta por nada.

anti lisboeta é estar descansadinho perante a decadência da cidade e apenas falar, com suposta autoridade, de questões mnenores...

Anónimo disse...

Isto é capitalismo selvagem puro e duro.
Agora que o mundo já está a pôr de lado estas ideias neo liberais, nós por cá ainda andamos a fazer as vontadinhas todas aos grande grupos económicos.
Como a "teta" tinha secado, trataram de inventar uma forma de satisfazer os apetites gananciosos de alguns (Pestanas e por aí fora), e entregam o nosso património para exploração.
VERGONHA!