Só quero lançar mais uma vez a pergunta:
-"E se esta catástrofe tivesse ocorrido em Lisboa?
- Já foram implementadas as medidas necessárias e urgentes, depois de tantos estudos e simulacros?
- Bombeiros, hospitais e Protecção Civil, já foram dotados dos meios apropriados a uma situação do género e os meios existentes, estão devidamente racionalizados e treinados? Sabem o que fazer em caso de acidente?
- Pois, bem me parecia..."
18/01/2010
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8 comentários:
Se fosse em Lisboa acontecia precisamente a mesma coisa que aconteceu no Haiti.
Mas aqui muita gente que aplaude predios de tabique sem construção anti-sismica e todos feitos em materiais combustiveis, e é contra edificios novos que cumprem as mais recentes regras de construção.
Qualquer dia é vê-los enterrados em valas comuns ou a viver em tendas vários anos.
Do pouco que sei (até porque não é a minha área de actuação), em troca de impressões e conversas com BONS empreiteiros, a chamada "gaiola pombalina", desde que não esventrada (o que nos dias que correm, com tanta obra de remendo é já uma raridade), é talvez mais segura em caso de terremoto do que algumas construções (de placa) feitas entre o final dos anos 80 e início de 2000.
A "gaiola pombalina" é um tipo de construção anti-sísmica, que evita nos primeiros momentos a quebra e a consequente derrocada dos seus elementos. Os materiais empregues durante o período que atrás referi são mais sujeitos a partir e desmoronar.
"Penso eu de que ..."
Os predios pombalinos não são a maioria em Lisboa, Luis Alexandre. A maioria são de tabique e muito má qualidade de construção.
Como este por exemplo, do principio do séc. XX:
http://www.youtube.com/watch?v=sGlcPw0qmxw
Xico se não sabes ficas a saber que os edifícios que resistem melhor aos sismos são os que nunca foram construídos e se quiseres estar bem seguro olha que uma tenda num descampado é o melhor que o mercado tem para oferecer e já agora tenta encontrar provas do contrário.
Quem viu ontem o "Prós e Contras", poderá ter ficado mais esclarecido.
Os edifícios não são de tabique, ou melhor, todos os edifícios, Pombalinos e posteriores, até finais do sec XIX, têm paredes de tabique, mas que não são as portantes.
O problema é a falta de manutenção e recuperação e as infiltrações, diminuem a resistência das paredes portantes, provocando por vezes a ruína e posterior derrocada.
Estes edifícios, de paredes portantes, se BEM conservados e recuperados, têm uma grande elasticidade e consequentemente, grande resistência aos sismos.
Ou seja, o problema não são os prédios, mas a falta de fiscalização e aplicação da Lei que obriga á conservação dos mesmos.
Até onde sei, o tabique está nas paredes interiores e não nas paredes principais ou mestras.
E os prédios a que me refiro são do tipo "gaiola pombalina", mas que foram construídos no início do século XX. Penso que este tipo de construção terá vigorado até aos anos 40.
Se tiver oportunidade de ler o Plano Local de Habitação (Lisboa), pode verificar que 42% do edificado de Lisboa foi construido até 1945. Em freguesias como a minha, essa percentagem sobe para 65% (dados do Censos 2001).
A qualidade de construção desses prédios era até bastante boa e, se bem mantidos, a sua longevidade é garantida
Pois claro Luís Alexandre.
Fiem-se na virgem fiem-se! Sabem lá as alterações que os vossos vizinhos ja fizeram ás casas. Nas casas velhas é tão normal mandar abaixo a parede dum dos quartos que tem janela para a rua, para fazer uma sala grande, já que a maioria das pessoas não precisa de casas com 5 ou 6 quartos, muito menos de quartos que com tanta porta duns para os outros quase não têm parede.
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