28/01/2010

VISITA GUIADA AO JARDIM FRANÇA BORGES-PRINCÍPE REAL

Vai ter lugar no próximo Domingo, 31 de Janeiro de 2010, pelas 11h30, uma visita guiada ao Jardim do Príncipe Real.
Esta visita é promovida pelo grupo "Amigos do Príncipe Real", é gratuita, e tem como objectivo dar a conhecer as características do jardim e as alterações que a Câmara Municipal de Lisboa está a implementar. A visita durará cerca de uma hora.
Os "Amigos do Príncipe Real" consideram esta visita a melhor forma de explicar as razões que nos têm oposto e que nos continuam a opor à intervenção da CML, ao mesmo tempo que viajamos da Grécia à Nova Caledónia, visitando as árvores do jardim.
Sabe, por exemplo, porque é o Cedro do Buçaco duas vezes mentiroso? E sabe que está previsto o abate de 62 árvores no jardim desde Janeiro de 2009 e que a CML quer plantar árvores ilegais em Portugal?
Venha visitar o jardim connosco. Domingo, 31/Jan/2010, às 11h30.
Encontro no acesso à Esplanada do Príncipe Real.

5 comentários:

Anónimo disse...

Boa iniciativa. Parabéns

Anónimo disse...

não há árvores ilegais nos parques nem no jardim botânico. ilegal é apenas plantar tais árvores nas matas onde se podem espalhar.

mais um histerismo que os amigos do PR decidiram lançar... pelo menos já deixaram de falar nas árvores centenárias...

Rui Pedro Lérias disse...

Caro anónimo, quanto às árvores centenárias, infelizmente e com grande tristeza, verifico que os perigos se estão a concretizar.

Quanto às espécies ilegais o Decreto-Lei 565/99 interdita a introdução de Robinia pseudoacacia na Natureza e define este conceito:

"Introdução na Natureza — estabelecimento de populações selvagens num local não confinado,
através de um acto de disseminação ou de libertação, intencional ou acidental, de um ou mais espécimes de uma espécie não indígena;
g) Local confinado — espaço demarcado e cercado por barreiras físicas, químicas ou biológicas, destinado ao cultivo ou criação de uma ou mais espécies ou onde as mesmas são mantidas apenas por acção do Homem, incluindo os campos
agrícolas e excluindo as explorações de aquacultura;"

Ora no Príncipe Real querem-se plantar vários exemplares - só um já seria ilegal - numa zona não confinada. Aliás, Lisboa Cidade, já tem um problema grave com Aillanthus altissima, uma especie infestante que tomou conta de logradouros e outras áreas. O jardim Botânico, logo ali ao lado, também tem um problema com espécies invasoras.

O "CAPÍTULO III - Introdução acidental na Natureza" no seu "Artigo 7.º - Interdição" é bastante claro:
"1 — É proibida a disseminação ou libertação na Natureza de espécimes de espécies não indígenas, ainda que sem vontade deliberada de provocar uma introdução na Natureza, como forma de prevenir o estabelecimento
acidental de populações selvagens.
Nada exclui jardins urbanos desta legislação."

Eu não sou jurista, mas a mim parece-me incúria querer plantar essas árvores no Jardim do Príncipe Real.

E não deixa de ser cansativo que os defensores deste projecto apareçam sempre sobre a cobertura do anonimato.

Rui Pedro Lérias disse...

No entanto, o caro Anónimo tem razão em querer diferenciar a plantação da árvore e uma árvore pré-existente.

De facto, uma árvore já plantada não é ilegal, não é a árvore que é ilegal. É o acto de plantar que, nalgumas espécies, é ilegal, excepto para investigação (e outras excepções previstas na lei, conforme autorização especial).

É importante a linguagem ser correcta e tem razão, as árvores não são ilegais, é a sua plantação - também em jardins, no meu entender - que é.

Foi exagerado a forma de escrever aquela frase - sou o autor - e já pedi que fosse corrigida nos locais onde conheço que está divulgada.

Por isso, apesar de não concordar em tudo com o que diz, agradeço o seu contributo.

Anónimo disse...

mas não havia já essa espécie no jardim? Então quer o Sr. Lérias dizer que a câmara fez bem em acabar com essa infestante?

e o PR não é um local confinado? Se o decreto proíbe a introdução na Natureza...

Estou confuso.