O meu co-blogger João Pedro Barreto teve a simpatia de me ajudar no último post dando o quarto exemplo de como o excesso de estacionamento em Lisboa não se fica pelo ilegal. A densidade de estacionamento legal à superfície é também ela imbatível em termos europeus.
Ao longo dos tempos deixámos as nossas pracetas transformarem-se em parques de estacionamento. Onde poderia existir 3 ou 4 árvores com umas mesas, um campo de jogos (há até casos onde estes campos foram destruídos para dar lugar a estacionamento), um parque infantil, temos invariavelmente isto:
Como acontece sempre nestas pracetas, também nesta se vê espaços que em tempos foram garagens para estacionamento e estão agora convertidos em lojas, supermercados ou armazéns. Muitas vezes é quem lucra com esta transformação que vem exigir da Câmara, e de todos nós, um pedaço do espaço público para o poder privatizar ocupando-o com o seu automóvel.
Mais uma vez convido todos a passear pelo Google Maps e encontrar outra cidade europeia, onde haja uma densidade tão grande de estacionamento como Lisboa.
Como acontece sempre nestas pracetas, também nesta se vê espaços que em tempos foram garagens para estacionamento e estão agora convertidos em lojas, supermercados ou armazéns. Muitas vezes é quem lucra com esta transformação que vem exigir da Câmara, e de todos nós, um pedaço do espaço público para o poder privatizar ocupando-o com o seu automóvel.
Mais uma vez convido todos a passear pelo Google Maps e encontrar outra cidade europeia, onde haja uma densidade tão grande de estacionamento como Lisboa.
14 comentários:
com 4 dísticos de residente por fogo, não vai ser fácil largar esta praga.
basta ver nesta foto a quantidade de apartamentos.
Lá me vai fazer procurar no google maps ruas de Paris e Roma.
Falo de cor, mas assim de repente Milão e Roma conseguem ser piores :)
(e com isto não quero dizer que não goste destes vossos posts. Só acho que nem todos os exemplos que vêm de fora são bons).
no que diz respeito ao excessivo estacionamento deve haver muita coisa má por essa europa, mas Lisboa tem capacidade para ser de facto a pior cidade nesse aspecto!
Xico e Hugo,
Basta haver um exemplo melhor que o nosso para o ambicionarmos imitar.
Olhar para outros maus exemplos não nos ajudam em nada.
Hugo,
pracetas é um conceito difícil de definir e procurar, mas faça o exercício do primeiro post desta série: procurar ruas com 4 faixas de estacionamento.
Procurei em várias cidades e só encontrei uma em Madrid, em Lisboa há dezenas.
E concordo, nem todos os exemplos que vêm de fora são bons. Infelizmente no caso do estacionamento, são todos bons.
É o que dá não conhecer Madrid. Quando não se conhece o resto das cidades, acha-se que a nossa é a pior.
Quantos italianos não vi já eu a gabarem ao máximo Lisboa e só a falarem mal das cidades italianas. Obvio que em Lisboa só conheceram o turistico!
Haja vontade política de retirar os automóveis da via e do espaço público.
Estão previstos parques de estacionamento subterrâneos que permitem suprir as necessidades decorrentes desta requalificação.
Agora, os parques, se de iniciativa privada, não podem ter preços simbólicos... mesmo para Residentes.
olha o meu bairro, ainda noutro dia fui multado pela emel aqui, estava estacionado em lugar não emel. nesta zona existem várias de garagens, como por exemplo da PT, que podiam ser transformadas em garagens para residentes, tirando centenas de carros da rua. Faltam árvores
Hugo Tavares @ 09:35
Estive em Milão uma boa temporada e:
-Para entrar no centro paga-se uma taxa.
-Vi alguns carros no passeio, mas ocasionalmente e não regra. Motos e vespas sim, mas a sua utilização será 100 maior que por Lisboa.
-Não mais que duas faixas de estacionamento por rua, embora também existam algumas pracetas ocupadas.
De qualquer maneira o trânsito não deixa de ser caótico, fora do centro.
Em Itália há o incentivo ao produto nacional, a Vespa é italiana. Em Portugal não se apoia o produto nacional, daí a FAMEL a CASAL e a MACAL terem falido. Em Itália tal como no resto da Europa há muitas décadas que a carta de condução de categoria B, dá para A1, em Portugal só as cartas até 1998 davam, vá-se lá saber porquê! Em Portugal até 2000 e pouco tirava-se uma licença camarária que consistia em fazer 8`s de mota para se provar que se sabia conduzir esses veículos, entretanto acabaram com essa licença e para se conduzir uma 50 era necessário carta de mota!!! Obviamente que a partir daí o nº de utilizadores se reduziu brutalmente, e quem tira a carta de mota não compra uma 50, compra logo uma mota a serio. Em Portugal só houve desincetivos aos veículos de duas rodas, agora finalmente aprovaram a legislação europeia que a categoria B dá para motas até 125cc e 11kw de potência máxima.
Claro que vai demorar o seu tempo a tornar-se um hábito as duas rodas nas estradas portuguesas, já que foi mais de uma década a desincetivar.
Tambem não faz sentido a carta de condução de categoria B apenas dar mara motociclos até 11kw, para isso era preferível deixarem aos 50cc circularem na Ponte 25 de Abril e auto-estradas.
Assim como não tem lógica quem está habilitado às Categoria C+E não estar automaticamente habilitado à categoria D, já que tem conhecimentos de caixas de velocidade com over drive, os veiculos são do mesmo tamanho e as tecnicas de condução são idênticas. Enfim, tanta incoerência!
Não vão muito longe, na baixa do Porto, durante o dia, é raríssimo ver carros estacionados sobre os passeios. Quase que se podem contar pelos dedos o nº de "prevaricadores".
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