29/01/2010

Assim se tortura uma árvore notável

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Na passada Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010, este era o cenário no acesso à Esplanada do Príncipe Real. Apesar da proximidade das figueiras e araucária classificadas - 4 árvores classificadas muito próximo uma das outras - não foi procurada uma solução alternativa para os a passagem de cabos.

Abriu-se um roço de 1 metro, colocou-se uma manilha de betão onde antes havia raízes de figueira, passaram-se cabos, usou-se uma compactadora para compactar o solo - apesar de se estar em cima do sistema radicular das figueiras - e hoje já tudo deve estar tapado como se não se tivesse passado nada.

Mas passou. E, infelizmente, as árvores vão senti-lo. As árvores não morrem de um dia para o outro, nem de um mês para o outro, e muitas vezes nem de um ano para o outro. Mas estas intervenções aceleram o envelhecimento precoce destas árvores.

Já se tinha visto um escavadora gigantesca por cima de todo o jardim, em período de grande pluviosidade e solos saturados de água. O resultado foi a compactação do solo, com efeitos nefastos nas raízes do arvoredo. Também já se tinham registado danos directos à copa e raízes acima do solo das figueiras classificadas. E, agora, isto.

O problema das obras do Jardim do Príncipe Real passa não só pelo conteúdo mas também pelo processo. Bastaria ter havido a intervenção digna de alguém que perceba de árvores de grande porte e facilmente se tinham encontrado soluções alternativas.

Mas a Câmara Municipal de Lisboa tudo sabe e tudo pode. E assim se vai destruindo o nosso património.


Rui Pedro Lérias

5 comentários:

Anónimo disse...

Dá-lhes, Zé, mostra a falta que lá fazias, grande autarca!

caracolquiscol disse...

espero que um dia as raizes da árvore acabem com os cabos!

Filipe Melo Sousa disse...

Este blog está minado por fundamentalistas histéricos.

sete e pico disse...

há alguma coisa que possamos fazer, alguma petiçao para assinar, alguma concentraçao no principe real

Anónimo disse...

Minado de fundamentalistas histéricos e liberais incongruentes. O Estado deve ou não intervir sr. Filipe "O Estado Deve Só Intervir Quando Me Comvém A Mim" Melo Sousa?