A Câmara de Lisboa aprovou, ontem, a abertura do período de discussão pública do plano de pormenor de salvaguarda da Baixa Pombalina. Os custos relacionados com a reabilitação estão estimados mais de 700 milhões de euros.
A abertura da discussão pública do plano de pormenor foi aprovada com os votos contra do CDS-PP, a abstenção do PSD e do PCP, e os votos favoráveis do PS e dos independentes do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos pelo PS).
Os custos de reabilitação com imóveis estão estimados em 653 milhões de euros, num investimento a concretizar entre 2010 e 2020, conforme apresentado ontem na reunião pública do Executivo municipal.
Para o mesmo período, foram estimados em 64 milhões de euros os custos com reabilitação do espaço público.
Nesta reabilitação do espaço público insere-se o "reperfilamento da Rua da Prata, com verbas previstas no PIPARU [Plano de Intervenções Prioritárias em Reabilitação Urbana]", explicou o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.
Segundo o autarca, a praça que será criada junto à Boa Hora será assegurada por um promotor imobiliário.
O vereador social democrata Pedro Santana Lopes sublinhou a "reforma profunda do trânsito da Baixa" e criticou que a eficiência energética dos edifícios seja o último dos factores de ponderação no licenciamento.
Já o vereador comunista Rúben de Carvalho chamou a atenção para a "falta de equipamentos de proximidade", como creches e escolas.
Por parte do CDS-PP, António Carlos Monteiro considerou que "dificilmente se permite habitação na Baixa sem estacionamento de proximidade".
O plano de salvaguarda da Baixa Pombalina tem três unidades de execução, compostas pelo acesso assistido ao Castelo pela Rua dos Fanqueiros e Rua da Madalena, o Museu da Moda e do Design (Mude), os terraços do Carmo e a Frente Ribeirinha.
In JN
5 comentários:
700 milhões mais as derrapagens? Parece-me baratucho. É só pedir emprestado ao estrangeiro.
mais outro plano? mas quantos planos existem? Somos mesmo o país do PowerPoint, camandro!!!!!
Que fizeram ao plano da Zèzinha, convidada para fazê-lo pelo Costa himself?
No site da CML está um powerpoint (lá está, não podia faltar o powerpoint) de apresentação do plano, mas não refere nada sobre as fontes de financiamento.
De onde vem o dinheiro?
Alfama é baixa? E Mouraria? Não me parece. Enfim ... depois do Portugal dos pequeninos será que vem aí a baixa dos ricos?
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