“Tudo o que de mim ou dos meus livros precisar para os seus estudos, está às suas ordens”. Era assim, com esse convite à partilha, que o olisipógrafo Augusto Vieira da Silva (1869-1951) costumava abrir as portas da sua casa a quem fosse por bem. Essa casa, que foi tantas vezes descrita como o Museu da Cidade muito antes de ele existir, fica na Rua da Lapa, n.º 115: uma das casas marcadas para morrer na freguesia da Lapa, como o Paulo Ferrero já aqui registou.
Engenheiro militar de formação, Augusto Vieira da Silva deixou o seu nome indelevelmente ligado não só à cidade onde nasceu e que amou como poucos, mas também à Câmara Municipal de Lisboa, tendo com ela colaborado em inúmeras comissões de carácter consultivo. Grande parte da sua vasta obra como olisipógrafo foi pela CML publicada e foi também graças ao impulso de Vieira da Silva que sob a sua alçada se criou o Gabinete de Estudos Olisiponenses, herdeiro, juntamente com o Museu da Cidade, do espólio documental que produziu e pacientemente reuniu ao longo de 50 anos, na sua casa na Lapa.
Desde 1952 que uma lápida evocativa – posta pela própria Câmara na fachada virada à Rua de S. Domingos – recorda ter sido esta a sua residência. Não obstante tudo isso, a CML dos dias de hoje não teve pejo em dar luz verde ao pedido de ampliação e de alterações desta casa, entrado nos seus serviços. E menos pejo tem agora, ao permitir que um insultuoso pedido de demolição seja apreciado. O que está a passar-se em Lisboa começa a raiar o obsceno.
Créditos imagem: CML
Engenheiro militar de formação, Augusto Vieira da Silva deixou o seu nome indelevelmente ligado não só à cidade onde nasceu e que amou como poucos, mas também à Câmara Municipal de Lisboa, tendo com ela colaborado em inúmeras comissões de carácter consultivo. Grande parte da sua vasta obra como olisipógrafo foi pela CML publicada e foi também graças ao impulso de Vieira da Silva que sob a sua alçada se criou o Gabinete de Estudos Olisiponenses, herdeiro, juntamente com o Museu da Cidade, do espólio documental que produziu e pacientemente reuniu ao longo de 50 anos, na sua casa na Lapa.
Desde 1952 que uma lápida evocativa – posta pela própria Câmara na fachada virada à Rua de S. Domingos – recorda ter sido esta a sua residência. Não obstante tudo isso, a CML dos dias de hoje não teve pejo em dar luz verde ao pedido de ampliação e de alterações desta casa, entrado nos seus serviços. E menos pejo tem agora, ao permitir que um insultuoso pedido de demolição seja apreciado. O que está a passar-se em Lisboa começa a raiar o obsceno.
Créditos imagem: CML
2 comentários:
LOBO VILLA 5-8-08
É absolutamente selvático o que se está passar agora na Lapa,graças á vereação do arquitecto-vedeta M. Salgado.Ando aqui há um ano a dizer q os mais perigosos são estes arquitectos-vedeta(Salgado,o Siza das torres de Alcântara,Byrne das torres soviéticas,Mateus e Valssassina do mono de Rato,o Ghery do mono Mayer,o Foster da torre da 24 de Julho...!).É sabido q a grande especulação vai buscar as "grandes" vedetas para furar os regulamentos e calar o povo "ígnaro".Quem lhes faz frente?
A Ordem dos Arquitectos continua muda e queda!!
A falida CML quer saldar as dívidas á custa do Património da cidade,sem olhar a meios!
Esta casa de Vieira da Silva é um marco histórico da Olissipografia,a sua demolição é bem o símbolo da barbárie mais corrupta que invadiu a CML.
Em qq cidade que se prezasse pela sua cultura,esta seria a última casa a ser demolida... Augusto Vieira da Silva é o maior símbolo da História de Lisboa e do seu Património.E já agora,foi tb Presidente da CML,quando havia dignidade.
Criminoso! Já não bastam as Avenidas Novas e agora ataca-se até a zona antiga da cidade?!
O departamento de urbanismo da Câmara e o próprio executivo é responsável pela destruição de Lisboa!
Impeachemnt! Já!
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