15/01/2007

Bragaparques acusada de corrupção

In Jornal de Notícias (13/1/2007)

"Domingos Névoa, sócio-gerente da Bragaparques - empresa de construção e concessionária de vários parques de estacionamento na capital - foi acusado de corrupção por, alegadamente, ter tentado subornar o vereador do Bloco de Esquerda (BE) na Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes. De acordo com uma notícia adiantada ontem pela edição on-line do semanário "Sol", o Ministério Público acusou o empresário de um crime de corrupção activa. Contactado pelo JN, o chefe de gabinete de Sá Fernandes confirmou a notícia, mas remeteu mais esclarecimentos para uma declaração do vereador, hoje, às 11 horas, na sede do BE.

O caso remonta há um ano, quando Domingos Névoa ofereceu ao autarca, através do seu irmão, o advogado Ricardo Sá Fernandes, 200 mil euros para "comprar" o seu silêncio relativamente à permuta de terrenos do Parque Mayer (então propriedade da Bragaparques) e da Feira Popular (pertença da autarquia). Ou seja, Sá Fernandes deveria negar publicamente o teor das suas críticas face ao negócio em causa. E desistir de uma acção em tribunal, que não tem permitido o avanço dos projectos para os terrenos de Entrecampos, agora na posse da Bragaparques.

Após o primeiro dos três encontros que Ricardo Sá Fernandes manteve com Domingos Névoa, o Ministério Público e a Polícia Judiciária foram devidamente informados da tentativa de suborno. Conversas e telefonemas sobre o dinheiro, formas de pagamento e até a declaração pública que supostamente José Sá Fernandes deveria fazer foram todos gravados. O caso veio a lume quando já tinham sido reunidas provas consideradas suficientes.

A acusação, segundo o "Sol", foi deduzida na passada terça-feira, pelo procurador Rosário Teixeira, magistrado à frente da "Operação Furacão".


PF

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